A América Latina e o Caribe devem enfrentar o desafio de alimentar adequadamente 47 milhões de pessoas que ainda passam fome, ao mesmo tempo em que têm que se preocupar com a obesidade que afeta 23% dos adultos na região, disse, na última quarta-feira (21) a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO).
A informação consta do documento ”Um olhar abrangente das políticas públicas da agricultura familiar, segurança alimentar, nutrição e saúde pública nas Américas: Aproximando agendas de trabalho da ONU“ elaborado em conjunto pela FAO com a Organização Pan-americana da Saúde (OPAS/OMS), a Comissão Econômica para a América Latina (CEPAL), o Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA), e o Alto Comissário das Nações Unidas para os Direitos Humanos (ACNUDH).
Segundo a publicação, ainda existem na região 7,1 milhões de crianças menores de cinco anos com desnutrição crônica, ao mesmo tempo em que 3,8 milhões sofrem de sobrepeso, o que mostra a má-nutrição regional.
“Devemos criar políticas públicas que combatam tanto a obesidade, como a fome e que garantam a saúde dos indivíduos, mas que também fomentem uma produção sustentável de alimentos, com uma atenção particular aos agricultores familiares”, afirmou o representante da FAO na região, Raúl Benítez.
O documento foi apresentado aos representantes de governo de dez países, membros da sociedade civil e acadêmicos, durante um encontro realizado em Lima, no Peru. O objetivo do evento foi construir uma agenda conjunta de políticas públicas de segurança alimentar, nutrição, saúde pública e agricultura familiar a ser apresentado na Segunda Conferência Internacional de Nutrição, que acontece na sede da FAO, em Roma (Itália) em novembro.
De fato
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