quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Deputados votam em causa própria e salvam Jaqueline

Filmada recebendo dinheiro do Mensalão do DEM em Brasília, a parlamentar escapou da cassação por larga vantagem. Parlamentares temiam que punição abrisse precedentes

Gabriel Castro
A deputada Jaqueline Roriz chora no plenário, durante a sessão que votava a cassação de seu mandato (Valter Campanato/ABr)

A Câmara dos Deputados perdeu nesta terça-feira mais uma chance de melhorar a desgastada imagem do Congresso: os deputados livraram Jaqueline Roriz (PMN-DF) da cassação. Prevaleceu o instinto de sobrevivência na hora de julgar a colega que foi filmada recebendo dinheiro do Mensalão do DEM, em 2006. Foram 265 votos contra, 166 votos a favor e 20 abstenções. Outros 62 parlamentares não compareceram.

O resultado foi anunciado às 20h13. Os deputados consolidaram, assim, a tese de que fatos anteriores ao mandato não podem ser usados para punir um parlamentar. Dessa forma, a vergonhosa absolvição de Jaqueline consolida uma jurisprudência e abre as portas para novos episódios de impunidade. A deputada foi flagrada recebendo maços de dinheiro do operador do Mensalão do DEM, Durval Barbosa, em 2006.

Jaqueline Roriz não permaneceu em plenário para assistir ao desfecho da votação. O anúncio do resultado foi acompanhado por vaias de manifestantes que acompanhavam a sessão das galerias da Câmara.

Argumentos - Carlos Sampaio (PSDB-SP), relator do caso, iniciou a leitura de seu parecer às 17h30. "Se viéssemos a saber no dia de hoje que determinado parlamentar praticou pedofilia, que ele matou, que ele estuprou, o que essa Casa iria dizer à sociedade brasileira?", indagou o tucano, que sugeriu a cassação. O relatório dele havia sido aprovado por 11 votos a 3 no Conselho de Ética da Câmara.

Sampaio se exaltou ao lembrar que Jaqueline Roriz defendera a cassação de Eurides Brito (PMDB), deputada distrital filmada recebendo dinheiro nas mesmas condições: "Quanta desfaçatez, chamar de cara de pau, de mau caráter, dizer que a cidade sangra por alguém que cometeu a mesma conduta valendo-se apenas do privilégio de que as imagens não teriam sido divulgadas à época”, criticou o relator.

Cinismo - Em seu discurso, a deputada pouco falou a respeito das acusações: fez um pronunciamento sentimentalista: "Esse julgamento histórico, haverá de prevalecer o respeito à pessoa humana e o respeito às leis deste país", disse ela. A parlamentar criticou os interesses dos que a acusam e querem "se apresentar como paladinos da moralidade".

A filha do ex-governador Joaquim Roriz não negou ter recebido dinheiro de origem ilícita. Prendeu-se apenas a um detalhe técnico: "Em 2006, eu era uma cidadã comum, não era deputada nem funcionária pública. Portanto, não estava submetida ao Código de Ética da Câmara”, afirmou.

Jaqueline estava em dúvida se deveria discursar: decidiu subir à tribuna pela primeira vez em seu mandato para não cometer um gesto que desagradasse os colegas. Ao fim do discurso, ela foi vaiada por manifestantes que ocupam as galerias da Casa. O advogado Eduardo Alckmin falou antes de Jaqueline. Ele sustentou a tese de que a punição não poderia ser aplicada porque, quando recebeu o dinheiro sujo, a deputada ainda não ocupava cargo público.





terça-feira, 30 de agosto de 2011

E-mail falso que anuncia morte de Fidel pode infectar PC













Rumores sobre a morte Fidel Castro, o ditador cubano aposentado, invadiram as redes sociais e caixas de e-mail nesta terça-feira. Mas a verdade é que muitas dessas mensagens não passam de ameaças virtuais criadas para infectar os computadores dos curiosos, de acordo com a companhia de segurança da informação Eset.

Ao clicar no link oferecido nos e-mails, o usuário é levado automaticamente a sites contaminados com cavalos de troia – tipo de ameaça conhecida por roubar os dados do usuário, além de abrir a máquina para futuras invasões. No 7 de agosto, uma ameaça parecida começou a circular na rede com supostas fotos e vídeos de Fidel em seu leito de morte.



A regra para evitar tais armadilhas é simples: procure as informações em sites de sua confiança, evitando sempre clicar em links suspeitos em e-mails e redes sociais. Além disso, como sempre, mantenha seu antivírus atualizado para aumentar a proteção a seu computador.








IFRN abre inscrições para nível médio e superior


O Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Norte - IFRN, lançou edital para realização de concurso público destinado ao provimento de 28 vagas, em cargos de técnico em laboratório e engenheiro de níveis médio e superior. Os salários chegam a R$ 2.989,33. As vagas são para os cargos de técnico de laboratório e engenheiro químico. O concurso será regido e executado pelo Instituto Saber. O concurso do IFRN será válido por 2 anos e prorrogável uma única vez por igual período. Os interessados devem se inscrever, exclusivamente via Internet, até o dia 12 de setembro de 2011, no site (www.saber.srv.br). A taxa de inscrição varia entre R$ 45,00 e R$ 74,00, de acordo com cargo e escolaridade.

adriano abreu
As provas da seleção para o IFRN no Rio Grande do Norte ocorrerão no dia 16 de outubro próximo

Os salários variam de R$ 1.821,94, para cargos de nível intermediária, e de R$ 2.989,33, para os de nível superior. Em ambos os casos, os vencimentos poderão ser acrescidos de vantagens, benefícios e adicionais previstos na legislação, tais como Auxílio-Alimentação, Auxílio- Transporte, Auxílio-Saúde, além do Incentivo à Qualificação - que varia de acordo com os níveis de escolaridade.

As Provas escritas serão aplicadas no dia 16 de outubro de 2011. O local de realização das provas será divulgado, no sítio www.saber.srv.br, a partir do dia 05 de outubro de 2011. Os candidatos aos cargos de Técnicos de Laboratório farão provas escritas de caráter eliminatório e classificatório. As provas objetivas serão compostas por 10 questões de Língua Portuguesa, 10 de Matemática, 10 de Informática e 20 de Conhecimentos Específicos. cada questão terá quatro opções de respostas, das quais apenas uma será correta. As provas práticas serão aplicadas somente aos candidatos que conseguirem êxito na primeira fase. Essa etapa será realizada em conformidade com edital próprio, a ser divulgado no no site da empresa organizadora do certame, após a realização das provas objetivas. Os candidatos ao cargo de Engenheiro Químico farão apenas provas escritas. Os gabaritos oficiais preliminares das provas objetivas serão divulgados no sítio do Instituto Saber até duas horas após o término da aplicação das provas.

As vagas para os cargos de técnico de laboratório estão distribuídas por área, sendo 1 para técnico em agrícola (Ipanguaçu); 4 vagas para técnicos em alimentos (Currais Novos e Pau dos Ferros), 1 para biologia ( Natal-Central), 1 para técnico em edificações (Natal-Central), 2 para eletricidade e eletrônica (Campus Natal-Central), 2 para eletrotécnica (Santa Cruz), 1 para técnico em estradas (Natal-Central), 3 vagas para manutenção e suporte de computadores ( Pau dos Ferros, Macau e Santa Cruz), 3 vagas para mecânica (Campi Santa Cruz, João Câmara e Natal-Central), 1 para pesca ( Macau), 3 para química (Macau, Ipanguaçu e Apodi), 4 para sistemas de computação ( Currais Novos, Ipanguaçu, Pau dos Ferros e Macau), i vaga para têxtil (Caicó) e outra para técnico em zootecnia (Apodi). Para nível superior, será uma vaga para engenheiro químico.

Bate-Papo

Auridan Dantas de Araújo » Dir. gestão do IFRN

Qual o deficit de pessoal hoje?

O deficit de pessoal nas instituições de ensino, em especial nos Institutos Federais, está sendo reduzido com a criação do banco de equivalentes, no caso dos docentes, e da lotação de referência, no caso dos técnico-administrativos, pois está dando oportunidade de preenchimento de vagas de forma imediata, no caso de vacâncias (Exemplo: aposentadoria, exoneração, falecimento, etc...), desde que haja concurso público vigente, mas também dando condições de fazer concurso público, se não houver, visando preencher estas vagas, sem a necessidade de aguardar autorização do MEC/MPOG. No caso do IFRN, o deficit atual está sendo reduzido com a convocação de diversos servidores de concursos vigentes, tais como 67 Assistentes em Administração, 46 Auxiliares em Administração, e em torno de 40 docentes, além da realização dos diversos concursos públicos que estão em andamento. Além disso, estaremos em breve lançando mais um edital docente, visando preencher em torno de 140 vagas, e que o edital deverá contemplar mais de 50 disciplinas.

O número ofertado nesse certame atende essas necessidades? Por que?

O número ofertado de vagas não atende na plenitude as necessidades de cada Campus, mas aproxima bastante, pois o número de docentes e técnicos-administrativos estará quase no limite do banco de equivalentes e da lotação de referência, respectivamente. Porém, como há um projeto de lei em tramitação, que trata da criação de novas vagas, o IFRN deverá atingir seus limites de servidores. Tais limites levam em conta o número total de alunos, pois conforme a legislação dos IF's, para um Campus da fase 2 - exemplo de Pau dos Ferros, João Câmara e Caicó, são 60 docentes e 45 técnico-administrativos. E com estes concursos já falados, chegarão a 56 docentes e entre 40 a 45 técnico-administrativos, conforme cada caso.

A contratação dos técnicos e engenheiros químicos será imediata?

A contratação dos técnico de laboratórios e engenheiro químico serão imediatas.

Estão programados novos concursos para este ano? Se sim, em quais áreas? Há previsão de publicação de editais?

O próximo edital a ser lançado será para Docentes, conforme falado anteriormente, para aproximadamente 50 disciplinas, as quais estão em fase final de definição.

*Tribuna do Norte

TJRN: entre os mais céleres e caros

Roberto Lucena
Repórter

Com uma taxa de congestionamento de processos de 60%, o Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte (TJRN) figura na sétima posição entre os tribunais mais céleres do país. O dado faz parte de um levantamento feito pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e aponta ainda que, para cada novo processo, o TJRN tem um custo de R$ 1.953,00, o nono mais alto valor do país. A despesa total da Justiça Estadual, ano passado, foi de R$ 413.022.412,00, o que corresponde a 1,34% do Produto Interno Bruto (PIB) do RN.


Adriano abreu
Juiz Ibanez Monteiro defende maior informatização da Justiça

A pesquisa, denominada "Justiça em Números", divulgada ontem, foi elaborada pelo Departamento de Pesquisas Judiciárias do CNJ, com base nas informações dos tribunais das esferas estadual, federal e trabalhista. O estudo foi apresentado durante solenidade na Escola de Magistratura Federal (Esmaf), em Brasília, e contou com a presença do ministro Cezar Peluso, presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Conselho Nacional de Justiça CNJ. Em todo país, houve uma redução em um milhão de novos processos. Em 2010, tramitou no Poder Judiciário 24,2 milhões de novos processos.

Taxada por boa parte dos cidadãos como lenta, a Justiça, em alguns estados, também é cara. É o caso do Distrito Federal, que gasta R$ 4.103,00 por cada novo processo. No mesmo estado, a despesa per capita do Tribunal é de R$ 554,95. Com 3.121.451 habitantes, segundo dados do último censo do Instituto de Geografia e Estatística (IBGE), o Rio Grande do Norte surge na 15ª posição e um gasto de R$ 130,41 para cada habitante. Nesse quesito, o estado de Alagoas, com gasto per capita de R$ 63,14, aparece na última posição.

O juiz Ibanez Monteiro, da 2ª Vara da Fazenda Pública de Natal, explica que para chegar ao valor gasto em cada processo, leva-se em conta principalmente o custos gerados com pessoal. Além disso, há gastos com material de impressão e encadernação. "As despesas começam com o funcionário responsável pela distribuição dos processos. O gasto maior é o tempo de trabalho. Existem casos de que demora-se uma semana para o juiz ter conhecimento do processo. A demanda é muito alta", comenta.

O Tribunal de Justiça do Pernambuco (TJPE) é o mais lento, segundo os dados do CNJ. O estado nordestino apresenta um congestionamento de 82%. O índice envolve todos os processos que entraram e aqueles que não foram solucionados no período do ano passado. Na outra ponta, com uma taxa de 33% de congestionamento, aparece o estado do Acre. Com 212 juízes nos seus quadros, o TJRN ocupa o sétimo lugar nesse ranking. Na média geral nacional, cada magistrado foi o responsável por 1.318 sentenças. Esse número chega a 1.641 se levado em conta somente os números da Justiça Federal. Já na Justiça Estadual, a média foi de 1.326 e 1.108 na Justiça do Trabalho.

"Os números do CNJ revelam que a Justiça precisa, mais do que nunca, se debruçar no processo de virtualização dos processos. Já temos um trabalho piloto no estado que mostra isso", diz Ibanez Monteiro. No Rio Grande do Norte, outro dado significativo aponta o TJRN com o segundo maior índice (41%) de informatização de processo do país.

Estudo também detalha Justiças do Trabalho e Federal

Além dos números do Tribunal de Justiça dos estados brasileiros, a pesquisa "Justiça em Números", do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), divulgou no estudo os números das justiças Federal e do Trabalho. Na Justiça Federal, a taxa de congestionamento no Estado também é de 60%, porém, esse percentual corresponde a mais quatro estados (Ceará, Pernambuco, Alagoas e Sergipe) que fazem parte da 5ª Região.

O Tribunal Regional do Trabalho (TRT) da 21ª Região, com sede em Natal, teve a despesa total calculada em R$ 147.297.390,00 no ano de 2010. A despesa per capita ficou em R$ 46,51 e a taxa de congestionamento de processos é de 58%. Atualmente, há 81.588 casos pendentes no órgão. Cada juiz, foi responsável por dar a sentença de 946 processos durante o ano passado.

Federal

Com relação à Justiça Federal, os cinco estados que compõem a 5ª Região foram responsáveis por uma despesa total de R$ 806.591. 303,00. A despesa por cada habitante da região ficou em R$ 27,15 no ano passado. Atualmente, 646.320 processos aguardam despachos dos juízes federais. Cada magistrado, foi responsável pela elaboração de 2.287 sentenças em 2010.

*Tribuna do Norte

Mossoró recebe reforço e cidades da região voltam a atuar com PMs


Do Jornal de Fato, em Mossoró

A Secretaria de Estado da Segurança Pública e da Defesa Social (SESED) do Rio Grande do Norte decidiu voltar atrás com relação à retirada de policiais militares que trabalhavam improvisadamente nas delegacias de Polícia Civil do interior. Em Mossoró chegaram 17 novos agentes, que vão trabalhar em regime de "missão", até que aqueles que foram designados para assumir o local dos PMs nas DPs cheguem à cidade. Apodi, Areia Branca e Assú receberam novamente os PMs.

De acordo com o delegado regional de Mossoró, Francisco Edvan Queiroz, os 17 policiais que chegaram ontem em Mossoró para cobrir as brechas deixadas com a saída dos PMs ficarão provisoriamente. A previsão é que os policiais que virão para ocupar esses cargos, efetivamente, assumam seus postos de trabalho em 30 dias. "É uma situação provisória (a vinda dos 17 agentes civis), que vai repor as perdas que tivemos com a saída dos policiais militares", explicou Edvan.

O reforço foi dividido entre oito das dez delegacias existentes em Mossoró. A Delegacia de Narcóticos (DENARC), uma das mais sacrificadas na cidade com a saída dos militares, recebeu cinco agentes civis. A Delegacia Especializada em Furtos e Roubos (DEFUR) foi contemplada com três policiais.

De acordo com Edvan Queiroz, a decisão da Sesed em desistir de retirar todos os 78 policiais que trabalham improvisadamente em delegacias de Polícia Civil do interior se deu pela carência de efetivo. Com a saída dos militares, delegacias como a de Apodi e Areia Branca praticamente ficaram paradas. Em Apodi, por exemplo, eram seis policiais, sendo cinco deles policiais militares. Com a saída deles, a unidade parou.

A retirada completa dos policiais militares das delegacias deve acontecer somente após a nomeação dos 509 delegados, escrivães e agentes que passaram em concurso feito em 2008 e já estão prontos para assumirem postos de trabalho.

Fabiana Murer ganha no salto com vara e garante primeiro ouro brasileiro em Mundiais

Do UOL Esporte
Em São Paulo




A brasileira Fabiana Murer conseguiu superar a russa Yelena Isinbayeva e fez história nesta terça-feira ao ser a primeira brasileira a conquistar a medalha de ouro no Campeonato Mundial de atletismo em Daegu, na Coreia do Sul, com a marca de 4,85 m, dois anos depois de ter decepcionado na disputa em Berlim.

Fabuiana Murer cometeu erro em salto apenas quando chegou para competir nos 4,80 m na primeira tentativa, mas na segunda vez que tentou a brasileira conseguiu passar mesmo depois de ter tocado com a perna no sarrafo, partindo para a disputa em 4,85 m, quando conseguiu passar.

A disputa ficou apenas entre ela e a alemã Martina Strutz, que depois de errar seu primeiro salto nos 4,85 decidiu ir direto para 4,90 m, quando errou seus dois saltos e viu a atleta brasileira conquistar o título mundial tendo ainda a chance de continuar saltando para melhorar a marca.

Murer teve sua última chance de salto para tentar atingir a marca de 4,92, quando ficou perto de conquistar a marca, mas acabou derrubando o sarrafo no final do salto.

Já a russa Yelena Isinbayeva decepcionou novamente e não conseguiu medalha pelo segundo Mundial consecutivo ao falhar na primeira tentativa de 4,75 m e depois em suas duas oportunidades de passar pelos 4,80 m, quando ousou na escolha sendo que ainda não tinha saltado 4,80 m na temporada.

Campeã mundial em Berlim, a polonesa Anna Rogowska também não foi bem e falhou quando tentava saltar em 4,75 m, ficando fora da disputa por medalhas.

*UOL.Esportes

Dilma lança hoje obras que devem evitar novas enchentes no Nordeste somente em 2014

Carlos Madeiro
Especial para o UOL Notícias
Em Pernambuco

Um ano e dois meses após a maior cheia dos últimos 40 anos em Alagoas e Pernambuco, a presidente Dilma Rousseff assina nesta terça-feira (30), em Cupira (a 168 km do Recife), a ordem de serviço para a construção das duas primeiras barragens que vão começar a proteger a população das cidades atingidas pelas cheias dos rios, na zona da mata e agreste dos dois Estados nordestinos.

Segundo o governo federal, as barragens devem proteger das cheias 18,5 mil pessoas, de um total de 300 mil afetadas no ano passado. Mas as obras que têm início hoje representam apenas uma parte inicial do complexo de 19 barragens que seriam necessárias, segundo os governos estaduais, para evitar tragédias como as de junho de 2010.

Alagoas, por exemplo, pediu a construção de 14 barragens –todas ainda estão no papel. Outra três barragens em Pernambuco, uma delas na área mais afetada no ano passado, ainda estão em fase final de projeto, sem edital de licitação lançado. Segundo a previsão inicial dos projetos, a população das áreas mais atingidas só deve contar com os benefícios das obras no inverno de 2014.



Segundo a Secretaria de Recursos Hídricos e Energéticos de Pernambuco, o Estado tem como meta prioritária a construção de cinco barragens de contenção dos rios que transbordaram em 2010. A principal delas, a barragem Serra Azul, deve ser instalada no rio Una, em Palmares, mas ainda não tem data certa para início de construção. A obra deverá custar R$ 480 milhões, podendo segurar 380 milhões de m³ de água do rio, evitando assim que as cheias alcancem as três cidades mais afetadas em junho de 2010 e maio de 2011: Água Preta, Barreiros e Palmares.

O governo de Pernambuco informou ao UOL Notícias que os projetos das outras três barragens estão em fase final, e elas devem sair do papel em breve. Segundo informa o site do Ministério da Integração Nacional, as três obras tem previsão para início em novembro, e a previsão é que elas durem até dois anos. O investimento total das barragens pernambucanas será de R$ 640 milhões –R$ 320 milhões de cada um dos governos federal e estadual.

Em Alagoas, o processo ainda está em fase inicial. A Secretaria de Estado da Infraestrutura informou à reportagem que o projeto para construção de 14 barragens nos rios Mundaú e Paraíba e a dragagem da lagoa Mundaú, onde deságua o rio do mesmo nome, foi entregue ao Ministério da Integração Nacional no último dia 10, em Brasília.

Os projetos ainda estão em fase de análise pelo governo federal, sem anúncio de aprovação ou previsão para edital de licitação para as obras. O Estado pleiteia o pagamento integral das obras, que “são consideradas fundamentais para evitar novas enchentes”. Ainda segundo a secretaria, o Ministério da Integração Nacional teria garantido a liberação de recursos, sem valores definidos.

As novas barragens
A construção das duas barragens em Pernambuco, que começa nesta terça-feira, vai custar R$ 65 milhões. A barragem Panelas 2, no município de Cupira, terá capacidade para acumular 17 milhões de m³ e será erguida no rio Panelas, afluente do rio Una. A obra deve beneficiar mais de 13 mil pessoas dos municípios de Belém de Maria, Catende e Palmares.

Já a barragem dos Gatos vai beneficiar 5.500 pessoas dos mesmos municípios. O reservatório poderá absorver até 6,3 milhões de m³ e será construída no riacho dos Gatos.

Casas e enchentes de 2010
Até esta terça-feira, das 29,7 mil casas destruídas nos dois Estados em junho de 2010, apenas 139 residências foram entregues em Palmares e Barreiros, ambas em Pernambuco. Em Alagoas, a previsão é que as primeiras casas sejam entregues apenas em outubro.

As enchentes de 2010 afetaram mais de 300 mil pessoas nos dois Estados. Em Alagoas, 29 municípios foram atingidos, deixando 15 deles em estado de calamidade pública e quatro em situação de emergência. Segundo a Defesa Civil do Estado, 27 pessoas morreram, 27.757 ficaram desabrigadas e 44.504, desalojadas, além de 18.823 casas destruídas ou danificadas.

Já em Pernambuco, os alagamentos atingiram 68 municípios, deixando 11 deles em estado de calamidade pública e 30 em situação de emergência. Ao todo 14.136 casas foram destruídas ou danificadas. Vinte pessoas morreram, 26.966 ficaram desabrigadas e 55.643, desalojadas.

*UOL.Notícias

segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Colisão na BR-101 deixa um morto na madrugada deste domingo



Um acidente ocorrido na madrugada deste domingo no km 100 da BR 101 resultou na morte do motorista José Nilson da Rocha Xavier. A vítima, que dirigia o carro de uma funerária de modelo Montana e placas MOH 0875, colidiu com um Corolla prateado de placas NNM 1573, que atravessou a pista após bater em uma árvore. O motorista do Corolla, o estudante de Direito Andson Willan Alves, de 27 anos, e outras duas mulheres que se encontravam no carro no momento do acidente não sofreram ferimentos graves. De acordo com a PRF Andson apresentava sinais de embriaguez, mas se recusou a fazer o teste do bafômetro.

Segundo informações da polícia, a batida ocorreu por volta das 2h40 de hoje. José Wilson estava trabalhando no transporte do corpo de uma pessoa para o interior do estado quando foi surpreendido pelo outro carro. Após a batida, o homem ficou preso às ferragens do veículo, sendo resgatado já sem vida pelos bombeiros minutos depois do incidente. Com o impacto da colisão, o motor do Corolla foi arremessado a grande distância do carro, indo parar do outro lado da rodovia. O condutor e as duas passageiras do carro saíram ilesos graças a proteção de air-bags.

Andson Willan foi levado para prestar depoimento na delegacia de plantão da zona Sul, na Cidade da Esperança. No local ele informou que o carro pertencia a um cunhado que estava viajando e que o pegou emprestado sem o consentimento do dono. Ele foi autuado pelo fato de dirigir sem possuir habilitação e como não tinha dinheiro para pagar a fiança (no valor de R$ 10,900, equivalente a 20 salários mínimos) foi preso em flagrante pelo delegado Pedro Falcão.

O corpo de José Wilson foi levado para o Instituto Técnico e Científico de Polícia, onde será submetido a exames. O corolla envolvido na batida foi levado ao pátio da delegacia e também deve ser periciado pelo Itep.

*Tribuna do Norte

Cirurgia de Ricardo Gomes é considerada bem-sucedida

Hemorragia cerebral foi estancada e a circulação, restabelecida. Mas caso é grave e técnico ainda corre risco de morte, segundo médico do Vasco

Por André Casado e Gustavo Rotstein
Rio de Janeiro

Após três horas e meia, a cirurgia do técnico Ricardo Gomes chegou ao fim e foi considerada bem-sucedida pelos médicos. A hemorragia no cerébro em decorrência do AVC (acidente vascular cerebral) foi estancada e a circulação, restabelecida. Gomes está em coma induzido, na UTI, e vai ficar em observação pelas próximas 72 horas. O médico José Antônio Guasti realizou o procedimento no Hospital Pasteur, na Zona Norte do Rio de Janeiro. Ele não deu entrevistas. Quem falou novamente sobre o caso foi Clóvis Munhoz, médico do Vasco que acompanha o drama. Segundo ele, o quadro segue grave e ainda há risco de morte, apesar de a cirurgia ter sido alentadora.

- Foi tudo dentro do esperado. A impressão do doutor que o operou foi a melhor possível, e ele já viu "n" casos como o dele (Ricardo Gomes). O coágulo foi drenado. O quadro é favorável e agora as próximas 72 horas serão decisivas para avaliar e consolidar a situação. Isso quer dizer se provavelmente haverá sequelas ou não - disse Clóvis.

Apesar de ainda ser cedo para prognósticos, o médico do Vasco disse que qualquer possível sequela no pós-operatório pode ser revertida com fisioterapia.

Ricardo Gomes vai permanecer no hospital entre oito e dez dias. De acordo com Munhoz, o lado do cérebro afetado pela hemorragia foi o direito, com um edema maior do que dois centímetros (considerado importante) e está relacionado aos movimentos de braço e perna e também à fala.



Entenda o caso

O comandante vascaíno se sentiu mal por volta dos 20 minutos do segundo tempo do clássico entre Flamengo e Vasco, neste domingo, no Engenhão. Ele foi levado, inicialmente, para o centro médico do estádio, e, em seguida, encaminhado para o hospital.

Clóvis Munhoz explicou que a hemorragia provocou um grande coágulo na região temporal do cérebro. A cirurgia foi feita para retirada deste sangue coagulado, reduzindo a pressão cerebral. No momento em que aconteceu a hemorragia, a pressão arterial do treinador era de 19 por 12. O normal é 12 por 8.

Para Clóvis, o que aconteceu com Gomes neste domingo não é uma consequência do primeiro AVC sofrido pelo técnico em fevereiro de 2010, quando treinava o São Paulo.

- Ele estava confuso, agitado. Achou que poderia ser igual ao que houve no ano passado. Mas não tem nada a ver - garantiu.

Já o vereador Marco Aurélio Cunha, médico e dirigente do São Paulo na época do primeiro AVC de Ricardo Gomes, diz que os casos podem ter relação.

- Naquele primeiro episódio, é como dizer que ele teve um pequeno vazamento e agora um rompimento. Aqui no São Paulo foi uma coisa bem mais simples. Saímos do jogo, existia o sintoma e fomos para o hospital. Fez os exames, passou a noite internado, fiquei com ele o tempo inteiro na companhia do Sanchez (José Sanchez, médico do São Paulo). O Ricardo não chegou a perder a consciência. Um caso pode não ser decorrência do outro, são episódios diferentes, mas não podemos deixar de juntar um ao outro. Ele ficou bem daquele primeiro, mas sempre fica uma marquinha e passa a ter um risco maior do que tinha antes. Aquele foi simples, esse é grave. Estou bastante chateado pois ele é um cara fantástico, um cara único.

Marco Aurélio Cunha ainda destacou que o treinador cruz-maltino lhe contara certa vez que seu pai faleceu em decorrência do mesmo problema.

Depois de um atendimento preliminar no centro médico do Engenhão, Ricardo Gomes foi para um hospital na zona norte do Rio de Janeiro. Ficou sedado na UTI, respirando com a ajuda de aparelhos. Em seguida, foi operado.













Brasil domina e termina UFC Rio

Placar contra Japão, EUA, Inglaterra acaba em 7 a 1 para os brasileiros, que ainda somam outras três vitórias em lutas nacionais




Por SporTV.com
Rio de Janeiro

O UFC Rio, neste sábado, foi uma noite de domínio do Brasil diante do resto do mundo. Das 12 lutas, oito reuniram brasileiros contra estrangeiros, com um placar de 7 a 1 para os lutadores nacionais. Outro três combates tiveram Brasil x Brasil. Neste 27 de agosto, em que o Ultimate Fighting Championship retornou ao Brasil após a distante edição em São Paulo, em 1998, o Brasil levou 10 das 12 lutas.

Na principal , Anderson Silva manteve o cinturão dos médios ao nocautear o japonês Yushin Okami. Foi a nona defesa bem sucedido do título.

A única derrota brasileira para estrangeiro foi a de Luiz Cane, o Banha, que levou nocaute do búlgaro Stanilav Nedkov.





Card principal

Anderson Silva (BRA) venceu Yushin Okami (JAP) – nocaute técnico
Maurício “Shogun” Rua (BRA) venceu Forrest Griffin (EUA) – nocaute técnico
Edson Barboza (BRA) venceu Ross Pearson (ING) – decisão dividida por pontos (Barboza 29 a 28 e 29 a 28 e Pearson 29 a 28)
Rodrigo Minotauro (BRA) venceu Brendan Schaub (EUA) – nocaute técnico
Stanislav Nedkov (BUL) venceu Luiz Cane (BRA) – nocaute técnico

Card preliminar

Thiago Tavares (BRA) venceu Spencer Fisher (EUA) – nocaute técnico
Rousimar “Toquinho” Palhares (BRA) venceu Dan Miller (EUA) – decisão unânime por pontos (29 a 27, 30 a 27 e 30 a 25)
Paulo Thiago (BRA) venceu David Mitchell (EUA) – decisão unânime por pontos (30 a 27, 30 a 27 e 30 a 27)
Raphael Assunção (BRA) venceu Johnny Eduardo (BRA) – decisão unânime por pontos (30 a 27, 30 a 27 e 30 a 27)
Erick Silva (BRA) venceu Luis “Beição” Ramos (BRA) – nocaute técnico
Yuri “Marajó” (BRA) venceu Felipe “Sertanejo” Arantes (BRA) - decisão unânime por pontos (30 a 27, 30 a 27 e 29 a 28)
Yves Jabouin (CAN) venceu Ian Loveland (EUA) – decisão dividida por pontos (30 a 27 Loveland e 29 a 28 e 29 a 28 Jabouin)










domingo, 28 de agosto de 2011

Um manual para fazer cumprir regras

VALDIR JULIÃO - Repórter

Uma espécie de "cartilha do ABC" chegou aos portões dos condomínios horizontais e verticais de Natal, com a distribuição de dez mil unidades do primeiro "Manual do Síndico", concebido a partir de uma parceria feita entre o Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia (Crea/RN) e o Ministério Público Estadual (MP/RN). O documento foi distribuído em duas versões: de bolso e no formato livro.

aldair dantas
O número de condomínios vem crescendo e com eles a quantidade de problemas a solucionar

O presidente do CREA, engenheiro Adalberto Pessoa de Carvalho, diz que o "Manuel do Sindico" foi elaborado a partir de de cinco seminários realizados com os profissionais da construção civil e de administração condominial, diante do boom na construção de edifícios residenciais em Natal e em cidades como Parnamirim e Mossoró.

Adalberto Pessoa contou que tudo começou em 2007, quando o Crea foi procurado "por agentes de controle interno e externo", como as Promotorias de Defesa das Pessoas com Deficiência, do Idoso, das Comunidades Indígenas e das Minorias Étnicas.

Naquele ano, o Crea patrocinou os primeiros cinco mil exemplares da cartilha, enquanto a segunda edição saiu no ano passado. A cartilha de bolso contém as principais questões relativas à acessibilidade e um "check list", cuja finalidade é educativa e preventiva. O manual traz informações precisas sobre as normas de acesso "e a sua aplicação no cotidiano operacional, numa linguagem simples e objetiva".

Para Adalberto Pessoa, a cartilha é de fundamental importância para os síndicos, já que contém orientações sobre como proceder na contratação de mão de obra. "Um eletricista, por exemplo. Ele pode ter trabalhado por 20 ou 30 anos num condomínio, mas estar fazendo tudo errado", disse.

Ele deu o exemplo do incêndio do edifício Joelma, em São Paulo, em 1º de fevereiro de 1974, que foi provocado por um circuito no aparelho de ar condicionado. O eletricista era empregado antigo do prédio, mas não trocou uma fiação que estava errada, provocando o acidente, que matou mais de 180 pessoas. A idéia de criar o "Manual do Síndico", foi tão boa que vai ser copiada pelo Crea de São Paulo.

A manutenção preventiva, "que permite o prolongamento da vida útil dos edifícios, além de proporcionar conforto aos condôminos" é um dos focos .

Segundo Carvalho, a cartilha possibilita aos síndicos, dirimir dúvida e orientar quando a necessidade organizar o espaço que é comum a todos, como também negociar divergências existentes.

Ele deu um exemplo de um condomínio horizontal da cidade, onde o Crea teve de ser chamado, porque um morador levantou o muro de sua casa, impedindo que a piscina do vizinho tivesse a luz solar: "O síndico era responsável por manter a arquitetura do jeito que era, o vizinho foi na justiça e o muro foi rebaixado".

Carvalho ainda explicou que é muito comum, os prédios serem entregues com material inadequado, que põe em risco, inclusive, a segurança dos moradores. Ele citou o caso de um condomínio de baixa renda, do PAR, o Programa de Arrendamento do governo federal, em que as casas foram entregues pela construtora com a fiação abaixo das especificidades exigidas, que colocava em risco a moradia, na hipótese de ocorrer um curto-circuito se vários eletrodomésticos fossem ligados ao mesmo tempo: "O pobre também direito de consumir".

Promotora de Defesa do Idoso e das Minorias Étnicas, Rebeca Nunes, disse que as cartilhas é uma "forma de trabalho mais preventivo", mas existem também questões repressivas, como a assinatura de Termos de Ajustamento de Condutas (TAC) relacionadas a temas de acessibilidade. "Ainda não temos nenhuma ajuizamento de ação na Justiça", ressalvou ela, quanto a área dos condomínios.

A promotora Rebeca Nunes disse que em virtude dos TACs, não preciso acionar a Justiça, em virtude dos acordos feitos para agendamento de prazos e comprometimento em realizar mudanças necessárias nos espaços físicos e comuns a todos os condôminos e até visitantes, como altura de um vaso ou pia sanitárias, distância inadequadas dos banheiros para as piscinas, para os casos de idosos e portadores de deficiência.

Segundo ela, muitos prazos "estão correndo", mas depois de exauridos, explica que o procedimento "é mandar um arquiteto a comprovar se as mudanças foram feitas, mas sempre tem uma coisinha para mexer de novo".

Em último caso, explicou a promotora, dá-se um prazo maior para se concluir "o que ficou de irregularidade". No caso do arquiteto voltar e averiguar se não foi nada terminado, executa-se o TAC, o qual, afirmou, "trata-se de um título extrajudicial", que inclusive prevê a aplicação de multas para esses casos.

Administrar é a principal tarefa

Presidente do Sindicato Patronal dos Condomínios do Rio Grande do Norte (Sipcern), Ismael Benévolo Xavier diz que o Manual do Síndico é "uma ferramenta a mais" para um setor que está em franca expansão. "Só o sindicato tem 1.500 condomínios cadastrados", informou ele, sem falar nos empreendimentos funcionam independentemente.

Para ele, também importante para o setor, é que os condôminos, na hora de contratar um profissional, têm de avaliar a sua capacidade e conhecimento. O sindico, acrescenta, "é como um clínico geral e não pode mais ser apenas um arrecadador, que pega o dinheiro e sai pagando água, luz e funcionários". Por isso, diz Ismael Benévolo, a cartilha que foi distribuída pelo Crea em parceria com o Ministério Público Estadual (MP-RN) também pode ajudar na hora em que um síndico precisa administrar um condomínio: "Tem muitas coisas além da tarefa de gerir recursos financeiros na vida de um condomínio".

Benévolo lembra que ao contrário de hoje, antigamente não havia tantas exigências quanto às questões de segurança e de acessibilidade das pessoas. Ele dá o exemplo das áreas de escapes dos novos edifícios, como prevenção contra incêndios, e que passam pela inspeção do Corpo de Bombeiros.

Ao falar das relações com os condôminos, Benévolo explica que ao se tratar da aplicação de recursos, as decisões têm de sair das assembléias, mas é comum a tomada de decisão pessoal, relacionadas a questões administrativas propriamente ditas e que envolvem áreas comuns do condomínio.

Segundo ele, hoje, aumentou-se muito a responsabilidade do sindico, como também do próprio Sindicato, "devido a velocidade com que se constrói hoje". Ele lembra que o primeiro condomínio de Natal foi o edifício 21 de Março, construído nos anos 60/70, na Cidade Alta. Depois vieram o Sisal, o T. Barreto, na rua João Pessoa e o edifício Salmar, na avenida Deodoro e onde ocorreu o primeiro incêndio de um edifício em Natal.

Atualmente, segundo Benévolo, não apenas a qualidade da construção que é levada em conta. Por causa da violência e da criminalidade, os condomínios estão investindo em segurança privada. Ele explicou que um edifício no Tirol, depois que houve um "arrastão" por ocasião de um assalto, para se entregar uma carta ou correspondência, a pessoa tem que acompanhar uma voz, que orienta como depositar numa caixa: "A gente não fala e nem vê ninguém, vai acompanhando essa voz".

Atribuições do Síndico

• Quem pode convocar assembleia?

Em geral é convocada pelo síndico, mas pode também ser convocada por 1/4 dos moradores, se a Convenção não dispuser de forma diferente.

• O que pode ser votado em assembleia?

A assembléia poderá deliberar exclusivamente sobre a matéria que constar na Ordem do Dia do Edital de Convocação.

• Quem pode ser síndico de condomínio?

Qualquer pessoa pode ser síndico de condomínio, condômino ou não. A Convenção do Condomínio tem o poder de restringir quais pessoas que podem se candidatar à função de síndico.

• Por quanto tempo pode-se exercer a função de síndico?

O mandato do síndico não pode exceder a dois anos, podendo ser reeleito. Algumas convenções determinam que o mandato do síndico terá a vigência de um ano, permitida a reeleição.

•O síndico pode ser remunerado?

Sim. A Lei 4.591/64 determina que a assembleia que eleger o síndico, irá fixar o pró-labore.

•Quais são as atribuições do síndico?

Representar o condomínio, em juízo ou fora dele, nos atos necessários à defesa dos interesses comum; cumprir e fazer cumprir a convenção, o regimento interno e as deliberações de assembléia; diligenciar a conservação e a guarda das partes comuns e zelar pela prestação de serviços que interessem aos possuidores; elaborar o orçamento da receita e da despesa relativa a cada ano; cobrar dos condôminos as contribuições, bem como impor e cobrar as multas devidas; prestar contas à assembléia, anualmente.

Fonte - Sipcern

Bate-papo: Leonardo Rodrigues Alves » Diretor da Gestcon

Qual o papel do síndico hoje com este boom imobiliário em Natal e outras cidades do Estado?

O síndico é uma personalidade eleita para representar a massa por um determinado período. A expectativa é de que haja uma rotatividade entre os condôminos, e uma maior participação, porque os condôminos não entendem que é necessária a participação freqüente, em assembléias, com sugestões. Ao síndico cabe manter a valorização patrimonial continuada de seu condomínio. A mensalidade não pode ser vista como despesa.

Então o papel do síndico não é só gerenciar conflitos internos dentro de um condomínio?

Absolutamente. Ele tem todo um trabalho administrativo a fazer. E ele tem de contar com uma assessoria completa, por exemplo, para que o seguro do condomínio seja feito para cobrir todo esse tipo de evento e não cause problemas ao próprio fundo, que não haja uma despesa grande o seguro tem de ser feito bem organizado. Qualquer tipo de problema o síndico ou condômino pode acionar imediatamente a empresa de gestão condominial, que acionará o prestador de serviço para resolver o problema, diminuir o desconforto, acionar seguradora. O síndico na verdade tem de ser um supervisor, quem é para resolver problemas entre moradores é uma empresa de gestão, informando que existe um regimento interno para ser cumprido e apresentar para as partes uma solução.

Mas, têm-se a expressão que o síndico é uma profissão e administrador?

Não existe sindico profissional, não existe formação de sindico profissional. Natal já foi vitima e continua sendo vitima de pessoas que se apresentam com esse título de sindico profissional. Vários condomínios, já sofreram duras penas, financeiras inclusive, por causa de síndicos que se dizem profissionais, na verdade não são. Recebem determinada importância, tem até carteira assinada para poder manter o vínculo empregatício, mas não cumpre horário, vai duas horas num condomínio, vai duas horas em outro. Síndico tem que conviver, estar presente, tem de supervisionar.

Síndico não é para representar o condomínio, nem pagar papel de água, luz, contratar funcionários?

Papel de síndico é supervisionar, convocar o conselho, convocar os moradores, discutir, sugerir, com o apoio de uma empresa de gestão. Ele não é xerife.

Existe uma cultura de boa convivência em Natal nos condomínios?

Infelizmente não. A pessoa que adquire um apartamento, na hora que recebe as chaves, entende que aquilo é a sua casa, que o que está em volta daquilo não existe e não é problema dele. O que não é verdade, pra se manter o patrimônio valorizado, tudo o que está em volta dele tem de ser mantido e bem mantido.

*Tribuna do Norte

RN terá de correr, para decolar, na esteira do aeroporto


Andrielle Mendes - repórter

"Alguém vai aproveitar as oportunidades que você perdeu". A frase do dramaturgo inglês William Shakespeare soa familiar para quem conhece a economia do Rio Grande do Norte. O RN já viu isso ocorrer, pelo menos, duas vezes, quando perdeu a refinaria de petróleo para Pernambuco e quando ficou fora da Transnordestina, ferrovia que atravessa três estados na Região. Com o leilão do aeroporto de São Gonçalo do Amarante, arrematado por um valor três vezes maior que o estipulado, o estado tem a chance de compensar todas as perdas e se transformar numa plataforma de exportação e importação dentro do País. Para isso, porém, precisará corrigir falhas antigas. Só assim, dizem estudiosos, poderá atrair investimentos e potencializar os negócios já existentes.

rodrigo sena
São gonçalo é visto como alavanca para a economia do estado, foi leiloado à iniciativa privada, mas, para governo, dever de casa continua

Antes do leilão, o governo depositava toda a sua confiança no consórcio que arrematou o novo aeroporto. O Inframérica, porém, já avisou que vai priorizar a construção dos terminais. Atrair novos negócios estaria fora dos planos do consórcio, pelo menos neste primeiro momento. Para José Antunes Sobrinho, CEO (espécie de diretor executivo) da Engevix, parceira no consórcio vencedor, não seria necessário atrair novos negócios para o entorno. Para ele, o aeroporto em si é o negócio.

Segundo a empresa, o terminal atenderá todas as especificações da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) para um aeroporto de médio porte. Terá cinco terminais de embarque e desembarque em dois níveis; estacionamento e acessos internos ligando o local ao sistema viário da cidade. Como o projeto só será elaborado após assinatura do contrato, como esclarece o próprio consórcio, ainda não dá para dizer exatamente o que haverá. Entretanto, hotéis e shopping centers estão descartados, ao menos, neste primeiro momento. "Vamos ter o mesmo o que tem nos aeroportos internacionais", afirma o executivo.

A colocação de Sobrinho vai de encontro aos planos para a região e deixa o governo em alerta. Sem o braço do consórcio, pelo menos nesta primeira fase voltado a construção dos terminais, o governo teria de captar investimentos sozinho. Os investidores, entretanto, só viriam se encontrassem um ambiente favorável aos negócios, como um porto competitivo e boas estradas para escoar a produção.

Para Flávio Azevedo, presidente da Federação das Indústrias do Rio Grande do Norte (Fiern), "o RN já perdeu várias oportunidades. Se não se movimentar, perderá esta como perdeu a refinaria e a rota da transnordestina". Por ser multimodal, o aeroporto receberá grande volume de carga. A mercadoria, diz Flávio, chegará em grandes aviões e será escoada em aviões de médio e pequeno porte, caminhões, trens e embarcações.

"Não temos como integrar nossa malha ferroviária com o restante do País, porque a Transnordestina está passando longe do RN. Temos que nos concentrar em ligar os acessos à BR 101. Também temos que cuidar do nosso porto. Mesmo que amplie sua estrutura, ele não estará preparado para fazer parte desta rede multimodal. É preciso construir um porto 'graneleiro' (capaz de escoar minério, por exemplo) em Porto do Mangue, próximo a região produtora. Além disso, é preciso operacionalizar o Terminal Pesqueiro, que precisa de alguns ajustes, incluindo sua ligação com a rodovia. Também temos que implantar a ZPE de Macaíba", enumera Azevedo.

Para o diretor geral do Departamento de Estradas de Rodagem (DER) e titular da Secretaria Extraordinária para Assuntos da Copa, Demétrio Torres, "o RN já perdeu demais". "Por que perdemos a refinaria de petróleo? Por que ficamos fora da rota da Transnordestina? Não tem como ficar perdendo os grandes investimentos por falta de infraestrutura. O Estado já perdeu demais. E digo mais, a gente perdeu o melhor momento da economia mundial".

ZPE deve complementar estrutura

A Zona de Processamento de Exportação (ZPE) de Macaíba, área de livre comércio onde empresas produzem e exportam com isenção de tributos, e o aeroporto de São Gonçalo do Amarante podem transformar o estado num dos maiores pólos exportadores do Nordeste. A ZPE, como explica Flávio Azevedo, presidente da Federação das Indústrias do RN (Fiern), já foi 'juridicamente constituída' e está com todos os projetos aprovados, incluindo o alfandegário. Resta construir o complexo que abrigará as empresas e atrair investidores. Por enquanto, a ZPE está vazia "como um hotel sem hóspede", afirma Flávio. Para 'povoar' a ZPE "é preciso fazer as malas e partir para o mundo em busca dos investidores", afirma Flávio. "E Isso não se faz com uma simples conversa. É preciso convidar os investidores para conhecer o estado, visitar o país deles, realizar seminários no RN", orienta. Segundo ele, não adianta começar a construir o complexo que abrigará as empresas, se não tem cliente para colocar lá.

Atualmente, o Distrito Industrial e o Centro Industrial Avançado de Macaíba (CIA), fatores levados em consideração na hora de escolher a localização da ZPE, comportam empresas do setor de alimentos, informática, têxtil e material para produção de produtos e fica a poucos quilômetros de São Gonçalo. A expectativa é que a quantidade de empresas aumente ainda mais com a implementação da ZPE. Segundo Flávio, ZPE e aeroporto de São Gonçalo são peças de uma mesma engrenagem. Para que o conjunto funcione, é preciso que cada peça desempenhe sua função e trabalhe de forma integrada.

Atrair negócios é papel do Estado, diz especialista

É o governo do estado quem tem que atrair investimentos, caso queira que a região cresça e que o aeroporto se transforme numa plataforma de exportação e importação dentro do País. Caso contrário, a própria operação do aeroporto será afetada. A afirmação é do especialista aeroviário Guilherme Amaral, que acompanha de perto o processo de desestatização dos aeroportos brasileiros. "Negócios no entorno são benéficos para o aeroporto, mas viabilizá-los não é papel do consórcio. É papel do governo", afirma. "Seria um absurdo colocar esta responsabilidade nas mãos do consórcio", complementa.

Se quiser que São Gonçalo se transforme num 'hub' de cargas e passageiros, afirma o especialista, o governo terá de trabalhar para atrair as grandes indústrias e prestadoras de serviço. "As chances desse aeroporto gerar receita e justificar o investimento serão pequenas se não houver grandes negócios na região", justifica o especialista. O aeroporto, se construído da forma como está sendo planejado, atrairá, por si só, grandes empresas. Mas ele sozinho não basta. É preciso criar uma política de incentivo fiscal, investir em infraestrutura, capacitar mão de obra. "Um estado deficiente em infraestrutura não pode sobreviver a base de um aeroporto", defende.

Sem condições favoráveis às empresas, o aeroporto pode acabar vazio e frustrar as expectativas do estado, que vê em São Gonçalo do Amarante a chance de transformar o estado na porta de entrada do Brasil, e do consórcio, que apostou alto no projeto, pagando o triplo do valor estipulado para a concessão. O trabalho do governo não acaba com a concessão do aeroporto, relembra Guilherme. Pelo contrário, só começa. Acomodar-se, alerta o especialista, é perigoso. "A acomodação pode levar ao fracasso do aeroporto", resume.

"O Rio Grande do norte tem uma grande oportunidade na mão. Mas para aproveitá-la é necessário muito investimento. De nada adianta carregar e descarregar mercadorias vindas do exterior, se caminhões vindos de outros municípios e regiões do País não conseguirem entrar ou sair do aeroporto. Não adianta ter ligação com a Europa, se não há ligações com o Brasil. O aeroporto precisa se comunicar com o restante do País", afirma. O poder público, segundo Guilherme, precisa assumir a responsabilidade pelo projeto e cumprir seu papel. "O consórcio pode até querer investir em outras áreas, mas o grande negócio dele será a construção e operação do aeroporto e ponto. Ele não é responsável por trazer mais nada", conclui.

Acessos deverão ser concluídos no final de 2013

O governo do estado corre para construir os acessos ao aeroporto, que, por enquanto, mais parece uma ilha em meio ao matagal. De tudo que está previsto no projeto, só a pista de pouso e decolagem está pronta, segundo a Infraero. A expectativa é que o ritmo das obras, até o momento conduzidas pela Infraero, acelere com a concessão do aeroporto à iniciativa privada. Embora ainda não tenha assinado o contrato, o que só deverá ocorrer em novembro, se não houver nenhum entrave, o consórcio que venceu o leilão já planeja terminar a obra antes do prazo, embora não garanta cumprir a promessa feita em rede nacional.

Segundo o diretor geral do Departamento de Estradas de Rodagem e titular da Secretaria Extraordinária para Assuntos da Copa, Demétrio Torres, os acessos ao aeroporto de São Gonçalo foram licitados no início de 2010 e as obras devem começar até início outubro. A ideia é concluir os acessos até dezembro de 2013 - antes, portanto, da conclusão do aeroporto. Dos R$76 milhões necessários às obras, o governo, conforme explica Demétrio, garantiu R$15 milhões (recurso previsto no projeto Pac da Copa). Licitado de uma única vez, o projeto se divide em dois blocos: o bloco 1 liga o aeroporto à Zona Norte de Natal e ao município de Ceará Mirim, Região Metropolitana. E o bloco 2, à Mossoró e Fortaleza, no Ceará. "O governo está ciente de que precisa investir em infraestrutura para atrair grandes investimentos", afirma Demétrio. Segundo ele, de nada adianta estimular a produção no interior e construir um bom aeroporto próximo a capital, se a produção não conseguir chegar ao aeroporto. "Portos, aeroportos, ferrovias, estradas. Todos estes modais precisam estar interligados para que a gente dê condições e estimule a chegada de novas empresas. Essa é a visão do governo. As dificuldades não são pequenas, mas a gente está voltado para isso", afirma.

Bate-papo: José Antunes Sobrinho » CEO (espécie de diretor executivo) da Engevix, componente do Consórcio Inframérica na concessão do Aeroporto de São Gonçalo do Amarante
"O Aeroporto, em si, é o negócio"

Quais os planos do consórcio para a área do aeroporto? Que tipo de negócios o consórcio quer atrair?

Agora estamos focados no terminal. A gente vai estudar as outras possibilidades mais na frente.

Mas vocês pensam em atrair hotéis, indústrias, shoppings centers?

Nós não sabemos. Não estudamos isso. Não geramos nosso modelo baseado em outras atividades. Nós nos concentramos no terminal e nas receitas do terminal.

Concluir o que está previsto para depois incrementar...

Entender primeiro, eu diria.

Alguns especialistas dizem que construir apenas um aeroporto naquela região não basta. Seriam necessários vários outros negócios no entorno. O consórcio concorda com esta colocação?

Não.

Não concorda? Por que não?

Porque achamos que o aeroporto em si é o negócio. Claro, se houver outros negócios que gerem renda, ótimo. Mas nossas receitas foram baseadas no terminal. Vamos tirar receita dos espaços alugados dentro do terminal. Não estamos falando de hotéis, shopping centers. Vamos ter o mesmo o que tem nos aeroportos internacionais. Não geramos receita com hotéis ou coisas assim.

Qual a taxa de retorno prevista para o negócio? Na última entrevista concedida à Tribuna, logo após o leilão, o senhor disse que antes de divulgá-la precisaria pedir autorização os parceiros. O senhor já os consultou?

(Silêncio). Olha, em valor real, sem inflação, a taxa está estimada em torno de 9% a 10%.

Numa das entrevistas concedidas logo após o leilão, o senhor disse que a Engevix procurava alguém e a Corporación procurava alguém e aí houve esse casamento. Pergunto: Quem encontrou quem primeiro?

Ótima pergunta. Mas eu não sei te responder. Acho que acabamos sendo apresentados.

Mas como foi esse primeiro contato?

A Engevix precisava de um operador. Sabíamos que os argentinos tinham vencido a licitação para operar vários aeroportos e que os aeroportos andavam bem. Achamos melhor um parceiro latino-americano que um europeu. O latino-americano está mais próximo de nossa cultura e de nossos custos.

Antes desse 'casamento' entre Engevix e Corporación América, a Engevix chegou a 'flertar' com outras empresas?

Contatos. Nada muito forte.

Poderia citar os nomes? Dizer se são nacionais ou estrangeiras?

Estrangeiras. Não me recordo dos nomes.

De algum país específico?

Não me recordo.

Saberia dizer o que aconteceu com essas empresas? Se entrarão sozinhas na disputa pelas próximas concessões?

Empresas que operam aeroportos europeus devem se interessar pelas grandes concessões.

Por que o casamento com essas outras empresas, que o senhor não recorda os nomes, não deu certo?

Essas empresas europeias, que operam os grandes aeroportos, estão interessados em aeroportos muito maiores (que o de São Gonçalo do Amarante, considerado de médio porte pelo consórcio).

A Engevix não poderia entrar na disputa sozinha? Precisava realmente desse parceiro?

Ah não, nós não entraríamos sozinhos. Nós não temos expertise de operação. Nem de operação nem de comercialização. Isso eles (a Corporación) sabem porque operam 46 aeroportos. Nós nunca entraríamos sozinhos.

Sua resposta já abre caminho para a próxima pergunta. Casamento, ao menos para mim, passa ideia de complementariedade. É isso o que ocorre com esta parceria?

É assim mesmo. Nós compreendemos muito bem de projetos de construção de aeroportos. Eles compreendem muito bem de operação de aeroportos e comercialização.

O senhor já tinha anunciado o interesse em disputar as próximas concessões dos aeroportos. Poderia nos dizer quais aeroportos estariam no radar do consórcio?

Vamos examinar primeiro os editais.

Mas vão entrar na disputa?
Vamos esperar.

Mas não vai dizer nem se vai participar?

Bom, cada aeroporto é um negócio. Não é uma concessão de aeroportos em blocos (como ocorreu na Argentina). Pode ser que um aeroporto médio (como é o caso do aeroporto de São Gonçalo do Amarante) seja mais interessante que um grande aeroporto. Também não sabemos como a Infraero vai participar. Vamos olhar cuidadosamente.

O fato de terem vencido o leilão de São Gonçalo mostra que entraram bem no processo...

Isso sim.

*Tribuna do Norte

Morre, aos 49 anos, o diretor da redação do GLOBO Rodolfo Fernandes - O GLOBO



RIO - O jornalista Rodolfo Fernandes, diretor de redação do jornal O GLOBO, morreu na tarde deste sábado, na Clínica São Vicente, na Gávea, Zona Sul do Rio. Rodolfo tinha 49 anos e lutava desde 2009 contra a esclerose lateral amiotrófica (ELA), diagnosticada em julho daquele ano. No estágio final da doença, Rodolfo enfrentava insuficiência respiratória. Mesmo assim, trabalhou incansavelmente até a última quinta-feira na redação do GLOBO. O velório será realizado no domingo, das 10h às 14h, no Memorial do Carmo, no Caju.

Filho do jornalista Hélio Fernandes, Rodolfo começou a carreira aos 16 anos de idade na "Tribuna da Imprensa", onde teve breve passagem. Depois, em Brasília, trabalhou na "Última Hora", no "Jornal de Brasília", na "Folha de S. Paulo" e no "Jornal do Brasil", onde entrou em 1985.

Em 1989, ele se transferiu para a sucursal do GLOBO em Brasília, onde foi coordenador de política e chefe de redação até voltar para o Rio, em 1995. Foi editor de Política até 2001, quando virou diretor de redação.

João Roberto Marinho, vice-presidente das Organizações Globo, emitiu nota sobre o jornalista:

"Eu e meus irmãos sempre vimos no Rodolfo um jornalista de um talento imenso, curioso, competente, criativo, incansável e ético. Essas características ficaram bastante evidentes nos últimos dez anos, quando comandou a redação do GLOBO, conseguindo manter muito vivo o caráter que sempre marcou o jornal: não perder o espírito carioca, estar absolutamente ligado à cidade e ao estado, mas com uma enorme influência nacional. À parte isso, foi sempre um prazer tê-lo como colaborador, pela pessoa adorável que era: sereno, amigo e bem-humorado. Nos dois últimos anos, apesar das imensas dificuldades que a doença lhe impôs, fez questão absoluta de trabalhar até o último dia. Desse exemplo, e tenho certeza de que falo em nome de todos os colegas do GLOBO, também não vamos nos esquecer".

Rodolfo deixa a mulher, a economista Maria Silvia Bastos Marques, e dois filhos, Felipe e Letícia, do primeiro casamento, com Sandra Fernandes.

Foi sempre um prazer tê-lo como
colaborador, pela pessoa adorável que
era: sereno, amigo e bem-humorado




O governador Sérgio Cabral decretou luto oficial de três dias e dará nome a uma escola do estado em homenagem a Rodolfo.

- Rodolfo foi ascendendo na hierarquia do jornal e mantendo sempre a mesma postura, sua serenidade e tranquilidade, a cada cargo com maior poder e prestígio. Sequer alterava a voz e a maneira de falar com as pessoas. Era uma pessoa muito doce, mas também muito respeitada pelos seus colegas, pelos políticos, enfim, uma pessoa que nos deixa absurdamente jovem - declarou o governador.

No domingo, o Flamengo - time pelo qual o jornalista era apaixonado - entrará em campo de luto no clássico contra o Vasco às 16h, e fará também um minuto de silêncio.

- O Flamengo perde um ilustre torcedor, amante do futebol e, o jornalismo, um profissional que sempre exerceu a profissão com excelência - lamentou Patrícia Amorim, presidente do clube.







sábado, 27 de agosto de 2011

Dançarinas do Aviões do Forró lançam sua 'Playboy' em Fortaleza

Dani, Daiane e Rosy estiveram em uma livraria na noite desta sexta-feira, 26, para lançar a revista.

Do EGO, no Rio

Dançarinas do 'Aviões do Forró'

As dançarinas do Aviões do Forró, Dani, Daiane e Rosy, estiveram no lançamento de sua "Playboy" na noite desta sexta-feira, 26, em uma livraria de Fortaleza, capital cearense. Além de fotos picantes, a edição de setembro da revista traz entrevistas com as moças.

Veja abaixo foto da capa da revista PLAYBOY







Gianecchini tem alta do hospital: 'Estou forte e feliz com o carinho de todos'

Ator, que está em tratamento contra um câncer linfático, deixou o hospital na tarde desta sexta, 26. 'Não tenho palavras pra agradecer tudo isso".

Rafael Lourenço e Renata Sakai
do EGO, em São Paulo

Reynaldo Gianecchini deixa o hospital

Internado desde o início de agosto no hospital Sírio Libanês, em São Paulo, Reynaldo Gianecchini teve alta nesta sexta, 26, pouco depois das 15h. O ator, que há alguns dias iniciou a quimioterapia contra um câncer linfático, deixou o hospital pela porta da frente e foi aplaudido pelos fãs que estavam no local. Ele agradeceu o carinho de todos.

"Eu quero dizer que eu estou muito forte é que essa minha força vem em grande parte por esse amor carinho que eu recebo dos amigos e das pessoas que tem me mandado e-mails. Tenho lido todos e eu estou absolutamente tocado por este carinho. Estou com o coração cheio de felicidade Agora eu vou precisar de uns momentos mais quetinhos mais tranquilos, vou precisar de um pouco de silêncio. Eu não estou me afastando de ninguém, mas eu conto com o carinho de vocês da imprensa também, para eu poder ficar agora no meu tratamentinho. Eu não tenho palavras pra agradecer tudo isso".

Gianecchini é portador do linfoma não Hodgkin T angioimunoblástico. Segundo o oncologista e diretor médico do Centro Oncológico de Niterói, no Rio de Janeiro, Victor Araújo, o câncer de Gianecchini é um tipo raro. " Ele representa apenas 15% dentro das ocorrências de câncer do tipo T. Ele também é mais comum em homens mais velhos, na faixa-etária dos 60 anos”, explicou o médico ao EGO.

Internado inicialmente por conta de uma reação alérgica a um antibiótico, usado por ele para tratar uma faringite, o ator teve o diagnóstico inicial de linfima divulgado no dia 10 de agosto.

Cerca de dez dias depois Giane foi tranferido para a UTI, depois de ter uma veia perfurada na instalação do cateter. Ele chegou a ter coágulos de sangue retirados das pleuras dos pulmões mas se recuperou bem, evitando infecções. Segundo um dos médicos responsáveis pelo tratamento, Raul Cutait, ele também reagiu bem aos medicamentos e à quimioterapia.


Ministro diz que ciência e tecnologia são metas


"A terceira meta do país é a ciência, tecnologia e inovação". A afirmação é do ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação Aloizio Marcadante, em Aula Magna na manhã desta sexta-feira, 26, abrindo oficialmente o ano letivo 2011.2 da Universidade Federal do Rio Grande do Norte.

Ariston Bruno
Aloízio Mercadante confia que inovação trará liderança para o país

O evento contou com a presença da governadora Rosalba Ciarlini; deputado federal Rogério Marinho, deputada federal Fátima Bezerra; Controlador Geral da União, Moacir Oliveira; Controladora Geral do Município, Regina Mota; pró-reitores, superintendentes, professores, alunos e autoridades convidadas.

O ministro foi apresentado pela reitora Ângela Paiva Cruz, que afirmou se tratar de uma das figuras mais expressivas da política recente. Titular do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação e ator dos mais destacados do espetáculo democrático, assim como no Parlamento, disse a reitora, a biografia do Ministro conta hoje com cerca de vinte títulos, versando sobre questões relevantes do país.

Com doutorado em Ciências Econômicas pela Universidade de Campinas e tendo uma trajetória política na luta contra a ditadura, na consolidação do Partido dos Trabalhadores, como parlamentar e hoje ocupando o MCT&I, Aloizio Mercadante, segundo Ângela Paiva, já deu mostras de estímulo e compreensão com a Universidade Federal do Rio Grande do Norte, no apoio concreto ao já consolidado Instituto Metrópole Digital e ao Instituto Internacional de Física, entre outros.

Abordando a Ciência, Tecnologia e Inovação: estratégia para o País, Aloizio Mercadante explicou que a inovação foi acrescentada ao Ministério de Ciência e Tecnologia, "pois inovação é fundamental para o Brasil ganhar liderança". O Brasil precisa consolidar a liderança na economia do conhecimento natural (agricultura, minério, gás e petróleo) e o papel do MCT&I é dar impulso à nova economia brasileira.

Aloízio Mercadante destacou alguns projetos do Ministério, como o denominado Economia do Conhecimento ("aqui está a economia do futuro"), economia verde e sustentabilidade. "O seu papel é impulsionar o que deve ser a maior economia brasileira", afirmou.

O ministro fez uma exposição da situação do Brasil em termos de produção científica - é o terceiro país no ranking mundial - e os investimentos em pesquisa e desenvolvimento, ficando muito próximo de países como Japão, que investe 2,5%. O Brasil investe 0,54%, informou.

Aloízio Mercadante também apresentou um panorama do ensino superior, que, segundo informou, deu um grande salto no governo do presidente Lula, passando de 43 campi no interior para 230, praticamente dobrando o número de universidades federais e ampliando o número de institutos de educação tecnológica.

"Precisamos investir em matemática de base. O Brasil precisa muito de engenheiros", afirmou Mercadante, que falou ainda sobre outros projetos do Ministério de Ciência e Tecnologia, como o Ciências sem Fronteiras, que pretende oferecer 75 mil bolsas de estudo (graduação e pós-graduação) no exterior, "levando os melhores alunos para as melhores universidades do mundo".

Outros projetos citados pelo ministro foram Rede Nacional de Pesquisa, Rede Universitária de Telemedicina (RUTE), Programa de Satélites Brasileiros, Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais, Projeto de Pesquisa na Plataforma Continental (parceria MCTI, Marinha do Brasil, Petrobras e Vale), Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial, Parques Tecnológicos para a Construção Civil (desenvolver métodos construtivos sustentáveis), Extensão Tecnológica e Novo Programa de Comunicação para a popularização da CT&I.

"O meu sonho" - disse - é ver os jovens produzindo, estudando, tornando-se profissionais".

*Tribuna do Norte

Traficantes montam consórcio no RN

Marco Carvalho - repórter

A organização dos traficantes de drogas na Grande Natal já atingiu um novo patamar: a formação de um consórcio para a facilitação da compra, transporte e revenda de entorpecentes. Os investimentos iniciais, no entanto, foram desperdiçados após apreensão recorde da Polícia Federal na noite da quinta-feira passada. Ao todo, foram apreendidos 814 quilos de maconha e 17 quilos de cocaína em um sítio localizado em São José de Mipibu - Grande Natal. Para a PF, os traficantes organizaram um "consórcio" para transportar a carga de uma só vez para o Estado e correr menos riscos.

Divulgação/PF
PF faz a maior apreensão de maconha da história do RN

A investigação continua com o objetivo de se alcançar os mentores do negócio ilícito, assim como quem iria receber os entorpecentes na capital. Expedito Dias dos Santos e Francisco Matias foram encontrados no sítio e autuados por tráfico de drogas e associação para o tráfico. A PF não acredita, no entanto, que os homens sejam peças-chave na negociação de compra e transporte da quantidade de drogas.

A operação que contou com o apoio de agentes da Polícia Rodoviária Federal foi denominada de "Colossal", dada a quantidade de maconha e cocaína apreendidas. Por trinta dias, agentes investigaram o imóvel em São José, que foi denunciado anonimamente à polícia. Por vezes, foi registrado movimentos de veículos no local.

Na noite da quinta-feira, porém, um caminhão tipo baú se encaminhou ao sítio - que mantinha forte esquema de segurança -, com o grande carregamento de drogas. Os tabletes estavam inseridos em pedaços de madeira tipo MDF, que se passavam por maciça. O "esconderijo" foi considerado inovador e não deixava brechas para suspeitas.

Os caixotes estavam camuflados de maneira a passar despercebidos, dispondo de fino acabamento, como se fossem tábuas de madeira maciça - sem parafuso ou pregos -, tanto que só foi possível abri-los com serra elétrica.

Foi justamente o ruído das serras que fez com que os agentes invadissem o imóvel e flagrassem a primeira distribuição que estava ocorrendo. Um veículo tipo Siena de cor branca já estava com a mala carregada de maconha para distribuição na Grande Natal.

Os homens foram detidos com um revólver e uma pistola. Expedito Dias confessou que foi contatado há cerca de um mês e sabia que o negócio envolvia drogas. Receberia R$ 5 mil pelo serviço de guarda e transferência. Já Francisco Matias disse ter sido contratado como caseiro e não sabia que o local recebia drogas.

O advogado Antônio Carlos de Souza Oliveira, que representa a dupla na Justiça, irá tentar o relaxamento da prisão de Matias. Ambos estão detidos no Centro de Detenção Provisório de Pirangi. "Ambos não possuem antecedentes criminais e certamente trabalhavam como mulas de grandes traficantes. Certamente, não se envolveram no negócio e estavam realizando a guarda. Pedirei o relaxamento da prisão do Matias. No caso de Expedito é mais difícil, já que houve a confissão", esclareceu o advogado.

As investigações continuam, uma vez que durante o período de campana dos agentes outros veículos foram vistos e poderão indicar os demais participantes do esquema. "Os dois homens apontam o nome de 'Galego' como o contratante do serviço. O negócio certamente envolvia outros traficantes e vamos tentar chegar até eles", informou o superintendente da PF, Marcelo Mosele.

Traficantes se unem para diminuir riscos

A Polícia Federal acredita que está ocorrendo um consórcio entre os traficantes da Grande Natal. Os criminosos estariam somando esforços para realizara empreitada criminosa, atuando em conjunto para a transferência dos entorpecentes.

As investigações prosseguem no sentido de identificar a participação de outras pessoas. "A droga provavelmente é oriunda do Paraguai. Realizando esse consórcio, eles tinham um risco único", disse Marcelo Mosele superintendente da PF.

A apreensão de 814 quilos de maconha representou a quebra de mais um recorde da Polícia Federal no RN. O trabalho da Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE) vem se destacando durante este ano. Em março, foram 45 quilos de cocaína pura encontrados. Em fevereiro, foram 161 quilos de crack. Marcelo Mosele ressalta o trabalho. "São grandes investigações da DRE realizadas durante este ano".

*Tribuna do Norte

Drenagem de Natal depende de recursos do governo federal

Ricardo Araújo - repórter

NATAL

Sem recursos para por em prática o Plano Diretor de Drenagem e Manejo de Águas Pluviais, aprovado no dia 30 de junho passado, a Prefeitura de Natal recorrerá ao Governo Federal para garantir a viabilização de obras de drenagem e pavimentação. "Não há recursos municipais. Com o Estado, só se houver convênio. O PAC-2 deverá liberar verbas para a execução das obras", afirmou o titular da Secretaria Municipal de Obras Públicas e Infraestrutura (Semopi), Dâmocles Trinta. O objeto do pleito são recursos da ordem de R$ 280 milhões, que serão utilizados para a construção de um túnel que sairá do bairro Nova Descoberta, passará pelo Estádio Arena das Dunas e desembocará no Rio Potengi.

A drenagem da área na qual será erguido o estádio, é uma das principais condicionantes à liberação do empreendimento para a Copa do Mundo 2014. Por isso, será prioridade. De acordo com Dâmocles, cerca de R$ 220 milhões estão assegurados através do Plano de Aceleração do Crescimento 2 (PAC - Mobilidade Urbana) para a primeira fase. Restam ainda R$ 60 milhões que deverão ser pleiteados em breve e contemplarão o trecho entre Nova Descoberta e o estádio.

"Nós asseguramos recursos para a construção da primeira etapa da obra, que é justamente a partir do estádio até o rio", afirmou o secretário. O início das intervenções só será possível, porém, depois que o Termo de Regulamentação da Lei Complementar nº 124/2011, de 30 de junho, estiver pronto. "Estamos com o Plano pronto e vamos cuidar da Regulamentação. A partir de agora, todas as questões de drenagem devem obedecer o Plano", destacou Dâmocles.

O Plano sancionado pela Prefeitura funciona como uma espécie de guia para as obras de drenagem e pavimentação que tem como objetivo sanar os problemas de alagamentos na capital. Até a Copa do Mundo, a cidade não estará 100% drenada. Para isto, seriam necessários cerca de R$ 1,5 bilhão. Dâmocles ressaltou que, deste montante, serão consumidos até 2013/2014 aproximadamente R$ 400 milhões.

Júnior Santos
Um dos quesitos necessários para a liberação do novo estádio é que a drenagem da área seja realizada

Obras

Algumas obras já estão em andamento, como a drenagem e pavimentação do Bairro Nossa Senhora da Apresentação, na zona Norte. Segundo o secretário, 1/3 das vias de Natal não é pavimentada. "Nosso levantamento apontou que em Natal existem 18 milhões de metros quadrados de vias. Deste total, seis milhões de metros quadrados não são pavimentados", ressaltou.

De acordo com o Plano Diretor de Drenagem e Manejo de Águas Pluviais, as ruas só poderão ser pavimentadas depois que passarem pelos serviços de drenagem. Questionado sobre a possibilidade de utilizar recursos do IPTU para iniciar as obras, o secretário afirmou que o montante arrecadado pelo Município através do imposto é insuficiente. "O valor arrecadado com o IPTU só paga as despesas da operação tapa-buracos", disse.

*Tribuna do Norte

Saúde prioriza municípios no RN



Brasília - Pelo menos 110 municípios do Rio Grande do Norte foram incluídos na lista de prioridades do Ministério da Saúde em que os médicos que estão se formando poderão trabalhar para abater a dívida do Fundo de Financiamento ao Estudante do Ensino Superior (Fies). Para elaborar a lista, o governo federal levou em conta as condições socioeconômicas dos municípios, priorizando cidades em que parte significativa da população é pobre, vive no campo e é beneficiária do Programa Bolsa Família. Nesses locais, há carência de profissionais de saúde. Do total, 2.219 municípios, 75% ficam na Região Nordeste.

No Rio Grande do Norte, municípios com melhores índices de desenvolvimento humano ou com mais estrutura para atender as demandas médicas ficaram de fora. É o caso de Natal, Parnamirim, Mossoró, Macaíba, São Gonçalo, Caicó. Entre as cidades prioritárias para efeito de abatimento da dívida do Fies estão Apodi, Baraúna, Canguaretama, Caraúbas, Ceará-Mirim, Goianinha, Janduís, João Câmara, Martins, Nísia Floresta, Nova Cruz, Santana do Matos, São José do Mipibu, Tangará, Upanema, Várzea. Guamaré, que tem um dos maiores PIB per capita do Nordeste também foi incluída na lista do Ministério da Saúde.

De acordo com as regras, o médico que optar por trabalhar em um dos municípios terá direito de abater 1% da dívida do Fies, após um ano de serviço prestado. O profissional poderá quitar toda a dívida em aproximadamente oito anos, inclusive os juros.

As especialidades médicas escolhidas são: anestesiologia, cancerologia, cirurgia geral, clínica médica, geriatria, ginecologia e obstetrícia, medicina de família e comunidade, medicina intensiva, medicina preventiva e social, neurocirurgia, patologia, pediatria e psiquiatria.

A portaria publicada no Diário Oficial da União de ontem informa que o Ministério da Saúde abrirá uma janela para que os municípios não contemplados na lista solicitem a inclusão de equipes do Saúde da Família em localidades com elevado percentual de população em extrema pobreza.

Os municípios vem enfrentando problemas para formar as equipes do Programa Saúde da Família por falta de médicos. Dois são os gargalos apontados pelos prefeitos. Primeiro o salário de R$ 4 mil, considerado baixo. Segundo a jornada de trabalho de 40 horas semanais. Um outro problema é a falta de pessoal especializado para a filosofia do programa, a versão moderna do médico da família, em que o profissional está inserido na comunidade onde atende.

Em Parnamirim, há mais de um ano, a prefeitura tenta formar mais 20 equipes, mas esbarra na falta de médicos. Recentemente, o Ministério da Saúde admitiu flexibilizar o horário, criando alternativas para a jornada de trabalho. Além da opção de 40 horas semanais, eles poderiam cumprir 20 ou 30 horas, com remuneração reduzida. O governo resolveu adotar a medida após ter constatado aumento na evasão de médicos .

Faltam médicos generalistas no Saúde da Família

Rio (ABr) - Apenas 5% das 32 mil equipes do programa Saúde da Família têm um médico especializado em medicina de família e comunidade, segundo constataram médicos espanhóis especializados em atenção primária à saúde (APS). Eles avaliaram o programa brasileiro entre abril e junho deste ano. O levantamento, feito em centros de saúde pública de zonas urbanas e rurais de 19 estados brasileiros, a pedido da Sociedade Brasileira de Medicina de Família e Comunidade (SBMFC), mostra que as equipes do Saúde da Família precisarão se readequar para seguir as diretrizes do Ministério da Saúde.

Portaria do Ministério da Saúde, no Diário Oficial da União, determina que todas as equipes do Saúde da Família "deverão ter responsabilidade sanitária por um território de referência, de modo que cada usuário seja acompanhando por um agente comunitário de saúde, um auxiliar ou técnico de enfermagem, um enfermeiro e um médico generalista ou de família".

Diretor da SBMFC, o médico Thiago Trindade disse que a falta de médicos de família, conhecidos também como generalistas, pode prejudicar objetivos importantes do programa e produzir outros gastos em saúde. "O programa pretende prestar atenção integral, que inclui ações de prevenção e assistência à população. Como não tem o médico generalista, essa população, acaba indo direto procurar outros serviços ou fica completamente desassistida mesmo."

Ainda de segundo o levantamento, em regiões metropolitanas como Brasília, Rio de Janeiro, São Paulo e Porto Alegre menos de 30% da população é coberta pelo Saúde da Família. "O Saúde da Família está mais presente nas cidades de pequeno e médio porte. As de grande porte têm maior dificuldade para conseguir profissionais", assinalou Trindade.

Ele defende ainda uma política de incentivo à formação e manutenção dos profissionais no atendimento generalizado. Segundo ele, o número de alunos de medicina que optam pela especialidade vem caindo e é cada vez menor a permanência dos formados na atividade.

Apesar de constatar alguns problemas, o levantamento conclui que o programa é um modelo de sucesso na atenção básica no Brasil. "É o modelo que melhor mostrou resultado na atenção primária. Como um modelo de sucesso, precisa ser aprimorado para prestar um cuidado de excelência", destacou Trindade.

*Tribuna do Norte

ABC sofre virada, perde mais uma e cai para o 11º lugar



O Americana começou mal, mas conseguiu uma bela virada sobre o ABC na noite desta sexta-feira, jogando em casa, e vai dormir no G-4 do Campeonato Brasileiro da Série B. Os paulistas saíram atrás do marcador, ao serem vazados por Pio, mas Danilo e Fumagalli, este já aos 39 do segundo tempo, garantiram o 2 a 1.

Com o resultado, a Águia alcançou os 30 pontos na tabela de classificação, ultrapassando Sport e Goiás e ficando com a quarta colocação. A única ressalva para fechar o primeiro turno entre os primeiros é o duelo entre Bragantino e Paraná, neste sábado, já que, se os paranistas ganharem, chegam ao quarto lugar.

Na próxima rodada, a primeira do returno, os comandados do técnico Sérgio Guedes terão o lanterna Duque de Caxias pela frente, fora de casa, enquanto os abecedistas, que estacionaram nos 25 pontos, encaram o Bragantino, no Frasqueirão.

O Jogo

No primeiro tempo, a emoção do embate ficou restrita a alguns raros lances de ataque da Águia do Vale, com os dois times pouco inspirados e demonstrando maior medo de perder do que vontade de ganhar.

As melhores chances vieram com Charles, que perdeu dois gols incríveis. No primeiro, aos 11 minutos, Fumagalli fez boa jogada pela direita e achou o meia livre na pequena área, mas ele cabeceou para o chão e viu a bola quicar e sair por cima.

Oito minutos mais tarde, ele recebeu de André Luiz na área, girou para cima da marcação e bateu, mas exagerou na força e acabou chutando por cima da trave do goleiro Camilo.

Na segunda etapa, os pés voltaram mais calibrados. Logo aos 13 minutos de bola rolando, Pio arriscou de muito longe e acertou o ângulo de Jailson, marcando um golaço para o ABC.

Dez minutos depois, porém, veio o empate. Danilo tocou para Fumagalli e recebeu ótima devolução do meia, por entre os zagueiros. Dentro da área, ele dominou e bateu rasteiro, cruzado, empatando o duelo.

Quando tudo parecia se encaminhar para o empate, um rápido contra-ataque definiu o triunfo dos donos da casa. Bola na direita para Danilo, e o lateral retribuiu o meia com um passe açucarado, que Fumagalli precisou apenas tocar rasteiro para selar o 2 a 1.

* Fonte: gazetaesportiva.net

sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Escolas da rede municipal realizam comemoração em homenagem ao dia do folclore



A direção da Escola Municipal Manoel Raimundo convida toda a população em geral para participarem das comemorações do “folclore” que será realizado nesta sexta-feira dia 26/08 na quadra poliesportiva de Água Nova as 19h00min, dentre as apresentações da noite teremos Músicas Folclóricas, Peça Teatral (O pescador, o rei e o anel), Desfile de personagens folclóricos, Orquestra aguanovense, Apresentação do homenageado da noite Hipólito Batalha, Grupo teatral “Os caboclos” da cidade de Major Sales, Brincadeira de rodas, Barraca de comidas, de jogos e artesanato. Na ocasião contaremos com a participação da Escola Estadual Professor Pedro Raimundo do Nascimento e a Secretaria municipal de Assistência Social.

Apoio:


SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO
SECRETARIA MUNICIPAL DE ASSISTÊNCIA SOCIAL