sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Imagens mostram 'redução substancial do vazamento', diz ANP

Autoridades fiscalizam medidas que vem sendo tomadas pela Chevron.
Vazamento ocorreu durante perfuração em plataforma da petroleira.


A Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) divulgou nesta sexta-feira (18) novas imagens do vazamento de óleo na Bacia de Campos, no Rio de Janeiro. Segundo a agência, a comparação das imagens submarinas mostram uma "redução substancial do vazamento"
(Veja imagem ao lado).

"A comparação das imagens submarinas captadas pelo ROV (sigla em inglês para veículo operado remotamente), que vem sendo recolhidas pela ANP, mostra que o processo de tamponamento, iniciado na madrugada do dia 15, tem apresentado resultados positivos, com redução substancial do vazamento", informou a ANP.

A petroleira americana Chevron comunicou as autoridades sobre o vazamento no poço no campo de Frade no último dia 10.

Imagem do dia 11 de novembro mostra vazamento de petróleo em fissura (Foto: Divulgação/ANP)

Imagem do 13 de novembro da fissura no Campo de Frade, na Bacia de Campos (Foto: Divulgação/ANP)

"No sobrevoo realizado hoje pelo helicóptero da Marinha, com técnicos do IBAMA, foi observada diminuição da mancha, que continua se afastando do litoral. A partir da observação visual, estima-se que ela esteja com 18 km de extensão e 11,8 km2 de área. Destaca-se que no dia 14, a área observada era de cerca 13 km2", acrescentou a ANP, em nota.

As estimativas da ANP indicam que a vazão média de óleo derramado estaria entre 200 e 330 barris/dia no período de 8 a 15 de novembro.

O monitoramento do vazamento causado pela atividade de perfuração do poço está sendo feito por meio de imagens de satélites, observação visual por sobrevôos e filmagens submarinas.

"A maior parte do óleo se concentra nas proximidades da sonda, cerca de um metro abaixo da superfície. Dessa forma, ocorre uma discrepância entre as dimensões da mancha verificadas nas imagens satelitais e as observadas no sobrevoo", disse a ANP.

Segundo a agencias, imagens de satélite dos dias 12 e 14 indicavam que a dimensão da mancha chegava a 68 km de extensão, com cerca de 160 km2 de área.

A Secretaria Estadual do Ambiente fez um sobrevôo na região do vazamento nesta sexta-feira
(Veja a imagem ao lado).

No comunicado, A ANP informou que o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA) e a Marinha do Brasil (MB) também integram o Grupo de Acompanhamento criado para fiscalizar as medidas que vem sendo tomadas pela Chevron Brasil Petróleo Ltda. para conter o vazamento e mitigar as suas conseqüências.

"De acordo com suas atribuições, a ANP apura as causas do incidente ocorrido durante a perfuração do poço 9-FR-50DP-RJS e fiscaliza as operações de contenção do vazamento; o IBAMA fiscaliza as ações desenvolvidas pela empresa para minimizar os danos ao meio ambiente; e a Marinha fiscaliza as condições de segurança marítima da plataforma SEDCO 706, além de disponibilizar meios (helicóptero e navios) para acompanhar o andamento das atividades no local", informou o comunicado.

As três instituições instauraram processos administrativo, para investigação do incidente e aplicação das medidas cabíveis, de acordo com a legislação em vigor.A Polícia Federal também investiga o vazamento e a possibilidade de erro na operação.

Na quinta-feira (17), a ANP informou que o primeiro estágio de cimentação para abandono do poço foi concluído “com sucesso”.

*G1.Economia/Negócios

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