quinta-feira, 1 de julho de 2021

PF investiga desvio de recursos públicos no tratamento da covid-19 em Natal.

Operação Rebotalho foi deflagrada na manhã desta quinta-feira.

Da redação
Fonte: Ascom - PF
A Polícia Federal, em conjunto com a Controladoria Geral da União (CGU) e o Ministério Público Federal (MPF), deflagrou a Operação Rebotalho, nesta manhã (1º), destinada a apurar a possível prática dos crimes de dispensa indevida de licitação e peculato na aquisição de respiradores usados pela Secretaria Municipal de Saúde de Natal no Hospital de Campanha da capital.

Cerca de 20 policiais federais e 4 servidores da CGU cumprem quatro mandados de busca e apreensão, expedidos pela 14ª Vara Federal, da Seção Judiciária do Rio Grande do Norte, nos municípios de Natal, Goiânia (GO) e Aparecida de Goiânia (GO).

A operação decorre de inquérito policial instaurado em novembro de 2020, com base em auditoria da CGU, que identificou indícios de montagem e direcionamento da dispensa de licitação, além de superfaturamento no montante de R$ 1.433.340,00.

Os elementos de prova já colhidos indicam que os aparelhos respiradores adquiridos pela SMS são sucateados, chegando a 15 anos de uso, e parte deles possui origem clandestina, haja vista a empresa fabricante ter informado que os números de série não correspondem a equipamentos por ela produzidos.

Ficou também evidenciado que os bens foram adquiridos por valor muito superior ao praticado pelo mercado, ocasionando prejuízo ao erário no valor de R$ 1.433.340,00.

Em face disso, visando a reparação do dano causado aos cofres públicos, a Justiça Federal autorizou o bloqueio desses valores em contas dos envolvidos.

Os investigados poderão responder, na medida de suas responsabilidades, pelos crimes de dispensa indevida de licitação e peculato, e, se condenados, poderão cumprir penas de até 17 anos de reclusão.

Sobre o nome da operação, fez-se alusão ao estado dos equipamentos adquiridos pelo ente público. “Rebotalho” tem por significado algo que não tem mais valor ou utilidade.

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