O aumento do juro básico reflete em taxas bancárias mais elevadas, além de influenciar negativamente o consumo da população
Da redação
Escrito por Diário do Nordeste/Estadão Conteúdo
Nesta quarta-feira (4), o Banco Central, por meio do Comitê de Política Monetária (Copom), elevou a taxa Selic de 11,75% para 12,75% ao ano. O aumento representa dez aumentos seguidos da taxa básica de juros.
Após o decreto do aumento, a Selic alcançou o maior patamar desde fevereiro de 2017 (13%). O choque de juros neste ciclo, iniciado em março de 2021, já é o mais forte desde 1999, quando o BC elevou a Selic em 20 pontos porcentuais de uma vez só.
A elevação da taxa de juros reflete em taxas bancárias mais elevadas, além de influenciar negativamente o consumo da população e os investimentos produtivos.
Maior juro real do mundo
Em comparação a 40 países, o Brasil voltou a ter a maior taxa de juro real (descontada a inflação) do mundo com o novo aumento da Selic. Cálculos do site MoneYou e da Infinity Asset Management indicam que o juro real brasileiro está agora em 6,69% ao ano.
Na lista, ainda aparece a Colômbia (3,86%) em segundo lugar, seguida de México (3,59%), em terceiro. A média dos 40 países avaliados é de -1,73%.
Estados Unidos também enfrentam inflação elevada
O Federal Reserve, o banco central americano, também decretou o aumento da taxa básica do país em 0,5 ponto porcentual, para uma faixa entre 0,75% a 1% ao ano. Foi o maior aumento de juros feitos nos EUA desde o ano 2000.
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Os EUA, assim como o Brasil, enfrentam uma inflação elevada e o BC americano busca frear a alta de preços elevando os juros. É uma forma de esfriar a demanda na economia, uma vez que a alta de juros torna o crédito mais caros. Com taxas mais elevadas, consumidores tendem a consumir menos e as empresas podem postergar investimentos.
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