terça-feira, 6 de novembro de 2018

Gás de cozinha sobe e deve atingir R$ 73 nesta semana


O valor do botijão de gás de cozinha comum, tecnicamente chamado de GLP-P13, está 8,5% mais caro nas refinarias. O percentual de reajuste foi anunciado pela Petrobras nesta segunda-feira, 5, e entrou em vigor nesta terça-feira, 6. No Rio Grande do Norte, conforme estimativa do Sindicato dos Revendores Autorizados de Gás GLP do Estado do Rio Grande do Norte (Singás/RN), o valor médio ao consumidor deverá subir dos atuais R$ 68 para R$ 73 ao longo desta semana. 
Botijões de gás para consumo residencial deverão sair dos atuais R$ 68,00 para R$ 73,00 no RN

“Esse é o maior aumento percentual do ano. É um valor absurdo. Ao invés da Petrobras manter ou até mesmo reduzir o valor, visto que o valor do dólar reduziu, aumenta o preço do GLP na refinaria. Eu sou contra essa política de preços da Petrobras com base no mercado externo, pois o gás é produzido e envasado no Brasil”, destacou o presidente do Singás/RN, Francisco Correia. Ele declarou que, com o mais recente aumento, as vendas reduzam progressivamente ao patamar de 7%. “Há uma grande queda no consumo logo após o aumento. As pessoas reduzem o uso do fogão e diminuem a aquisição de gás”, afirmou Correia.

Em nota, a Petrobras informou que o preço de venda, na média nacional, sem tributos, nas refinarias da Petrobras, será equivalente a R$ 25,07 para envase em botijão de 13 quilos. Com isso, acumulará alta de R$ 0,69, ou 2,8% desde janeiro, quando passou a ter reajustes trimestrais.

De acordo com a metodologia em vigor, a Petrobras havia aplicado, este ano, duas reduções nos preços, em janeiro e abril, e uma elevação, em julho. “O novo preço representa um ajuste de +8,5%, ou R$ 1,97 em relação aos R$ 23,10 vigentes desde julho. A desvalorização do real frente ao dólar e as elevações nas cotações internacionais do GLP foram os principais fatores para a alta. A referência continua a ser a média dos preços do propano e butano comercializados no mercado europeu, acrescida da margem de 5%”, frisou a estatal em nota.

A Petrobras esclareceu, ainda, que o objetivo da metodologia é suavizar os impactos derivados da transferência da volatilidade externa para os preços domésticos. “O mecanismo concilia, de um lado, a necessidade de praticar preços para o GLP referenciados no mercado internacional e, de outro, a Resolução 4/2005 do Conselho Nacional de Política Energética que “reconhece como de interesse para a política energética nacional a comercialização, por produtor ou importador, de gás liquefeito de petróleo (GLP), destinado exclusivamente a uso doméstico em recipientes transportáveis de capacidade de até 13kg, a preços diferenciados e inferiores aos praticados para os demais usos ou acondicionados em recipientes de outras capacidades”.

Redução na gasolina

A Petrobras anunciou corte de 6,35% no preço médio do litro da gasolina A sem tributo nas refinarias, válido para terça-feira, 6, para R$ 1,7293. Além disso, a estatal manteve sem alteração o preço do diesel, em R$ 2,1228, conforme tabela disponível no site da empresa.

Em 6 de setembro, a diretoria da companhia anunciou que, além dos reajustes diários da gasolina, terá a opção de utilizar um mecanismo de proteção (hedge) complementar.

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