quinta-feira, 21 de junho de 2018

Eleição terá custo de R$ 15 milhões no Rio Grande do Norte

Da redação
Com informações da Tribuna do Norte

As eleições deste ano terão, no Rio Grande do Norte, um custo de R$ 15 milhões. A informação está no o Plano Integrado das Eleições, que foi apresentado aos chefes de cartórios das 69 Zonas Eleitorais do Rio Grande do Norte, numa reunião de trabalho ocorrida, ontem, na nova sede do Tribunal Regional Eleitoral (TRE), na avenida Rui Barbosa, em Morro Branco. 

Tribunal Regional Eleitoral prepara a estrutura para a eleição geral no Rio Grande do Norte
Tribunal Regional Eleitoral prepara a estrutura para a eleição geral no Rio Grande do Norte 

Somente no primeiro turno, no dia 7 de outubro, o custeio da eleição vai ser de R$ 7.299.184,00. Caso haja segundo turno, o custeio previsto é de R$ 2.058.666,00. Já a despesa com pessoal vai alcançar R$ 5.766.311,00.

Mesmo tendo uma redução de R$ 500 mil no orçamento administrativo do TRE, por conta da PEC dos Gastos Públicos, o presidente da Corte, desembargador Dilermando Mota, afirma que os recursos previstos para as eleições estão todos garantidos pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). 

Dilermando Mota disse que o primeiro ano de seu mandato (2017) e o ano em curso foram atípicos, porque também teve o desafio de concluir a construção da nova sede do TRE, que levou 12 anos e saiu do prédio da praça André de Albuquerque, na Cidade Alta, no começo de junho.

“Nós fomos atingidos premente pela contenção de despesas, advinda da chamada PEC dos gastos públicos, que estabeleceu limites orçamentários ao que poderíamos promover, daí a importância de realizar tudo a luz do planejamento, tendo em conta o cenário de contingências”, afirmou.

Mota afirmou que para as eleições traçou-se um modelo prévio de planejamento, “seguramente adaptado a fim de minimizar riscos, diminuir custos e realizar tudo com efetividade”.

Para isso, segundo o presidente do TRE, o Plano Integrado das Eleições de 2018 “foi concebido sob a ótica e perspectiva com essa perspectiva e sob os princípios da simplicidade, funcionalidade e utilidade, e tanto quanto possível foram atendidos os pleitos formulados a partir de conversas com os chefes de cartórios”.

Segundo Mota, o Plano Integrado das Eleições “pretende deixar transparente os processos de trabalhos relativos ao pleito e dar inicio a construção e uma matriz documental que venha a ser aperfeiçoada ao longo do tempo e possibilitar a rodos possam enxergar o efetivo papel de suas efetividades dentro do sistema eleitoral sob monitoramento permanente do que está sendo executado”.

A diretora geral do TRE, Andrea Campos, informou que no primeiro e segundo turnos das eleições, se houver, devem trabalhar cerca de 36 mil pessoas, entre servidores efetivos, terceirizados, juizes e policiais militares - “são dois por seção eleitoral” -, dos quais 31.326 serão mesários.

Andrea Campos disse que a eleição no Rio Grande do Norte será “uma das mais baratas do país”, a um custo de R$ 3,00 por eleitor no primeiro turno e se houver segundo turno, o valor sobe para R$ 3,92: “É um custo relativamente baixo, por exemplo, se comparar com o custeio da revisão biométrica, que foi de R$ 4,00”.

Ela disse que, hoje, o processo eleitoral está com 70% dos preparativos prontos, faltando concluir as contratações até o fim de julho, deixando para 1º de agosto em diante, que é quando assume os novos dirigentes do TRE em substituição aos atuais, o presidente Dilermando Mota e o vice-presidente Ibanez Monteiro, as tratativas sobre a segurança pública. “Os ajustes serão feitos com a próxima gestão”, acrescentou.

Bate papo com Dilermando Mota

Dilermando Mota, Presidente do TRE-RN
Dilermando Mota, Presidente do TRE-RN 

Para o senhor, como presidente do Tribunal Regional Eleitoral (TRE), qual seria o maior desafio dessas eleições?
Na minha visão pessoal, que o povo não desacredite das instituições. Eu diria isso, porque estamos vivendo momentos difíceis no país. Então, por vezes, principalmente, o cidadão menos informado, menos politizado e, infelizmente, o nosso povo na sua maioria, é muito despolitizado, desacredita e em desacreditando, foge do pleito. Então, é muito importante a participação dos eleitores, isso é fundamental.

Na verdade, as pesquisas eleitorais apontam que pode haver uma grande abstenção nessas eleições?
A gente houve às vezes, na rua, o cidadão desestimulado por falta de informação, muitas vezes a gente houve essa expressão - “eu não voto em ninguém, não vejo ninguém pra votar” - mas tem sempre alguém menos comprometido e tem gente séria. Precisamos continuar acreditando. Na hora em que a gente desacredita no outro e nas instituições, entrega... Como se diz na linguagem popular, permita-me a referência, entrega “o ouro ao bandido”.

Mas o senhor acha que passada a Copa do Mundo e as convenções de indicação de candidatos, pode mudar esse descrédito contra a classe política?
Vai depender muito da classe política, de motivar, cada um apresentando seus projetos políticos. Precisamos estar atentos. Como cidadão estou atento, porque antes de ser presidente do TRE, sou cidadão. Estou atento a isso e espero que a classe política possa motivar à sociedade para comparecer ao pleito e fazer a sua melhor escolha.

Valores
Custo das eleições de 2018 no Rio Grande do Norte

Despesa de pessoal
1º e 2º turnos - R$ 5.766.311,00

Custeio das eleições
1 turno R$ 7.299.184,00
2º turno R$ 2.058.666,00

Custeio dos dois turnos
R$ 9.357.850,00

Despesa total das eleições
R$ 15.124.161,00

Fonte: TRE-RN

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