segunda-feira, 24 de março de 2014

Duplicação da Reta Tabajara começa no próximo mês

Daísa Alves - repórter

A obra de duplicação e construção de viadutos e pontes, na BR-304, no trecho conhecido por Reta Tabajara, em Macaíba, teve ordem de serviço assinada em 7 de março, pelo Departamento Nacional de Infraestura de Transporte. Desta data, a empresa responsável pela obra, SBS Engenharia e Construções, tem até 30 dias para mobilizar a obra. A previsão de início é para a primeira semana de abril.

Magnus Nascimento
Gancho de Igapó vai receber projeto com viaduto e túnel. Obra está orçada em R$ 28 milhões

Para este ano, estão previstas três obras de reestruturação na responsabilidade do DNIT: duplicação da Reta Tabajara (BR-304), construção do Complexo Viário em Igapó (BR-101/norte), na zona norte de Natal, e construção de viadutos e ampliação da marginal da BR-101, no percurso entre Natal e Parnamirim. 

A duplicação da Reta Tabajara, previa, inicialmente, a assinatura de ordem de serviço em 22 de dezembro, pela presidente Dilma Rousseff. Por complicações na agenda da presidente o ato não foi possível. Segundo Walter Fernandes, a SBS Engenharia e Construções, responsável pela obra, no momento está elaborando o plano de execução da operação e em processo de contratação da empresa de supervisão de obras. Pelo valor de quase R$ 5 milhões, a JDS Engenharia e Consultoria que ganhou o pregão do serviço de supervisão.

As outras duas obras estão em fase de análise da documentação das empresas vencedoras da licitação. No caso do Complexo Viário em Igapó, a Construtora A. Gaspar foi a vencedora do pregão pelo menor preço proposto para execução e está em processo de homologação. “De vinte a trinta dias deveremos estar assinando o contrato, e no final de abril as obras devem ser iniciadas”, garante Fernandes. Ainda haverá seis meses para elaboração do projeto executivo e mais 18 meses de operação do serviço.

Contudo, durante a realização das obras, haverá alterações no trânsito, especialmente na obra do Complexo Viário de Igapó — interligação da Av. das Fronteiras com a rodovia BR-101 e RN-160, acesso para o Aeroporto Gov. Aluízio Alves. Estão previstos desvios circundando o local da obra pelo bairro de Igapó. “Não vamos obstruir totalmente, haverá um cronograma que permita o fluxo de carros. Vamos mitigar ao máximo o impacto no trânsito”, argumenta Walter Fernandes.

A edificação se localiza, e recebe a demanda de trânsito que circula entre Natal, São Gonçalo do Amarante e Ceará Mirim. A frota de carros deverá ser aumentada, também, por ocasião da Copa do Mundo – que ocorrerá em junho, com a obra em andamento. O trecho é ponto de partida para chegada ao acesso Norte do Aeroporto Gov. Aluízio Alves, pela BR-406, no sentido Ceará-Mirim. 

Estão previstos desvios circundando o local da obra pelo bairro de Igapó, que serão pavimentadas para permitir o tráfego sem maiores complicações. Apesar de já estarem definidas estas vias, ontem não havia nenhum engenheiro no Dnit que pudesse indicá-las à reportagem.

Investimentos são de R$ 441 milhões

As três obras agrupam um investimento de R$ 441 milhões contemplando as vias federais de acesso às cidades de Natal, Parnamirim, Macaíba, São Gonçalo do Amarante e Ceará-Mirim. Os serviços devem ser operados simultaneamente, com data de início estimada para meados de abril e maio. 

O pacote de obras, prevê um total de 125 desapropriações. São imóveis em locais estratégicos para as obras, ou até apropriações de terrenos da união, que deverão ser devidamente desintegrados do local para dar lugar ao serviço.

Nesta última terça-feira, 18, foi publicado no Diário Oficial da União, um termo declaratório permitindo ao DNIT as desapropriações necessárias para a execução da obra no Reta Tabajara. Segundo a portaria N° 426, serão desapropriados “áreas de terra e benfeitorias abrangidas pelos alargamentos pontuais da faixa de domínio da rodovia BR-304 no trecho entre o km 285 e km 311,9 – quase 27 km.

No projeto está previsto a retirada de 75 propriedades. Segundo Walter Fernandes, a operação deve ser realizada pelo Exército. No entanto, o contato com o órgão ainda não foi realizado. Segundo o superintendente, o assunto deve ser conversado na próxima semana.

Para o Complexo de Igapó se estima a necessidade de desapropriar 35 imóveis envolto do gancho. Já para a ampliação da marginal da BR-101, o número é menor, serão 15 desapropriações. A superintendência do Dnit preferiu não divulgar as localizações dos imóveis a serem deslocados, nem o valor destinado à indenização dos proprietários.

TRIBUNA DO NORTE

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