quinta-feira, 19 de outubro de 2017

Economia: Crise gerou desocupação para 58 mil potiguares

Da redação com Tribuna do Norte
Por Ricardo AraújoEditor de Economia

Em um ano, 58 mil pessoas perderam suas respectivas ocupações no Rio Grande do Norte. Em 2015, conforme dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua) divulgados nesta quarta-feira, 18, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) o estado contava com 1,398 milhão de pessoas ocupadas. No ano seguinte, o número caiu para 1,340 milhão. Os anos de 2015 e 2016, segundo especialistas, são considerados os mais críticos da mais recente recessão econômica que atingiu o País.
Comércio foi um dos setores mais afetados no estado com crise econômica severa em 2015 e 2016
Comércio foi um dos setores mais afetados no estado com crise econômica severa em 2015 e 2016 

Os números da PNAD Contínua expostos nesta quarta-feira analisam informações relativas à ocupação do trabalhador brasileiro de 2012 a 2016. No primeiro ano recortado para o estudo, 13,8% das pessoas ocupadas no estado estavam em empreendimentos com registro no CNPJ. Em 2016, o percentual era de 17,3%. No ano passado, o maior volume de legalização de negócios foi registrado entre as mulheres, com 17,8%. Elas estavam ocupadas como empregadoras ou eram trabalhadoras por conta própria. 

De acordo com o estudo, “tanto para trabalhadores por conta própria quanto para empregadores, as mulheres apresentam maior registro no CNPJ que os homens em 2016. Nesse ano, 13,3% das mulheres ocupadas como conta própria tinham registro no CNPJ frente 11,3% dos homens. Ainda em 2016, 81,7% das mulheres empregadoras tinham registro no CNPJ, enquanto esse percentual era de 66,6% entre os homens”. 
Conforme detalhado na PNAD Contínua, a maioria da população ocupada no Rio Grande do Norte entre 2012 e 2016 estava inserida em pequenos negócios. No ano passado, o percentual de trabalhadores em empreendimentos de pequeno porte correspondia a 59,2% da mão de obra. Outro grupo considerado importante pelo estaudo, com 51 pessoas ou mais ocupadas, variou de 22,4% em 2016 a 25% em 2014.

No mesmo período, o volume de trabalhadores sindicalizados também diminuiu no estado. Em 2012, exisitam 315.714 pessoas associadas a algum sindicato. No ano seguinte, o total era de 313.859. A maior proporção de sindicalizados está entre os homens (14,5%). Entre as mulheres, o percentual é de 13,5% conforme dados de 2016.

Contexto nacional

Entre 2015 e 2016, aproximadamente 1.3 milhão de pessoas perdeu a ocupação no Brasil. Dos 75 milhões em 2015, o número caiu para 73,7 milhões no ano passado. A queda foi maior entre os trabalhadores ocupados em empreendimentos de grande porte (com 50 trabalhadores ou mais) caiu 29% em relação a 2015. A publicação indica ainda que 26% da população ocupada (empregadores, trabalhadores por conta própria e empregados, desconsiderando o setor público e os trabalhadores domésticos) trabalhava em empreendimentos de grande porte em 2016. 

O percentual de pessoas ocupadas (exceto empregados no setor público e trabalhadores domésticos) em empresas de pequeno porte foi maior nas Regiões Norte e Nordeste que nas demais regiões em todos os anos da pesquisa. Em 2016, foram 68% no Norte, 61,7% no Nordeste, 51% no Centro-Oeste, 47,1% no Sul e 42,1% no Sudeste. No período 2012-2016, o percentual aumentou Grandes Regiões, sobretudo no Norte (11,8%) e no Centro-Oeste (10,9%).

Em relação ao percentual de ocupados (excluídos empregados no setor público e trabalhadores domésticos) em empreendimentos com 50 ou mais pessoas, o Sudeste foi a região com maior percentual (31,8%) e o Norte, com o menor, 14,7%. Houve redução de percentual ocupado neste modelo de empresa em todas as regiões, principalmente na Norte (queda de 29,3%).

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