sexta-feira, 30 de junho de 2023

Brasil: Operação cumpre mandados de prisão contra Cac’s e portadores de armas de fogo

Da redação
Por Tribuna do Norte
Foto: Divulgação


A Polícia Federal deflagrou na última quinta-feira (29) a segunda fase da Operação Day After, com o objetivo de dar cumprimento a mandados de prisão em aberto expedidos contra colecionadores, atiradores e caçadores (CAC’s), bem como possuidores de armas de fogo em geral.
Ao todo, policiais federais cumpriram 33 prisões e apreenderam 11 armas de fogo. As prisões são decorrentes do cumprimento de mandados de prisão por diversos crimes graves, tais como atos terroristas, homicídio, estupro, roubo, extorsão e tráfico de drogas.

Houve, também, o cumprimento de mandados de prisão civil por não pagamento de pensão alimentícia.

De acordo com a PF, uma vez que a existência de mandado de prisão quebra o requisito da idoneidade para obtenção do porte de arma de fogo, estão sendo adotadas medidas de apreensão cautelar de armamentos e documentos encontrados. O foco das medidas está em um posterior processo de cassação de porte ou registro de arma de fogo, por parte da PF, além de comunicação ao Exército Brasileiro, para cassação das autorizações concedidas aos Cac’s.

Após o término do prazo de recadastramento de armas de fogo, encerrado no último dia 3 de maio, a PF já prendeu 147 CACs, proprietários de armas de fogo e vigilantes.

Prisões

AL: 1 prisão
DF: 1 prisão
ES: 1 prisão
MA: 3 prisões
MG: 6 prisões
MS: 1 prisão
PA: 2 prisões
PB: 1 prisão
PE: 1 prisão
PI: 1 prisão
PR: 4 prisões
RO: 2 prisões
RS: 1 prisão
SC: 1 prisão
SP: 4 prisões
TO: 3 prisões

Total: 33 prisões

Armas apreendidas

MA: 1 revólver 38
MG: 1 revólver 22
PA: 1 revólver 38/ 1 pistola .380/ 1 pistola 9mm/ 1 espingarda
PR: 1 pistola .380
PE: 1 pistola 9mm
RO: 1 pistola 9mm
RS: 1 pistola 9mm
SP: 1 revólver 38.

Total: 11 armas apreendidas

O Dia da Pechincha chegou! Venha ao Mercadinho São Vicente - Rede Oeste e economize com a gente!

Da redação


Se liga só nesse encarte minha gente!! DIA DA PECHINCHA - Mercadinho São Vicente - Rede Oeste é o dia mais barato do mês. Faça sua lista de compras e venha economizar com a gente!

*Ofertas válidas somente nesta sexta-feira, 30/06/2023. Ou enquanto durar os estoques da loja.

quarta-feira, 28 de junho de 2023

Economia: População do Brasil passa de 203 milhões, mostra Censo 2022

Crescimento da população, de 0,52%, é o menor desde 1872

Da redação
Por Cristina Índio do Brasil - Repórter da Agência Brasil - Rio de Janeiro


O Censo 2022 mostra que a população do Brasil atingiu 203.062.512 pessoas, com aumento de 12,3 milhões desde a última coleta, feita para o Censo 2010. Os dados foram divulgados nesta quarta-feira (28) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A diferença, de 6,5%, significa que o crescimento médio da população nos últimos anos foi de 0,52%, o menor registrado no país desde 1872, quando foi realizado o primeiro censo do país.

Os dados têm como data de referência o dia 31 de julho de 2022 e fazem parte dos primeiros resultados de População e Domicílios do Censo Demográfico 2022. Segundo o IBGE, eles “apresentam um conjunto de informações básicas sobre os totais populacionais de domicílios no país em diferentes níveis geográficos e diferentes recortes, além de diversos indicadores derivados dessas informações, como a média de moradores por domicílio, a densidade demográfica e a taxa de crescimento anual da população”.


Regiões

Com 84,8 milhões de habitantes, a Região Sudeste se manteve como a mais populosa. O total de habitantes equivale a 41,8% da população do país. Na sequência estão o Nordeste (26,9%), Sul (14,7%) e o Norte (8,5%). A região menos populosa é a Centro-Oeste, com 16,3 milhões de habitantes ou 8,02% da população do país.

Se levar em conta a comparação dos censos demográficos de 2010 e 2022, o crescimento anual da população não ocorreu de maneira uniforme entre as grandes regiões. Embora seja menos populoso, o Centro-Oeste registrou maior crescimento, resultando em taxa média de 1,2% ao ano nos últimos 12 anos.

“Na composição da taxa de crescimento anual, por região, observamos que o Norte, que mais crescia entre o Censo 1991 e 2000 e entre 2000 e 2010, perde o posto para o Centro-Oeste que, nesta década, ao longo dos últimos 12 anos, registrou crescimento de 23% ao ano”, disse o gerente técnico do Censo 2022, Luciano Tavares Duarte, em entrevista para apresentação dos resultados.

Os menores crescimentos populacionais ficaram com o Nordeste e o Sudeste. A taxa é menor que a média do Brasil, de 0,52% ao ano.

“Seguindo a tendência histórica de redução de crescimento da população total, as taxas calculadas para as cinco grandes regiões são mais baixas que aquelas estimadas para os dois períodos intercensitários anteriores”, observou o IBGE.

Estados

São Paulo, Minas Gerais e o Rio de Janeiro são os três estados mais populosos do país e concentram 39,9% da população. “Só o estado de São Paulo, com 44 milhões 420 mil 459 pessoas recenseadas, representando 21%, representa um quinto da população”, mostrou o gerente.

Na sequência ficaram a Bahia, o Paraná e Rio Grande do Sul. Em sentido oposto estão os estados localizados na fronteira norte do Brasil., entre eles Roraima, que segue como o estado menos populoso (com 636 303 habitantes), seguido do Amapá e do Acre. O Censo 2022 mostra ainda que 14 estados e o DF tiveram taxas médias de crescimento anual acima da média nacional (0,52%) entre 2010 e 2022.

Apesar de ser o menos populoso, o estado com maior crescimento populacional foi Roraima, onde a taxa de crescimento média anual chegou a 2,92% no período, único a superar a marca dos 2% ao ano.

Domicílios

Houve aumento também no número de domicílios do país. Conforme o Censo 2022, a alta é de 34% ante o Censo 2010, totalizando 90,7 milhões. As unidades domiciliares foram classificadas na pesquisa atual em categorias, de acordo com sua espécie. O critério levou em consideração a situação de seus moradores na data de referência da operação. As categorias são domicílios particulares permanentes ocupados, domicílios de uso ocasional, domicílios vagos, domicílios particulares improvisados ocupados e domicílios coletivos com moradores e sem moradores.

A intenção da operação censitária é coletar as informações das pessoas moradoras nos domicílios. No entanto, nem sempre, no momento da visita, o recenseador consegue fazer as entrevistas ou porque os moradores se recusam a responder ou porque não há ninguém no imóvel naquele momento. Nesses casos, a partir da Contagem Populacional 2007, o IBGE passou a incluir a imputação de moradores em domicílios ocupados sem entrevista realizada. Países como Austrália, Canadá, Estados Unidos, México e Reino Unido também adotam esse método.


Os domicílios particulares permanentes vagos cresceram 87% e atingiram 11,4 milhões. Já os de uso ocasional, em 12 anos, aumentaram 70%, chegando a 6,7 milhões. Desde 2010, os domicílios particulares permanentes ocupados aumentaram 26% e os não ocupados, 80%. “Existe uma diferença no crescimento entre os domicílios que estavam habitados e os não habitados, aumentando de 10 milhões para 18 milhões”, disse o gerente.

“O vago é o domicílio que está para alugar ou para vender, efetivamente vazio, e o ocasional, em sua maioria, é composto por domicílios de veraneio. A gente teve um aumento tanto nos domicílios que estão vazios, quanto nos que são utilizados para veraneio”.

No total de unidades domiciliares recenseadas em 2022, 90,6 milhões eram domicílios particulares permanentes, 66 mil domicílios particulares improvisados e 105 mil domicílios coletivos. A média de moradores por domicílio no país é de 2,79 pessoas. Esse resultado representa queda em relação ao Censo de 2010. Naquela época, a média era de 3,31 moradores por domicílio.

Ainda de acordo com o Censo 2022, entre os permanentes, 72,4 milhões ou 80% estavam ocupados. Mesmo com o avanço do número absoluto de domicílios particulares permanentes ocupados, frente a 2010, a proporção de ocupação dos domicílios particulares permanentes recuou. Segundo o IBGE, em 2010 havia 57,3 milhões de domicílios particulares permanentes ocupados, o que representa 85,1% do total de domicílios particulares permanentes.

Por regiões, o Censo 2022 mostrou variações na ocorrência proporcional de domicílios particulares permanentes vagos. Enquanto na Norte ficou em 12,6%, no Nordeste foi 15,0%, no Sudeste 11,9%, no Sul 10,5% e no Centro-Oeste 12,6%. “A Região Nordeste se destaca como a de mais elevado percentual, assim como ocorreu em 2010, sobretudo em municípios localizados no interior. Os estados com maior e menor percentual de domicílios particulares vagos foram, respectivamente, Rondônia (com 16,7%) e Santa Catarina (8,8%)”.

Densidade demográfica

A densidade demográfica do país na última pesquisa censitária foi estimada em 23,8 habitantes por quilômetro quadrado (km²).De acordo com o IBGE, esse número continua desigual entre as regiões. “No Norte, que tem área de 3 850 593 km², ou 45,2% do território do país, a densidade é de 4,5 habitantes/km². Já na região mais populosa, o Sudeste, a média é de 91,8 habitantes por quilômetro quadrado”, relatou o órgão.

A densidade domiciliar, que é representada pela relação entre moradores nos domicílios particulares permanentes ocupados e o número de domicílios particulares permanentes ocupados, recuou 18,7% no período censitário de 2022, índice mais acentuado que os 13,5% notificados entre os censos 2000 e 2010, passando de 3,3, em 2010, para 2,8, em 2022.

A maior densidade domiciliar (3,3 moradores por domicílio) foi registrada na Região Norte, enquanto a Sul foi a menor (2,6 moradores por domicílio). No contexto estadual, as médias oscilam entre 2,5, no Rio Grande do Sul, e 3,6, nos estados do Amazonas e Amapá. “Apenas sete estados têm média de moradores por domicílio maior ou igual a 3: os já citados Amazonas e Amapá, Roraima, Pará, Maranhão, Acre e Piauí”, informou o IBGE.

Ao todo, foram aplicados 62.388.143 questionários básicos, o que representou 88,9%. Nesse questionário havia 26 quesitos e o tempo de aplicação era de seis minutos. Já o ampliado levava 16 minutos e tinha 77 questões. Nesse modelo foram 7.772.064, ou 11,1%.

Edição: Graça Adjuto

Demandas das comunidades rurais são discutidas na Plenária do Sertão do Apodi

Da redação
Por SEGP-RN / ASSECOM-RN


O Sertão do Apodi recebeu, nesta terça-feira, 27, mais uma plenária para construção do Plano Plurianual (PPA) 2023-2027, RN Participativo, do governo do estado, onde representantes das comunidades rurais se reuniram para discutir as demandas e necessidades locais. O encontro contou com a presença de mais de 300 pessoas, incluindo estudantes, professores, servidores públicos, líderes sindicais e autoridades locais.

Durante a plenária, diversas demandas foram apresentadas e discutidas, refletindo as preocupações e aspirações da população rural do Sertão do Apodi. Entre as principais reivindicações destacaram-se: o fomento à economia solidária, com prioridade para mulheres empreendedoras; a destinação de recursos para o desenvolvimento e aprimoramento da tecnologia na economia solidária; a garantia da segurança alimentar aliada à agricultura familiar; o fortalecimento da EMATER (Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural); a ampliação das ações de segurança na zona rural; a melhoria da qualidade do ensino na zona rural; o aumento do apoio à cadeia produtiva do leite; a promoção do esporte e da cultura para a juventude rural, como forma de combate à vulnerabilidade social, ao risco de drogas e à criminalidade; a garantia de recursos para políticas de convivência com o semiárido, como a construção de cisternas, o tratamento da água, o saneamento rural e o reúso de água; e a retomada da política de fomento à produção da castanha de caju.

Além dessas questões relacionadas ao desenvolvimento rural, também foram abordados outros temas de grande relevância para a região. Dentre eles, a duplicação da BR 304, a necessidade de estruturação dos hospitais regionais de Apodi e Caraúbas para melhor atender à saúde pública na região, a retomada da instalação do Campus UERN em Apodi, a defesa de políticas permanentes de assistência estudantil, a implantação e manutenção dos ambulatórios LGBTQIA+ no interior do estado, e a reforma completa das Companhias de Polícia Militar de Patu, Apodi e Alexandria, visando dotá-las de toda a infraestrutura e efetivo necessários.

Entre os presentes na plenária estavam Lyane Ramalho, secretária de estado da saúde pública; Agnaldo Fernandes, presidente do Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais de Apodi (STTR); Renan Mendonça, prefeito de Upanema; Flávio de Tico, prefeito de Rodolfo Fernandes; Michela Calaça, assessora da Secretaria-Geral da Presidência da República; Eliane Bandeira, presidenta da Central Única dos Trabalhadores (CUT); Júlio Thalles, defensor público; Lusia Pinto, diretora da 13ª Direc de Apodi; Sandra Silva, representante da comunidade Jatobá; América Fonseca Carnaúba, representante da comunidade cigana da região; Rejane Medeiros, da CF8 Marcha Mundial das Mulheres; Pedro Marcolino, do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST); Ari Oliveira, da diretoria da União Estadual dos Estudantes; além de vereadores dos municípios do território.


Durante a plenária, a secretária Lyane Ramalho destacou a importância do evento e enalteceu a proximidade do executivo estadual com a população. Ela ressaltou que o governo está comprometido em ouvir as demandas importantes relacionadas à saúde e se comprometeu a levar essas necessidades para a Governadora Fátima Bezerra, a fim de buscar soluções e melhorias para a região.

Já Agnaldo Fernandes, presidente do STTR, expressou sua esperança de que as demandas dos povos do campo sejam ouvidas e atendidas em relação à infraestrutura, segurança hídrica, melhoria nas estradas, saúde e educação. Ele ressaltou que tais medidas são fundamentais para explorar o potencial rural da região e garantir a segurança alimentar das comunidades.

A plenária foi encerrada com a expectativa de que as demandas apresentadas sejam devidamente consideradas para compor o documento final que será enviado à Assembleia Legislativa até o final de agosto deste ano.

A próxima plenária, que acontecerá amanhã, dia 28, será realizada no município de Mossoró, no Teatro Lauro Monte Filho, às 9h, e abordará as demandas do Território Açu-Mossoró.

PLATAFORMA DIGITAL

Além da participação presencial nas plenárias territoriais, é possível contribuir com o Plano Plurianual através do aplicativo "RN Participativo", disponível para download nas lojas de aplicativo ou acessando o endereço "participativo.rn.gov.br". Ao acessar e realizar o cadastro, o cidadão irá identificar para qual território deseja direcionar a contribuição, selecionando a cidade. Após isso, pode votar em até 3 propostas oficiais do governo. Também é possível votar em até 3 propostas sugeridas pela população e pode sugerir até 3 novas propostas para serem votadas pela população.

TRT-RN arrecada R$ 3,9 milhões em leilão para pagamento de dívidas trabalhistas

Da redação
Por Tribuna do Norte


O novo leilão de bens penhorados pelas Varas do Trabalho da capital e do interior, realizado pelo Tribunal Regional do Trabalho da 21ª Região (TRT-RN), nesta terça-feira (27), em Natal, rendeu R$ 3.917.364,92 para pagamento de dívidas trabalhistas. O evento ocorreu de forma híbrida (presencial e online), sob presidência do juiz Inácio André de Oliveira, em exercício na Coordenadoria de Mandados e Pesquisa Patrimonial/Central de Apoio à Execução do TRT-RN.
Entre os itens do leilão, segundo o TRT-RN, uma fábrica de pirulitos em Macaíba foi arrematada, juntamente com a aquisição de todos os equipamentos no local. Além desta, um apartamento no bairro de Areia Pret (localizado na zona Leste de Natal) e um lote de veículos também foram adquiridos.

Do total apurado no leilão, R$ 555.599,38 foram arrecadados por meio de acordos firmados em alguns processos e a consequente retirada do bem do pregão. O restante do valor arrecadado no leilão (R$ 3.361.765,54) veio da arrematação de 30 dos 55 lotes leiloados. Durante o leilão, um lote de bens foi retirado do pregão em virtude do pagamento das dívidas por parte dos devedores e outros 33 não tiveram lances.

Justiça: Relator no TSE vota pela inelegibilidade de Bolsonaro

Após a leitura do voto de Benedito Gonçalves, julgamento foi suspenso

Da redação
Por André Richter - Repórter da Agência Brasil - Brasília


O ministro Benedito Gonçalves, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), votou nesta terça-feira (27) pela condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro à inelegibilidade por oito anos. Se o voto do ministro, que é relator do caso, for acompanhado pela maioria da Corte, Bolsonaro não poderá disputar, pelo menos, das eleições gerais de 2026.

Após o posicionamento do relator, o julgamento foi suspenso e será retomado na quinta-feira (29). Faltam os votos dos ministros Raul Araújo, Floriano de Azevedo Marques, André Ramos Tavares, Cármen Lúcia, Nunes Marques e o presidente do Tribunal, Alexandre de Moraes.

O TSE julga uma ação na qual o PDT acusa Bolsonaro de abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação. A legenda contesta a legalidade da reunião realizada pelo ex-presidente com embaixadores em julho do ano passado, no Palácio da Alvorada, para atacar o sistema eletrônico de votação.

Voto

Em sua manifestação, Benedito Gonçalves entendeu que Bolsonaro difundiu informações falsas para desacreditar o sistema de votação, utilizando a estrutura física do Palácio da Alvorada. Além disso, houve transmissão do evento nas redes sociais do ex-presidente e pela TV Brasil, emissora de televisão pública da Empresa Brasil de Comunicação (EBC).

“A prova produzida aponta para a conclusão que o primeiro investigado [Bolsonaro] foi integral e pessoalmente responsável pela concepção intelectual do evento objeto desta ação”, afirmou o relator.

O ministro citou que Bolsonaro fez ilações sobre suposta manipulação de votos nas eleições de 2020 e alegações de falta de auditoria das urnas eletrônicas. “Cada uma dessas narrativas possui caráter falacioso”, acrescentou.

Benedito também validou a inclusão no processo da chamada “minuta do golpe”, documento encontrado pela Polícia Federal durante busca e apreensão realizada na casa do ex-ministro da Justiça Anderson Torres. O documento apócrifo sugeria a decretação de Estado de Defesa no TSE para contestar a vitória de Lula nas eleições de 2022.

“A banalização do golpismo, meramente simbolizada pela minuta que propunha intervir no TSE e dormitava sem causar desassossego na residência do ex-ministro da Justiça, é um desdobramento grave de ataques infundados ao sistema eleitoral de votação”, afirmou.

Gonçalves citou ainda que Bolsonaro fazia “discursos codificados” para encontrar soluções “dentro das quatro linhas da Constituição” para impedir o que chamava de manipulação do resultado do pleito.

“O primeiro investigado [Bolsonaro] violou ostensivamente os deveres de presidente da República, inscritos no artigo 85 da Constituição, em especial zelar pelo exercício livre dos poderes instituídos e dos direitos políticos e pela segurança interna, tendo em vista que assumiu injustificada antagonização direta com o TSE, buscando vitimizar-se e desacreditar a competência do corpo técnico e a lisura dos seus ministros para levar à atuação do TSE ao absoluto descrédito internacional”, completou.

O relator também votou pela absolvição de Braga Netto, candidato à vice-presidente na chapa de Bolsonaro. Para o ministro, ele não participou da reunião e não tem relação com os fatos.

Defesa

No primeiro dia de julgamento, a defesa de Bolsonaro alegou que a reunião não teve viés eleitoral e foi feita como “contraponto institucional” para sugerir mudanças no sistema eleitoral.

De acordo com o advogado Tarcísio Vieira de Carvalho, a reunião ocorreu antes do período eleitoral, em 18 de julho, quando Bolsonaro não era candidato oficial às eleições de 2022. Dessa forma, segundo o defensor, caberia apenas multa como punição, e não a decretação da inelegibilidade.

Edição: Marcelo Brandão

terça-feira, 27 de junho de 2023

Alexandria: Dois suspeitos de assaltos morrem em confronto com a polícia no Alto Oeste potiguar

Troca de tiros aconteceu na zona rural de Alexandria, na noite de segunda (26).

Da redação
Por g1 RN
Foto: Nosso Paraná RN


Dois homens suspeitos de cometerem assaltos morreram após um confronto com policiais militares e civis, na noite de segunda-feira (26), em Alexandria, no Alto Oeste potiguar.

O caso foi confirmado pela Polícia Civil do município. Segundo o delegado Murilo Baessa, os criminosos haviam torturado uma pessoa e roubado o carro da vítima no município de Bom Sucesso, na Paraíba, fugindo no sentido a Alexandria.

O caso aconteceu ainda durante a manhã de segunda (26). No entanto, os bandidos teriam perdido o controle e batido o veículo na estrada, perto dos limites entre os municípios.

Ao tomar conhecimento do acidente, a polícia potiguar também foi informada do crime na Paraíba. Porém, os criminosos tomaram uma moto, em um novo assalto, e fugiram do local de acidente.

A polícia tentou abordá-los, mas eles conseguiram escapar e fugiram para uma área de mata, perto de uma serra da região.

Durante a fuga, eles também caíram da moto e abandonaram o meio de transporte, fugindo a pé. Policiais militares e civis montaram um cerco e realizaram buscas na área de serra, até o início da noite.

Ainda segundo a polícia, ao localizar os suspeitos, os policiais deram voz de prisão, porém eles atiraram contra os agentes, que revidaram.

Atingidos, os dois homens foram levados para o hospital de Alexandria, mas não resistiram e morreram. Nenhum policial ficou ferido.

"Eles têm relação com uma investigação nossa. Fizemos uma operação no mês passado, contra pessoas que estavam instalando uma facção criminosa da Paraíba aqui em Alexandria. Eles têm relação íntima com essas pessoas. Eles são da Paraíba, são faccionados, já têm passagem na polícia por outros crimes, um deles tinha acabado de sair da cadeia, em Sousa. São pessoas muito violentas", disse o delegado Murilo Baessa.

Biografia sobre Alceu Valença será lançada hoje no Recife

Cantor fará 77 anos dia 1º próximo

Da redação
Por Luiz Cláudio Ferreira - Repórter da Agência Brasil - Brasília


“Ele jamais abriu mão da própria identidade durante toda a carreira”. A avaliação é a do jornalista carioca Julio Moura, autor do livro Pelas ruas que andei - Uma biografia de Alceu Valença (Cepe Editora), de 562 páginas. A obra sobre o artista de múltiplas influências será lançada nesta terça-feira (27), às 19h, no Paço do Frevo, no Recife.

O evento terá a presença do biógrafo e do biografado, com acesso livre. Alceu, que vai completar 77 anos de idade na semana que vem (dia 1º), tem carreira marcada pela resistência e manutenção das raízes nordestinas. Ele é aclamado em todo o país e internacionalmente.

A missão de contar uma história de vida e de mais de 50 anos de carreira ficou para o jornalista, que é assessor de imprensa do artista desde 2009. “Posso dizer que, desde então, penso em fazer a biografia sobre ele”, confessa Julio.

Ele garante que Alceu deixou o escritor à vontade para fazer um mergulho independente e distanciado. “Não pediu para ler nada antes”, disse o escritor em entrevista à Agência Brasil.

Memórias

Julio explica que queria evitar um “livro de memórias”. Por isso, tinha certeza de que precisaria de certo afastamento em prol da qualidade do livro. Foram dois anos de escrita, principalmente durante a pandemia.

A investigação da história de Alceu foi antes de escrever e ganhou fôlego pelas conversas frequentes, pelas viagens a São Bento do Una (PE), cidade em que o artista nasceu, e para Garanhuns (PE) e Recife para traçar o complexo mosaico de influências musicais e de vida.

“Eu tive impressões confirmadas. Ele sempre teve uma obstinação e determinação muito grandes. Por exemplo, ele participou de festivais de música importantes e não ganhou. Mas não desistiu”, revela o escritor.

Outra face menos comentada do artista e que, segundo Júlio, ilustra a obstinação de Alceu, foi a realização do filme A luneta do tempo. “Foi um filme que Alceu escreveu durante 10 anos e filmou no agreste de Pernambuco por três anos. Uma história do circo e cangaço e eu participei intensivamente”, recorda.

Julio testemunha que Alceu não para nunca. “Ele é muito intenso”, diz. Como um carnaval permanente. Influenciado pelas raízes do violeiro, da banda de pífano, do caboclinho, do baião, do frevo no Recife, do maracatu. “Ele é um dos artistas que melhor representa essa diversidade que o Nordeste tem”, acredita o biógrafo. Ele diz, ainda, que faltam biografias sobre artistas nordestinos da geração de Valença.

O saber de Alceu gera efeitos artísticos em diferentes campos. “A música Anunciação, por exemplo, é ouvida e cantada desde 1983 (há 40 anos)”. Foi cantada em momentos marcantes, como do pedido pelas Diretas Já, a partir de 1984, em que o artista se engajou. A música virou também um hino informal das jogadoras da Seleção Brasileira Feminina de Futebol, que vai disputar a Copa do Mundo.

Não são apenas pelos meios tradicionais que Alceu consegue repercussão. O escritor verificou que a internet auxiliou a garantir visibilidade para a obra do compositor. “A música La belle de jour tem mais de 140 milhões de visualizações no Youtube. É impressionante. Não encontramos isso nem no Paul McCartney, ou Freddie Mercury, ou Stevie Wonder”, observa.

Pelas ruas que andei, nome da canção que é o título do livro, é para Júlio a música mais marcante. Funciona como metáfora de toda a caminhada do artista no Nordeste e depois no Rio de Janeiro.

“Pessoa mais indicada”

Para Alceu Valença, Julio Moura era a pessoa mais indicada para escrever a biografia. O artista garante que deixou o escritor e amigo muito à vontade para poder fazer o livro.

“Mesmo porque era a pessoa mesmo mais indicada para isso. Há muito tempo em que ele trabalha com a gente, que viaja comigo e conheceu tudo o que aconteceu na minha vida”, afirmou Alceu em entrevista à Agência Brasil. “Ele conheceu a casa onde eu morei, parentes meus. Ele conheceu a feira de São Bento do Uma, que serviu de base para a minha música, do xote, do xaxado, do baião”.

Alceu destaca que Julio esmiuçou as influências das outras cidades brasileiras em que ele viveu, como Garanhuns, Recife, Olinda e Rio de Janeiro.

O cantor destaca que a biografia revela formação prioritária dele, que é de São Bento do Una e da Fazenda Riachão, onde nasceu. “A cultura do sertão profundo é a cultura que inspirou e fez com que existisse o Gonzagão. Eu sou da mesma cultura influenciado também por Gonzagão”, opina.

No Recife, Alceu viveu na rua dos Palmares, um verdadeiro caldeirão cultural de influências para ele. Moravam lá o compositor Carlos Pena Filho e o grande Nelson Ferreira (o maestro e compositor de frevo). “Por lá, passavam os maracatus de origem africana. E os blocos indígenas, os caboclinhos. O frevo de bloco, o frevo de rua, o frevo canção”.

Alceu Valença destaca que o escritor conheceu todos os amigos dele de Olinda. “Ele tem uma memória incrível. Cada vez que eu passava por Olinda, eu ia me lembrando de alguma coisa. E ele cuidou para estar tudo ali no livro”, observa.

Além do lançamento desta terça-feira, estão programados outros dois lançamentos, um no Rio de Janeiro (Livraria Travessa do Shopping Leblon), no dia 25 de julho, e em São Paulo (Itaú Cultural) no dia 27 do mês que vem.

A obra tem versões impressa, digital e audiolivro (disponível em audiolivro.art.br), adaptado como condições de acessibilidade e recursos extras para os fãs do formato.
Serviço

Lançamento do livro Pelas ruas que andei - Uma biografia de Alceu Valença (Cepe Editora)

Preço: R$ 70 (livro impresso); R$ 35 (e-book); 49,90 (compra do audiolivro); R$ 20 (assinatura do audiolivro)

Recife

Quando: 27 de junho

Onde: Paço do Frevo (Praça do Arsenal da Marinha, s/n, Recife)

Horário: 19h

Acesso gratuito

Edição: Kleber Sampaio

Justiça: TSE retoma julgamento que pode levar à inelegibilidade de Bolsonaro

Sessão está prevista para começar às 19h

Da redação
Por André Richter - Repórter da Agência Brasil - Brasília


O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) retoma nesta terça-feira (27) o julgamento que pode levar à inelegibilidade do ex-presidente Jair Bolsonaro. A sessão está prevista para começar às 19h.

Na última quinta-feira (22), primeiro dia do julgamento, o TSE ouviu os argumentos apresentados pelos advogados do PDT, partido que protocolou a ação, a defesa de Bolsonaro e a acusação do Ministério Público Eleitoral (MPE).

O tribunal julga a conduta do ex-presidente durante reunião com embaixadores, em julho do ano passado, no Palácio da Alvorada, para atacar o sistema eletrônico de votação. A legalidade do encontro foi questionada pela legenda.

O julgamento será retomado com o voto do relator, ministro Benedito Gonçalves. Após o posicionamento do relator, os demais ministros passam a votar na seguinte sequência: Raul Araújo, Floriano de Azevedo Marques, André Ramos Tavares, Cármen Lúcia, Nunes Marques e o presidente do Tribunal, Alexandre de Moraes.

Caso algum ministro faça pedido de vista para suspender o julgamento, o prazo para devolução do processo é de 30 dias, renovável por mais 30. Com o recesso de julho nos tribunais superiores, o prazo subirá para 90 dias.

Se for necessária mais uma sessão para julgar o caso, o TSE já reservou a terceira sessão para quinta-feira (29).

Edição: Graça Adjuto

segunda-feira, 26 de junho de 2023

OFERTAS IRRESISTÍVEIS: Mercadinho São Vicente - Rede Oeste; Visite-nos e aproveite!

Garanta ECONOMIA E QUALIDADE em sua compra!

Da redação

Comece a semana com o pé direito e aproveite nossas ofertas imbatíveis. Visite o Mercadinho São Vicente - Rede Oeste, lá você encontrará produtos de qualidade a preços incríveis. Venha nos visitar e faça suas compras com satisfação garantida!

*Ofertas válidas de 26/06/20223 à 01/07/2023. Ou enquanto durar os estoques da loja.

Direitos Humanos: Vítimas de tortura na ditadura pedem memória e providências

Dia Internacional de Apoio é celebrado nesta segunda-feira

Da redação
Por Luiz Claudio Ferreira - Repórter da Agência Brasil - Brasília


A campainha tocou no apartamento 31. O estudante paulistano Adriano Diogo, de 23 anos, estava cansado. Estudante de geologia na Universidade de São Paulo (USP), ele, naquele dia, estava extenuado depois de cruzar a cidade e chegado de mais uma jornada como professor de ciências em uma escola secundarista. Andou até a porta. Ao abrir, encontrou o pesadelo. Ele não esperava o que aconteceria a partir daquele 17 de março de 1973. Histórias como a de Adriano têm mais um especial momento de reflexão e memória nesta segunda (26 de junho), Dia Internacional de Apoio às Vítimas de Tortura.

Tudo está nítido na memória de Adriano Diogo, hoje aos 74 anos de idade. “Primeiro, uma coronhada com o cabo da metralhadora no lado direito do olho”, lembrou em entrevista à Agência Brasil. Ele recorda que foi sendo arrastado aos gritos pela escada, por militares disfarçados. Haviam chegado em uma caminhonete com pintura falsa de um jornal da cidade. Saíram em um Opala verde. Adriano assustou-se com o ódio dos agentes.

“Nós vamos te matar, terrorista”. “Onde estão as armas?”. “Maldito”

Do apartamento na Mooca (zona leste de São Paulo), os militares levaram o universitário por 10 quilômetros, até o Complexo do Centro de Operações de Defesa Interna (DOI-Codi), na Vila Mariana, onde funcionava a Operação Bandeirante (Oban), um centro de repressão política que desembocou em um espaço de tortura e assassinatos durante a ditadura militar no Brasil.

90 dias na solitária

As diferentes violências que se seguiram àquele dia em que a campainha tocou, incluindo os 90 dias em uma solitária, depois 45 no prédio do Departamento de Ordem Política e Social (Deops), e mais um ano e meio no Presídio do Hipódromo, deixaram marcas profundas no homem. Mas não deixaram jamais os ideais e o ativismo. “Embora eu fosse bem jovem, desde o dia em que saí da cadeia, há 50 anos, eu fazia o que faço hoje. Vou em cadeias, em espaços de internação de menores, em delegacia. Quando pessoas de movimentos sociais são presas, busco saber o que aconteceu”.

Daqueles dias de dores diversas, ele se lembra com detalhes dos momentos. Inclusive que um dos algozes e dos mais violentos era um tal de major Tibiriçá, codinome do chefe do DOI-CODI à época, o coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra, o primeiro militar a ser reconhecido como torturador pela Justiça brasileira no ano de 2008.

Assista a depoimento de Adriano Diogo à Comissão Estadual da Verdade

Foi Ustra quem recebeu Adriano Diogo no complexo da Operação Bandeirante. Além de comandar a violência física, o militar, em diferentes ocasiões, mostrava fotos de amigos e colegas assassinados e autopsiados em demonstrações de violência psicológica. “Conte o que você viu aos seus amigos na cela”, provocava.

Adriano Diogo descobriu na cadeia a morte de um grande amigo, nos dias seguintes ao que chegou ao DOI/Codi o líder estudantil Alexandre Vannucchi Leme, aos 22 anos de idade, também estudante de geologia na USP. Para o amigo Adriano, Alexandre era o “Minhoca”, apelido dos tempos da faculdade. “Para tentar apagar as marcas de tortura contra o Minhoca, eles levaram o corpo para fora da Oban e simularam atropelamento com um caminhão”.

Ninguém acreditou na fraude. Tamanha foi a repercussão que o arcebispo de São Paulo, Dom Paulo Evaristo Arns, organizou uma missa no dia 30 de março em memória do estudante. A repercussão foi grande. “O Ustra ficou muito nervoso. Levou todos os presos para o pátio e bateram na gente de todas as formas”, recorda Adriano Diogo.

Enquanto Ustra esteve na chefia, durante 40 meses, houve 40 mortes. Além disso, chegou, em média, uma denúncia de tortura a cada 60 horas, segundo registrou a Comissão da Verdade. Outro momento marcante, em 1973, foi aquele em que Gilberto Gil cantou a música Cálice (composta em parceria com Chico Buarque) na USP, em primeira mão, para dezenas de estudantes. “Ele teve muita coragem realmente”, considera.

Retomar a vida

Depois de quase dois anos, Adriano Diogo saiu da cadeia. “Fui buscar o diploma lá na geologia e retomar a vida”. Ele fez carreira como geólogo e pesquisador. Foi deputado e até presidiu a Comissão da Verdade na Assembleia Legislativa de São Paulo. Um problema, porém, foi que as recomendações do relatório ficaram apenas no papel. O relatório final foi entregue à sociedade em março de 2015. depois de três anos de trabalho.

Um dos capítulos é de “Mortos e Desaparecidos”, com 165 casos investigados, inclusive a do amigo Alexandre Vannucchi Leme . “Nós fizemos uma série de recomendações ao Estado brasileiro e não foram atendidas (confira aqui o relatório). Para você ter uma ideia, o Brasil é signatário do Protocolo de Istambul de combate à tortura. Sabe quantos comitês de combate à tortura têm no Brasil, além do nacional? Só um (no Rio de Janeiro)”, lamenta.

Na sexta (23), o atual governo reativou o Sistema Nacional de Prevenção e Combate à Tortura. Uma reunião marcada para o dia 21 de agosto, data que marca os dez anos da lei que criou esse sistema, vai estabelecer um plano de trabalho e de atuação.
Marcas registradas

O relatório da Comissão Nacional da Verdade (CNV) trouxe 29 recomendações e a maioria ficou também somente no papel, identificou um relatório do Instituto Wladimir Herzog.

Confira estudo

Apenas duas recomendações foram atendidas pelo poder público, avaliou a entidade. A revogação da Lei de Segurança Nacional e a introdução da audiência de custódia, para prevenção da prática da tortura e de prisão ilegal, foram as exceções.

Para a coordenadora do relatório, a historiadora Gabrielle Abreu, o sentimento das pessoas torturadas no Brasil, é mesmo esse de impunidade. “A violência e a impunidade, infelizmente, são marcas registradas no Brasil. Vimos ocorrer no período da escravidão, por exemplo, quando milhões de homens e mulheres negros foram escravizados”, afirmou.

O relatório, segundo ela, tem a finalidade de estimular uma reflexão verdadeira e crítica sobre o que foi a ditadura e outros períodos de grave violação de direitos humanos. A busca por não deixar esquecidas essas histórias é fundamental, disse a historiadora. Além disso, há no entender dela, invisibilidade e apagamentos de torturas e mortes de diferentes grupos indígenas, quilombolas, ribeirinhos, populações mais pobres submetidas aos desmandos.


Os dados do relatório mostram não somente ter havido recomendações da CNV não realizadas (total de 14), mas também retrocessos (sete). Esse é o caso da recocomendação da “criação de mecanismos de prevenção e combate à tortura”.

Tortura aos 16 anos

Voltar ao passado, porém, é reconhecer histórias de violências inadmissíveis. No dia 16 de abril de 1971, Ivan Soares, com apenas 16 anos de idade, foi capturado junto com o pai, o operário Joaquim, e levado para as instalações do DOI-Codi, em São Paulo. Pai e filho participavam do Movimento Revolucionário Tiradentes.


Menor de idade, Ivan ficou nas mãos da ditadura durante quase seis anos sem ser processado ou condenado. “Os militares anunciaram que ele tinha morrido em um suposto tiroteio com as forças de repressão”. Ivan era estudante do então ginásio. “A gente tinha a vida de trabalhadores pobres. Nasci numa favela em Porto Alegre onde não tinha nada. Não tinha água encanada, luz, ônibus,esgoto, escolas. Tudo era muito difícil”.

Confira depoimento à OAB-RJ

Ele explica que os moradores dessa comunidade de Vila Jardim lutavam por melhores condições de vida. “Desde que me entendi por gente eu vi as lutas das pessoas que são da classe trabalhadora, tentando sair da condição de ser pisado pelo sistema capitalista”.

Os últimos três anos de cadeia Ivan cumpriu em um presídio de segurança máxima, que foi a Casa de Custódia e Tratamento de Taubaté. Ele era o único preso político e convivia com os presos e pacientes psiquiátricos.

Ivan saiu da prisão em agosto de 1976, disposto a recomeçar a vida. Mas as perseguições não cessaram. Uma vez por semana, ele precisava se apresentar na auditoria militar. “Eu era seguido todos os dias, 24 horas por dia. Eu ia estudar, trabalhar. Mas sempre com a presença dela, dessas figuras execráveis por perto".

“Eu descia do ônibus e tinha que caminhar a pé até a escola. Em um carro, eles passavam me xingando fazendo piadinha. Diziam para eu correr para eles treinarem tiro”. A tortura era também do lado de fora. “Desde o momento em que eu estava sendo torturado, tinha absoluta noção de que vivia um processo histórico, Eu me mantive pelo fator ideológico”. Hoje, ele mora na cidade de Foz do Iguaçu (PR).

Hoje, ele considera fundamental a aplicação das recomendações da Comissão Nacional da Verdade. ”Nós revelamos os crimes da ditadura. E a gente vai continuar lutando”.

Edição: ? Matéria para segunda-feira

sexta-feira, 23 de junho de 2023

'FESTA JUNINA REDE OESTE' Mercadinho São Vicente - Rede Oeste; Venha aproveitar nosso arraiá de ofertas!

Da redação

Venha para o Mercadinho São Vicente - Rede Oeste e aproveite a melhor época do ano com a gente. O nosso arraiá está com as melhores ofertas, garanta uma festa junina inesquecível para toda a sua família. Visite-nos!

OFERTAS VÁLIDAS DE 23/06/2023 À 24/06/2023. OU ENQUANTO DURAR OS ESTOQUES DA LOJA.



quinta-feira, 22 de junho de 2023

Grupo suspeito de comandar tráfico de drogas no Seridó é alvo de mandados de busca e de prisão no RN e PB

Segundo o MP, organização criminosa age dentro e fora de presídios potiguares.

Da redação
Por g1 RN


O Ministério Público do Rio Grande do Norte (MPRN) deflagrou nesta quinta-feira (22) uma operação para combater a atuação de uma organização criminosa suspeita de agir dentro e fora de unidades prisionais potiguares.

São cumpridos mandados de prisão e de busca e apreensão nas cidades de Acari, Caicó, Equador, Jardim do Seridó, Parelhas e São Vicente, além de São Bento, na Paraíba.

Segundo a corporação, há provas que, entre outros crimes, o grupo seja responsável por comandar o tráfico de drogas na região Seridó potiguar.

O número de alvos da ação não foi informado até a última atualização desta matéria.

A operação Ceifador, como a ação foi denominada, também conta com o apoio da Polícia Rodoviária Federal, da Polícia Militar e da Polícia Penal, segundo o MP.

Internacional: Na Itália, Lula diz que manutenção da atual taxa de juros é irracional

Durante coletiva em Roma, ele citou Selic em 13,75% e inflação em 5%

Da redação
Por Andreia Verdélio – Repórter da Agência Brasil - Brasília


O presidente Luiz Inácio Lula da Silva classificou como irracional a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) de manter a taxa básica de juros, a Selic, em 13,75%. Durante coletiva de imprensa nesta quinta-feira (22) em Roma, na Itália, Lula voltou a fazer críticas ao presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto.

“Não se trata do governo ficar brigando com o Banco Central. Quem está brigando com o Banco Central hoje é a sociedade brasileira”, disse, ao citar a Confederação Nacional das Indústrias (CNI), varejistas e pequenos e médios produtores.

“Tenho cobrado dos senadores. Foram os senadores que colocaram esse cidadão lá. Então os senadores têm que analisar se ele está cumprindo aquilo que foi aprovado para ele cumprir. Na lei que está aprovada, ele tem que cuidar da inflação, do crescimento econômico e da geração de empregos. Então ele tem que ser cobrado. É só isso.”

Na Itália, antes de embarcar para a França, Lula disse ainda que Campos Neto joga contra a economia brasileira.

“Não existe explicação aceitável do porquê a taxa de juros está 13,75%. Nós não temos inflação de demanda”, avaliou. “Acho sinceramente que esse cidadão está jogando contra os interesses da economia brasileira”, concluiu.

Edição: Denise Griesinger