FOTO LAURO AMÉRICO REZENDE
Uma frente fria oriunda da Argentina, que derrubou as temperaturas no Sul e Sudeste e conseguiu chegar até o norte do Nordeste, foi a responsável pela chuvas no interior do Rio Grande do Norte. A explicação é da Emparn, que prevê novas precipitações para este sábado no Seridó, Oeste e Vale do Açu.
De acordo com o meteorologista Gilmar Bristot, a combinação de frente fria com a umidade que vem do oceano Atlântico modificou as condições climáticas nessas regiões. “Estamos sob atuação do fenômeno La Nina e isso sinaliza com chuvas no Nordeste e seca do Sul’, disse o meteorologista.
De acordo com relato de blogueiros, de quinta para sexta-feira choveu em Currais Novos, Acari, São João do Sabugi, Cruzeta, São José do Seridó, Serra Negra do Norte, Caicó, Jardim de Piranhas, Timbaúba dos Batistas, São Fernando. As chuvas foram de pequena intensidade, mas vieram acompanhadas de relâmpagos e trovões.
Também há informações de chuvas em municípios do Vale do Açu e da região Central. Em Santana do Matos, onde o inverno de 2010 foi o mais irregular dos últimos tempos, (com chuvas de 500 milímetros na área de Serra Branca, e de 123 mm no distrito São José da Passagem), agricultores de Serra do Gado, Riacho Fechado e Macaco estão queimando xiquexique para salvar o rebanho bovino.
As chuvas, alerta Gilmar, não configuram a chegada do inverno no sertão nordestino, mas são uma boa sinalização do que pode acontecer em 2011. Ele acha que a temporada da pré-estação pode ser melhor que o previsto pelo Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos (CPTEC), órgão ligado ao Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais. “Poderemos ter um janeiro acima da média história’, disse Bristot.
Este ano o inverno ficou abaixo da média no Rio Grande do Norte. Em Caicó, os pluviômetros variaram de 764 milímetros, na sede da Emater, a apenas 200 mm no distrito da Palma. Em Riachuelo foram apenas 107.2 mm, o menor índice dos últimos anos.
A escassez de chuvas provocou perdas de 73% na safra agrícola, segundo o último boletim do IBGE.
No Seridó, os reservatórios que abastecem as cidades estão chegando a um nível preocupante. Mas a Barragem Armando Ribeiro Gonçalves, maior reservatório do Estado, está com 70% de um total de 2,4 bilhões de metros cúbicos.
Emergência em cidades da Amazônia
Brasília (ABr) - Trinta e oito dos 62 municípios do estado do Amazonas decretaram estado de emergência devido à longa estiagem que atinge a região. Representantes do Subcomando de Ações da Defesa Civil do estado tem visitado os locais atingidos para levar ajuda humanitária. Até o momento, cerca de 38 mil famílias receberam assistência, totalizando 600 toneladas de alimentos, medicamentos e kits de higiene distribuídos pela Força Aérea Brasileira.
Para facilitar a distribuição dos recursos, o trabalho é feito por meio de três polos localizados em Tabatinga, em Cruzeiro do Sul, no Acre, e em Tefé. Os polos são responsáveis pela distribuição de cestas básicas e kit’s de higiene e de remédios aos municípios atingidos.
Nessa primeira etapa da operação, cerca de 19 municípios foram atendidos. As ações incluem ainda o transporte de água aos municípios por meio de carros-pipa, em parceria com o Ministério da Defesa (Exército Brasileiro).
Além disso, o governo disponibiliza recursos financeiros para que o estado ou município possa adotar medidas como adquirir cestas básicas, fazer a locação de equipamentos, abertura de poços e aquisição de filtros purificadores.
Fonte: TRIBUNA DO NORTE
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