terça-feira, 6 de fevereiro de 2018

Robinson diz que folha de inativos 'quebra qualquer estado'

Da redação
Com informações da Tribuna do Norte

O governador Robinson Faria cobrou dos deputados estaduais a aprovação de pacote fiscal e se exime de culpa por crise financeira do Rio Grande do Norte. Durante a leitura da mensagem anual na Assembleia, na manhã desta terça-feira (6), o governador disse que a crise financeira vem de bastante tempo e que "a conta chegou". Para Robinson, é primordial que os deputados aprovem os projetos sobre o pacote fiscal.
Robinson se exime de culpa pela crise financeira no RN
Robinson se exime de culpa pela crise financeira no RN

No início de sua leitura, Robinson relembrou os 24 anos em que esteve como deputado estadual, dizendo que se sentia bem no Poder Legislativo e que foi na Assembleia onde aprendeu e descobriu os caminhos do Rio Grande do Norte. Afirmando que iniciou a administração do Estado com problemas ainda mais sérios devido à crise nacional e ao suposto "abandono" da Petrobras ao Rio Grande do Norte, Robinson disse que foi alertado por pessoa próximas para não assumir o comando do Executivo.

"Não faltou quem me alertasse que não era o momento (de ser governador). Diziam que o Estado estava quebrado, que o Estado era uma bomba relógio. Eu queria fazer o Governo da superação. Tranquilidade e facilidade foram palavras que não fizeram parte da minha vida nesses três anos. Dos 9 estados do Nordeste, o nosso era o que estava na pior condição. Depois que assumimos, o Brasil quebrou, a Petrobras quebrou e abandonou o Rio Grande do Norte. Não fui eu, não foi Robinson, o governador que quebrou a Petrobras, que quebrou o Estado. Não foi o meu Governo que quebrou o estado. Mas agora é hora de olhar para a frente. Precisamos enxugar o estado", disse Robinson.

Entre as medidas necessárias, Robinson disse que os projetos encaminhados ao Legislativo são necessários para evitar o agravamento da crise financeira a curto, médio e longo prazo. Agradecendo pela aprovação de 8 dos 20 projetos encaminhados, o governador disse que respeitou os votos contrários, mas cobrou que o Legislativo dê celeridade à apreciação das matérias que estão na Casa.

"Ainda temos projetos importantes a serem votados, que estão nesta Casa e que precisam de um olhar cidadão, um olhar democrático e, acima de tudo, um olhar humano, pois são temas que afetam a vida de milhões de norte-riograndenses. São projetos como o teto de gastos, congelamentos de gastos e tantos outros, que se coadunam com o nosso esforço em salvar a governabilidade do Estado para o hoje e para o futuro", disse Robinson, afirmando ainda que havia projetos em tramitação desde 2015.

Afirmando que as medidas impopulares são necessárias, Robinson disse que não deixará de tomá-las para manter a imagem que construiu como político ao longo dos anos.

"Sei da minha cota de responsabilidade pelo que está acontecendo e tenho colocado minha história de vida pública para reverter a situação. Nem que para isso eu tenha que sacrificar ainda mais a imagem que eu construi. Não tem problema. Coloco o RN em primeiro lugar acima de todos e acima de mim mesmo", disse o governador.

Um dos principais pontos tocados por Robinson foi com relação à folha de inativos. De acordo com o governador, dos 51 mil inativos, somente 8 mil contribuem com a previdência. "Isso é uma bomba relógio, meus amigos, que vem de muitos anos atrás e não foi criada por mim. Isso quebra qualquer estado", disse Robinson, afirmando ainda que o Estado precisa aportar mais de R$ 100 milhões por mês para cobrir o déficit com a previdência.

Confira mensagem na íntegra aqui.

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