segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Tratamento de resíduos custará R$ 145 mi



A Petrobras iniciou o investimento de R$ 145 milhões para transformar 300 mil toneladas de resíduos em insumos para a indústria de fabricação de cimentos nos próximos 4 anos. O processo atende ao previsto em um acordo firmado com o Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente do Rio Grande do Norte (IDEMA).

O diretor geral do IDEMA, Gustavo Szilagyi, assinou o Termo de Compromisso nesta sexta-feira, dia16, com à Petrobras. A empresa petrolífera compromete-se a tratar, no prazo de quatro anos, um passivo ambiental estimado em 300 mil toneladas de resíduos das Centrais de Canto do Amaro, Dique Mãe de Canto do Amaro, localizados entre as cidades de Mossoro e Areia Branca; Lorena, em Governador Dix Sept Rosado, Estreito e Salina Cristal no Vale do Açu.

De acordo com o termo firmado, a Petrobras deve manter o tratamento, aproveitamento e a disposição dos resíduos estocados nas Centrais em vazão equivalente a 80 mil toneladas por ano, até a sua completa remoção e emprego sob uma das formas autorizadas pelo documento, que aponta as seguintes tecnologias: aproveitamento, tratamento térmico por incineração ou co-processamento, disposição, entre outras.

Ao final da remoção total do passivo acumulado nestas Centrais e atingido o ponto de equilíbrio entre a geração de resíduos, a capacidade de acumulá-los, tratá-los e dispô-los, a empresa petrolífera deverá submeter todo o resíduo gerado no Estado do Rio Grande do Norte às regras do Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos (PGRS) da Unidade de Operações da Petrobras no RN e Ceará (UO/RNCE), que passará, após quitação dos termos de compromisso, a ser o principal instrumento regulador da gestão de resíduos pela UO/RNCE.

O termo firmado estabelece ainda que a Petrobras apresente, a cada três meses, relatórios informando o tipo de tratamento ou disposição dos resíduos, constando informações sobre as quantidades tratadas, co-processadas e/ou dispostas, além do passivo gerado a partir de agora nas Centrais.

"A assinatura desse termo representa uma importante conquista para o Estado. O documento nos dá a garantia de que os resíduos perigosos advindos da atividade petrolífera serão devidamente tratados e que esse problema ambiental, que tanto preocupava a sociedade potiguar, ambientalistas, técnicos e estudiosos, será definitivamente sanado", destacou Gustavo Szilagyi.

Através de sua Assessoria, a Petrobras explicou que o processo de transformação dos resíduos retirados dos poços nos últimos 30 anos da região em cimento será por coprocessamento.

Para a Petrobras, o trabalho representa um ganho para o meio ambiente, já que estes resíduos substituirão outros componentes no processo de fabricação de cimentos evitando a degradação de outras áreas. Além disso, parte das áreas que são utilizadas atualmente para a estocagem destes resíduos, serão desmobilizadas e recuperadas.

*Jornal de fato

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