sexta-feira, 21 de outubro de 2016

Lewandovski encaminha inquérito de Henrique e Cunha para Justiça Federal no RN

Apuração da PGR aponta suposta propina da OAS disfarçada em doação de campanha do potiguar em 2014.

DA REDAÇÃO COM NOMINUTO.COM
POR JORNAL NACIONAL
FD/Natal
Junto com Eduardo Cunha, o ex-deputado Henrique Eduardo Alves será investigado por suposta propina paga pela OAS na campanha eleitoral de 2014.
O ministro do Supremo Tribunal Federal, Ricardo Lewandowski, determinou o envio para a Justiça Federal do Rio Grande do Norte de inquérito aberto contra o deputado cassado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), o ex-deputado Henrique Eduardo Alves (PMDB) e o empreiteiro José Aldemário Pinheiro, o Léo Pinheiro, da OAS.

Todos os documentos que apontam suposta propina disfarçada em doação de campanha eleitoral foram remetidos hoje (20) ao juízo federal no RN.

Segundo a Procuradoria Geral da República, conversas interceptadas no celular de Léo Pinheiro mostraram uma conversa em que Eduardo Cunha e o empresário da OAS falavam sobre votações de interesse da empreiteira. 

Na sequência, o deputado cassado cobra doações oficiais da OAS para campanha eleitoral de Henrique Eduardo Alves ao governo do Rio Grande do Norte, em 2014.

As informações foram enviadas para o Rio Grande do Norte em razão da cassação de Eduardo Cunha, que, com isso, perdeu o foro privilegiado, e porque as suspeitas apontadas na apuração ocorreram no RN.

O material encaminhado ao Rio Grande do Norte não diz respeito aos desvios de recursos da Petrobras, investigados em Curitiba. Portanto, está fora da Lava Jato.

Como ex-deputado federal e ex-ministro de Estado, Henrique Eduardo Alves também não tem direito a foro privilegiado e responderá o inquérito no âmbito da primeira instância da Justiça Federal.

Henrique Alves e Eduardo Cunha são investigados por corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Léo Pinheiro por corrupção ativa e lavagem de dinheiro.

Hoje, em nota, o ex-deputado potiguar disse que os valores recebidos da OAS foram legais e declarados à Justiça Eleitoral, e que está à disposição das autoridades para esclarecer todos os fatos.

A defesa de Eduardo Cunha negou as suspeitas e disse que o ex-deputado está à disposição para prestar esclarecimento ao longo das investigações.A defesa de Léo Pinheiro não quis se manifestar.

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