domingo, 4 de setembro de 2011

Litoral potiguar está esquecido

Margareth Grilo
Repórter Especial


O litoral do Rio Grande do Norte tem 410 km - uma faixa das mais extensas do Nordeste, por onde passam milhares de turistas, ao longo do ano. No verão, o cotidiano das cidades que cresceram ao longo da costa muda. As estradas recebem melhoramentos, a localidade passa a ser mais policiada, a oferta de serviços aumenta e o dinheiro circula. Realidade bem diferente da que se constata nos período de baixa estação. Quem mora em praias do litoral Norte e Sul do Estado reclama de ser esquecido, no resto do ano.

Adriano Abreu
O posto policial da praia de Jenipabu só abre durante o verão

Em meio a belezas naturais, a população fixa das pequenas cidades litorâneas aguarda atenção e melhoria das condições de vida, durante todo o ano. No litoral Norte, nas praias de Muriú, Maracajaú e Barra de Maxaranguape, falta pavimentação em muitas ruas, não há esgotamento, o transporte para a capital é precário e o policiamento, além de não ser constante, é insuficiente. Nas ruas, arrombamentos e roubos são constantes e amedrontam a população.

Quem mora no litoral elege a insegurança - velha conhecida dos grandes centros urbanos - como o problema de maior gravidade. Foi-se o tempo em que morar à beira-mar, numa cidadezinha do interior, era sinônimo de sossego. No litoral norte, nas paias de Jacumã, Maracajaú, Muriú e Graçandu o medo é palavra comum na boca de todos.

"Hoje, não estou dormindo direito. Qualquer barulho fico logo assustado", afirmou o presidente da Associação de Moradores da praia de Muriú (Ceará-Mirim), Climário Macedo de Souza, que já teve a casa, onde mantém um comércio no andar térreo, arrombada duas vezes, em menos de um mês. Além de computadores, televisor, celulares e equipamentos de TV por assinatura, os ladrões entraram no comércio e levaram mercadorias. "Eu moro aqui há 31 anos e nunca vi uma constância tão grande de roubos", diz. A localidade não tem delegacia e por causa disso a maioria dos crimes sequer é registrada. Para fazer um Boletim de Ocorrência é preciso se deslocar ao centro de Ceará-Mirim, a 15 km.

A 20 Km dali, em Maracajaú, a insegurança também assusta. Duas famílias, que moravam à beira-mar ainda não apagaram as lembranças do assalto que foram vítimas, no final de julho. Na época, um casal, duas crianças e a mãe delas ficaram reféns de criminosos, sob a mira de revólver, por mais de uma hora.

Um dos casais trabalhava e morava em uma pousada da praia há 12 anos. Retornavam para a pousada, trazendo as duas filhas, de 10 e 12 anos, que voltavam da escola, quando foram rendidos por seis homens encapuzados e armados. "O meu marido conseguiu fugir, se jogou no mar e foi ele que conseguiu pedir ajuda", contou uma das vítimas, pedindo para preservar sua identidade.

Foram momentos de terror. Ela e as filhas foram levadas para uma casa vizinha à pousada. No local, o bando rendeu os donos da casa, um casal de argentinos. Levaram máquinas filmadoras e de fotografia, além de R$ 3 mil em espécie, laptop, celulares e equipamentos eletrônicos.

"O tempo todo eles ameaçavam matar minhas filhas. Era a arma o tempo todo na cabeça das duas. Fiquei apavorada". O assalto aconteceu por volta das 18h30 e a viatura só chegou ao local mais de duas horas depois. Hoje, quase um mês depois, as duas famílias resolveram mudar de endereço. Alugaram casas no centro de Maracajaú, onde é mais habitado.

A violência tem se agravado, mas segundo relatos da comunidade, quando chamada, a viatura policial demora ou nem chega até o local, ora por falta de combustível, ora por falta de policiais.

Em Maxaranguape, a 54 km de Natal, a onda de arrombamentos e roubos também não dá trégua. "No verão, temos tudo. A polícia passa toda hora; tem emprego. Mas no dia-a-dia é tudo muito precário e a violência cresce", resume Geralda Sousa Silva, 45 anos, que mora na comunidade Quilombo. Ela é comerciante. Abriu seu negócio há pouco mais de dois meses e não arrisca ficar com as portas abertas após 18 horas. "Quando escurece já fecho tudo. Isso aqui já foi uma cidade segura. Hoje, não é mais".

Nessa cidade praiana, distante 54 km de Natal, os arrombamentos e roubos têm sido cada vez mais frequentes. No centro da cidade, bandidos entraram em, pelo menos, cinco casas na última semana. Um dos roubos foi à casa da família de Francisca das Chagas da Silva, 55. "Tinha oito pessoas em casa e estava todo mundo dormindo. Eles entraram, levaram quatro celulares e R$ 1 mil. Ninguém percebeu nada. Só de manhã a gente deu por falta das coisas", contou. "Chaguinha". "Nós prestamos queixa, mas não pegaram ninguém. Moro aqui desde que nasci e nunca foi assim".

Problemas se espalham pela costa

Os problemas do litoral não se resumem à insegurança. Vão de estradas mal conservadas ao lançamento de águas servidas à beira-mar. Em Tibau do Sul e Pipa, litoral sul do estado, as estradas de ligação entre a sede do município de Tibau do Sul à praia de Pipa é um risco à segurança. Carroçáveis e cheias de buracos, ficam enlameadas e intransitáveis em dias de chuva. Em alguns trechos da estrada que liga Goianinha a Tibau, a imensa lagoa não deixa espaço sequer para o pedestre.

Adriano Abreu
A estrada que liga o município de Tibau do Sul a Pipa está esburacada e quando chove motoristas reclamam que ela fica intransitável

A estrada está tão mal conservada quanto a de Jenipabu, no litoral Norte do estado - onde buracos e lama dificultam o tráfego de veículos. No final de semana, quando o movimento aumenta, a situação é ainda pior, tanto no litoral norte, quanto em Tibau do Sul. Na quinta-feira, 25, uma das vias da avenida Três Poderes, na sede de Tibau, estava completamente alagada, sem condições de tráfego.

Em Pipa, a estrada mais bem conversada é o Anel Viário, construído há pouco tempo. Saindo dele, o que se encontra nas estradas vicinais são muitos buracos, pedras do calçamento soltando e nenhum acostamento. A sinalização horizontal e vertical não existe. "Essa região, principalmente Pipa teve um crescimento muito grande nos últimos anos, mas a infraestrutura, infelizmente, não evoluiu no mesmo ritmo", lamentou a professora e psicóloga Cynara Bezerra Gomes, que mora em Pipa há 17 anos.

De forma geral, a professora acredita que o potencial turístico de Pipa e da região não está sendo bem explorado e em favor do desenvolvimento da população local. "A Prefeitura viabilizou o anel viário, mas de nada adiantou. As ruas vicinais continuam nas mesmas condições, estreitas e precárias. Não colaboram para um bom fluxo". Além desse problema, ela citou a questão da drenagem. "Quando chove, toda a demanda de água vai para o mar. E a rede de esgoto foi feita, mas não acompanha a demanda. Ainda tem casas sendo construídas com fossas sépticas", observou.

Esgoto

Na praia de Barra de Maxaranguape, litoral norte, um filete de esgoto oriundo de várias casas corre para o mar. O problema, na rua principal da praia, está lá desde o ano passado. Quem passa pelo local parece não se incomodar com o mau cheiro. Segundo o secretário de Administração do município, Manoel Laurindo de Castro, a Prefeitura já está discutindo o projeto de saneamento da cidade.

"Estamos tomando providências para ir até essas casas que lançam dejetos nas ruas e conversar com os moradores para que façam a ligação de esgoto. Se não puderem fazer, vamos ajudá-los", garantiu. Ele disse que o município também está discutindo o Plano Diretor, tentando ordenar as construções, principalmente na orla.

Cajueiro

Já em Pirangi, no litoral sul, o problema, há anos, é o ordenamento do trânsito nas imediações do maior cajueiro do mundo. A alta estação se aproxima e nenhuma solução alternativa de tráfego foi implantada. Existe projeto de construção de uma estrada por fora, passando por trás do circo da folia ou por Alcaçuz, mas a execução depende de desapropriações.

"O problema precisa ser discutido antes do verão. O prefeito não vai se omitir, mas é preciso que o governo do Estado nos chame para discutir as possíveis soluções", afirmou o chefe de Gabinete da Prefeitura de Parnamirm, Márcio César. A problemática do cajueiro envolve uma enormidade de problemas, inclusive ambientais.

Desde 2010, uma lei estadual oficializou a área do Cajueiro de Pirangi como sendo de responsabilidade do governo do estado. Márcio acredita que, mesmo tirando o cajueiro - o que não é possível - não acabaria o problema do congestionamento. Na alta estação, Pirangi chega a ter de 70 a 80 mil moradores.

Comandante dá sugestões a moradores

Entre as cidades do litoral visitadas pela reportagem da TRIBUNA DO NORTE apenas Tibau do Sul, no litoral norte, possui delegacia de Polícia Civil. Entre os distritos, apenas Pipa, tem uma DP. Uma saída para o cidadão, em casos de roubos, é usar o sistema de Delegacia Virtual, pra prestar queixa via internet. "Esses BOs são validados e tem o mesmo acompanhamento que um feito numa delegacia normal", recomenda coronel Araújo.

Hoje, o número de crimes praticados no litoral, segundo o comandante da PM, está numa faixa considerada suportável. "Não há um crescimento exacerbado da violência nessas regiões. O número de crimes não está fora do limite padrão que temos acompanhado nos últimos anos, e temos dado respostas no momento", observou. Mas ele admite que "a época da rede e do colchão na varanda já passou".

O comandante da PM disse que a maioria dos arrombamentos acontece em praias normalmente pouco habitadas. "Tem pessoas que não zelam pelo próprio patrimônio. Não contratam segurança, não tomam os devidos cuidados e terminam sendo alvo fácil para os bandidos". Ele revelou que uma prática comum, no litoral, é o aluguel de casas, por quadrilhas, que se instalam na localidade para observar o dia-a-dia e saber onde podem agir. Segundo coronel Araújo o que mais complica é a ausência de estrutura da Polícia Civil em muitas cidades. "O ideal é que todas as estruturas de segurança funcionassem", disse.

Casas estão à venda por causa da violência

Ao contrário de Muriú e Maracajaú - praias do litoral Norte bem habitadas, mesmo nessa época do ano -, o litoral Sul, de Búzios à Barreta, é praticamente deserto fora do veraneio. À primeira vista, a aparente calma induz a pensar que ali reina sossego, um lugar onde é possível ter paz. Ledo engano. Basta parar em uma das casas da praia de Búzios ou Camurupim para conhecer uma realidade não tão distante da que a reportagem da TRIBUNA DO NORTE encontrou no litoral Norte.

Essas localidades não escapam à violência. Ela amedronta e afasta quem um dia pensou em viver, ouvindo o barulho do mar. Em Barreta, a população fixa não chega a 60 famílias. Já Búzios, mais parece uma cidade "fantasma". Camurupim é igual. Nessa faixa litorânea, não são poucas as casas à venda. "As pessoas se sentem inseguras, com medo. Quem compra uma casa na praia quer liberdade e isso não se tem hoje", afirma a professora e administradora de imóveis, Verônica Revoredo.

"Meus pais moraram aqui por quatro anos, mas revolvemos tirá-los quando começou a onda de arrastão nas casas, por questão de segurança", contou a professora. Hoje, ela frequenta a casa a cada 15 dias, para "vê se está tudo bem". O imóvel tem sistema de segurança, com cerca elétrica e câmeras de vigilância. "Não impede o roubo, mas intimida e dificulta".

A professora contou que perdeu o gosto de caminhar à beira-mar e mesmo de tomar banho de mar. "Não tenho confiança. Não há segurança pra isso". Há poucos dias, disse ela, um casal vizinho foi rendido no portão de casa por um homem e uma mulher, armados. "Levaram celulares de todo mundo que estava na casa e dinheiro". Os donos do imóvel davam uma festa no momento do assalto. A casa de Verônica já foi alvo de roubo, pelo menos, três vezes.

Ela comentou que a situação de Camurupim e Búzios só não é mais grave que a de Graçandu (litoral norte). "Lá tem arrombamento e assalto todo dia. Tenho amigos com casas lá, que estão colocando tudo à venda", disse. O ASG Francisco de Assis mora em Pirangi, e trabalha em um condomínio na praia de Búzios. O prédio já foi alvo de arrombamento por duas vezes. A última delas faz pouco mais de duas semanas. Três apartamentos foram arrombados.

Na mesma semana desse roubo, uma casa a 100 metros do condomínio, pertencente a um oficial da Polícia Militar, segundo informações da vizinhança, também foi arrombada. "Aqui não tem esse negócio, não. Eles arrombam, entram mesmo e levam o que puderem. De uns cinco anos pra cá ficou assim, mais violento", relatou. Assis trabalha em Búzios há 23 anos.

Na área mais populosa de Búzios, próximo ao Big Blue, não chega a morar 250 famílias. "Búzios é um litoral muito grande, mas a maioria das casas é de veranista. Muitos, não estão vindo, nem no verão", contou Assis. São essas casas os maiores alvos de arrombamentos.

População de Muriú faz reivindicação

Na tentativa de melhorar o policiamento na praia de Muriú, litoral Norte do Estado, a direção da Associação de Moradores elaborou e começou a coletar assinaturas, há duas semanas, para um abaixo-assinado entre os moradores. O pedido é localizado, mas resume o clamor das comunidades litorâneas: aumento de efetivo da Polícia Militar e a instalação de uma delegacia de Polícia Civil para a localidade. Segundo o presidente da entidade, Climário Macedo de Souza, a comunidade também pede melhoria de iluminação e das estradas. A praia tem em torno de 5 mil moradores fixos.

"Inicialmente, vamos entregar o documento ao secretário de Segurança Pública e Defesa Social [Aldair da Rocha] para tentar resolver o problema da segurança, que é o mais grave", afirmou o presidente da entidade. Climário acredita que o reduzido efetivo de policiais, nos noves meses que ficam de fora da alta temporada; a falta de agentes de polícia civil e, principalmente, a falta de um trabalho social junto às comunidades da periferia, para amenizar as desigualdades socais, são fatores que contribuem para aumentar a marginalização dos jovens e, consequentemente, a criminalidade.

Hoje, a maioria dos roubos é praticada, segundo ele, por adolescentes, para manter o vício das drogas. Além de moradores assustados, os veranistas também estão colocando placa de venda em suas casas. A irmã de Ronaldo Adriano Pereira do Nascimento, 35 anos, decidiu voltar ao Rio de Janeiro. "Ela comprou uma casa de veraneio, mas já disse que vai vender. Pelo tamanho desse lugar está mais perigoso que no Rio e muitos não se arriscam ficar", disse Ronaldo.

Segundo ele, os arrombamentos acontecem à luz do dia. "Há cinco, seis anos a gente dormia na varanda. Isso aqui era tranqüilo. Mas depois que veio o crack deixou os caras mais loucos". Há menos de um mês, a mulher e a filha de Assis Marques, 50 anos, outro morador da praia, foram alvos de assalto à mão armada. "Eles colocaram o revólver na cabeça delas e levaram os celulares", contou. Os dois alertam: se a polícia não tomar uma atitude ostensiva urgente para coibir a violência, a situação só vai piorar.

"O problema é que o governo coloca cavalaria e mais policiais no verão, mas no dia a dia quem mora aqui fica à mercê dos bandidos". Mesmo na periferia, algumas casas estão com placa de venda.

Por telefone, a reportagem da TRIBUNA DO NORTE conversou com um morador que já colocou sua casa à venda. "Aqui só tem tranquilidade no veraneio. Mas, nos outros meses é muito perigoso. Tem cinco dias que não durmo com medo de ter minha casa roubada ou de acontecer coisa pior", relatou o morador que pediu para não ser identificado, por medo.

Na localidade, outros imóveis estão à venda. O gaúcho Luís Carlos Funari, 56 anos, artesão, mora na praia de Muriú há cerca de 11 anos, na casa de um amigo paulista. O imóvel - um casarão com piscina - está à venda há quatro anos. "Ele está oferecendo pela metade do que vale e ainda não conseguiu vender. Acredito que a razão da demora seja a frequência de roubos e assaltos, que é grande por aqui".

Sem policiamento regular, praias ficam À mercê de bandidos

Na semana que a reportagem da TRIBUNA DO NORTE visitou o litoral norte e sul, apenas três dos seis postos policiais da PM estavam abertos - o de Pipa, Pirangi e de Maxaranguape. Em Maracajaú, Tabatinga e Muriú os postos destacados da Polícia Militar estavam fechados. No litoral Norte, apenas em Muriú a reportagem da TN encontrou viatura fazendo a ronda em um das localidades da periferia. No litoral sul, em Pipa, além do policiamento local, uma viatura do Grupo Tático Operacional (GTO) policiava as ruas.

Esse é um reforço que não chegou ao litoral Norte em praias como Muriú e Maracajaú, consideradas as mais inseguras pela população da região e pelos próprios PMs que atuam na área. Outro ponto negativo na segurança é a sobrecarga de trabalho.
O PM Clésio do Nascimento Silva, do Posto Policial de Ma-xaranguape, explicou as dificuldades. "É muito complicado não ter Polícia Civil, nem agente penitenciário. Só temos 20 praças que trabalham em regime de escala. É pouco efetivo para dar conta de todo o serviço, que inclui o policiamento 24 horas da cidade e de todo o litoral, da praia de Caraúbas a de Maracajaú". O reforço só vem mesmo, no verão, a partir de dezembro.

Em Muriú, nas horas em que a viatura faz a ronda policial pelas ruas, o prédio fica fechado. Foi assim que a reportagem da TRIBUNA DO NORTE encontrou o posto da PM na quarta-feira, 24. Os três policiais em serviço estavam na ronda pela comunidade do "Ovo", na periferia de Muriú.

A reportagem cruzou com a viatura em pontos diferentes da praia. Um problema citado por essa comunidade é a dificuldade de entrar em contato com a polícia. O telefone anunciado na fachada do prédio não atende. A reportagem fez várias tentativas de ligação para o número está sempre desligado ou fora da área de cobertura.

O comando da Polícia Militar informou que há destacamento policial em toda a extensão do litoral norte e sul do Estado. Mas o comandante da PM, coronel Francisco Canindé de Araújo Silva reconhece que o efetivo ainda é reduzido. "Nossos homens estão presentes em todos os municípios. Temos o mínimo para atender a demanda de serviço do dia a dia", garantiu o comandante da PM.


No caso do policiamento ostensivo, dos 2.600 policiais militares da região metropolitana de Natal, 500 atuam fazendo policiamento nas cidades litorâneas, a pé, de moto ou viaturas, em regime de escala, segundo o comandante de policiamento da Região Metropolitana de Natal, coronel Wellington Alves Pinto.

"Temos carência claro, mas tentamos articular a vigilância do litoral, fazendo barreiras, com apoio do BPchoque e Rocam para atacar áreas mais afetadas", afirmou. No litoral norte, segundo coronel Araújo, um oficial da Companhia da PM em Ceará-Mirim foi designado para reorganizar o policiamento e fazer um planejamento mais amplo. "Com certeza, vamos dar respostas satisfatórias".

Maracajaú

Recentemente foi inaugurado um Posto Policial, que é vinculado a Maxaranguape. Deveria funcionar 24 horas, mas segundo os moradores, isso só acontece no verão. Diariamente, os policiais precisam sair de Maracajaú para almoçar e jantar em Maxaranguape. É nesses horários que os bandidos agem.

Maxaranguape

Além da ronda ostensiva nas ruas da cidade e nas praias - de Caraúbas a Maracajaú, os policiais militares fazem o trabalho de registro de BO (Boletim de Ocorrência), de investigação e ainda desempenham o papel de agente penitenciário. O posto policial tem a guarda de 15 presos. No início do ano, o número era ainda maior: 35.

Muriú

Existe um posto destacado da Polícia Militar, que é vinculado à Companhia de Polícia de Ceará-Mirim, mas o efetivo é reduzido - três a quatro homens por escala. Nas horas em que a viatura faz a ronda policial pelas ruas, o prédio fica fechado. Foi assim que a reportagem da TRIBUNA DO NORTE encontrou o posto da PM na quarta-feira, 24.

Jenipabu

Um destacamento da Companhia da Polícia Militar em Extremoz atende, além da praia de Jenipabu, as praias Redinha, Santa Rita, Pitangui, Graçandu e Barra do Rio. As ocorrências mais graves são registradas na praia de Graçandu.

Pirangi

O policiamento no litoral é feito por pelotão destacado pelo 3º Batalhão de Polícia Militar (Parnamirim), que também cobre as praias de Pirambúzios e Cotovelo. Em Pirangi, o policiamento é feito 24 horas do dia, com apoio de três viaturas, sendo que
uma fica no posto fixo de Cotovelo.

Búzios

O policiamento é feito por um pelotão, destacado pela 3ª Companhia de Policiamento de Nísia Floresta. Esse pelotão também patrulha o litoral de Tabatinga, Camurupim e Barreta. Segundo moradores, durante a semana, esse policiamento é esporádico e nunca acontece à noite.

Pipa

A praia tem além de um posto policial, que é vinculado ao Pelotão de Tibau do Sul, uma Delegacia de Polícia Civil. O efetivo do distrito é um dos maiores do litoral - 16 homens. Além do patrulhamento da cidade, o pelotão da PM em Pipa faz o policiamento das praias desse litoral, com ajuda do pelotão sediado na cidade de Tibau. Esse pelotão tem 13 homens.

*Tribuna do Norte

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