quarta-feira, 2 de junho de 2010

Buracos no campo e 'armadilhas' viram ameaça à seleção de Dunga no Zimbábue





Alexandre Sinato e Bruno Freitas
Em Harare (Zimbábue)

Não será no Zimbábue que o Brasil encontrará um gramado em perfeitas condições. Se no local escolhido para treino na África do Sul buracos surgem diariamente, o cenário é ainda pior no estádio Nacional de Harare, palco do amistoso contra a seleção zimbabuana às 10h30 (de Brasília) desta quarta-feira. A equipe de Dunga deverá ter cuidado redobrado para evitar problemas às vésperas da Copa do Mundo.

Embora o estádio tenha passado por recente reforma, o padrão ainda está longe dos palcos de primeiro nível. E isso se aplica ao gramado. As irregularidades estão por toda parte. Não faltam desníveis. Buracos também são facilmente encontrados.

Além disso, os terminais de água usados na manutenção da grama chamam a atenção. Espalhados pelo campo, são grandes e facilmente perceptíveis por quem os pisa. Uma dividida no local ou um simples pé posicionado de forma inadvertida podem custar caro. E é justamente isso que a seleção brasileira não quer a 13 dias da estreia na Copa do Mundo.

Até agora o Brasil passou batido pelo fantasma dos cortes de jogadores por questões físicas. Os 23 convocados por Dunga treinaram normalmente nos últimos dias na África do Sul e estão à disposição para o amistoso desta quarta-feira.

Em Johanesburgo, inclusive, já surgiram reclamações sobre o gramado da Hoerskool Randburg, escola usada como palco dos treinos brasileiros. Como a nova grama plantada no local não estava totalmente pronta, diversos buracos são abertos todos os dias durante as atividades do Brasil. Segundo os responsáveis, o cenário continuará o mesmo pelas próximas semanas.

Os jogadores até o momento estão passando intactos pela ameaça das lesões pré-Copa. Luís Fabiano e Kaká foram os jogadores que se apresentaram há 12 dias em tratamento de lesões musculares na coxa. Ambos se recuperaram e treinam normalmente, embora ainda recebam trabalho específico de fisioterapia.

Nesta quarta-feira, o time de Dunga precisará de atenção e cuidado redobrado. Os jogadores já admitiram que não se doarão 100% no amistoso justamente para evitar problemas. O objetivo é apenas pegar ritmo e fortalecer a preparação. Por isso, inclusive, o Brasil escolheu um adversário tão fraco, atualmente na 110ª posição do ranking da Fifa. Só não contava com o campo como oponente extra.

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