Buenos Aires (AE) - O governo de Cristina Kirchner não vai enviar missão à Nova York, na próxima semana, para negociar com grupo de credores de títulos não reestruturados que obtiveram ganho de causa na justiça norte-americana. O desmentido foi feito pelo chefe de Gabinete de Ministros da Argentina, Jorge Capitanich, durante habitual entrevista coletiva à imprensa. “Não há missão nem comitiva preparada para uma eventual viagem aos Estados Unidos”, disse Capitanich.
Na quarta-feira (18), um dos advogados que defendem o país, Carmine Boccuzzi, disse que o governo enviaria uma equipe para negociar o cumprimento da sentença que condenou o país a pagar US$ 1,33 bilhão, à vista. O envio da missão havia sido confirmado pelos advogados defensores do país ao juiz Thomas Griesa, autor da sentença, em audiência realizada na tarde daquele dia.
O chefe de Gabinete também confirmou que o governo vai mesmo realizar um swap dos títulos reestruturados para mudar a jurisdição de pagamento de Nova York para Buenos Aires, com o fim de evitar um embargo. Neste caso, o governo vai provocar um default seletivo (calote seletivo), deixando de pagar os títulos não reestruturados, determinados pela justiça.
As declarações do ministro veem após o tribunal de apelações tornar sem efeito a cautelar denominada “stay”, que impedia a execução da sentença. “A suspensão do stay estabelece um problema para a Argentina porque as ordens pari passu lhe impedem efetuar o pagamento do dia 30 de junho aos credores de títulos reestruturados, a menos que paguemos também, de maneira simultânea, aos fundos abutres.”
TRIBUNA DO NORTE
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