segunda-feira, 15 de agosto de 2016

Projeto estimula cultivo de uvas na Chapada do Apodi, RN

Estudos mostram a viabilidade econômica da fruticultura irrigada na área.
Fruta se tornou uma alternativa rentável para os agricultores potiguares.

Da Redação com G1 RN

A Chapada do Apodi, região potiguar que faz divisa com o Ceará, é conhecida por responder por mais da metade da produção de melão do país. Agora, um projeto do Sebrae estimula os produtores rurais a apostarem no plantio de outras frutas, que também têm boa aceitação dos consumidores e uma diversidade de opções de comercialização no mercado. A extensa área plana, de solo fértil e com boa reserva de água e clima semiárido, faz do Apodi o cenário propício para o desenvolvimento da fruticultura irrigada. Por isso, a região está sendo vista como a nova fronteira agrícola para a produção de frutas frescas, inclusive espécies que estão muito associadas a climas temperados. É o caso da uva, que se tornou uma alternativa rentável e tem dado novas perspectivas de lucro aos agricultores potiguares.
“Acreditamos que é a diversificação de cultura é uma saída. A região de Apodi tem grandes possibilidades, pelo seu potencial, tradição e recursos hídricos, de se tornar um celeiro da fruticultura irrigada também”, explica o gerente do Escritório Regional do Sebrae no Médio Oeste, Franco Marinho, que também é gestor do projeto de Fruticultura e Agroindústria da instituição. O projeto atende 800 fruticultores potiguares e estimula a implantação de unidades de processamento de polpas – já são 10 unidades no Oeste e Médio Oeste. Agora, estimula o cultivo de frutas que têm alta demanda de mercado e preços estáveis, como é o caso da uva, maracujá e as frutas cítricas.

Em parceria com instituições de ensino e pesquisa, o Sebrae verifica a viabilidade dessas culturas na região de Apodi, que desponta como a nova fronteira agrícola do estado, principalmente em função da grande oferta de água e solos férteis, que favorecem a fruticultura irrigada. É o que pensa também o professor-doutor Django Jesus Dantas, que participa do programa de pós-graduação em fitotecnia da Universidade Federal Rural do Semiárido (Ufersa).

Para ele, existência de um aquífero de água subterrâneas muito grande na região - (o arenito Assú) - associado ao projeto de integração do rio São Francisco, que levará água para perímetro de irrigação da ordem de 8 mil hectares, e a solos férteis podem tornar Apodi o novo polo fruticultor do Rio Grande do Norte. “Temos aqui um aquífero com grande capacidade de água subterrânea, solos de alta fertilidade, proximidade com portos, que favorece a exportação, e abundante mão de obra”, aponta o professor.

As oportunidades que despontam nesse segmento foram apresentadas no seminário ‘A Fruticultura Irrigada no Médio Oeste’, realizado pelo Sebrae no Rio Grande do Norte em Apodi, na última semana para discutir com produtores locais, especialista e governos os desafios para tornar a região um polo produtor de frutas tropicais. “A fruticultura é uma atividade importante para o estado pela geração de emprego e divisas. Por isso, o Sebrae vê essa atividade como prioritária e atua com agregação de valor, através de cooperativas e associações de pequenos produtores que fazem esse processamento”, justifica Franco Marinho.

Nenhum comentário:

Postar um comentário