DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS
Um terceiro reator da usina nuclear de Fukushima (nordeste do Japão) apresenta problemas com seu sistema de refrigeração, depois das duas explosões que ocorreram no local por causa da acumulação de hidrogênio. As funções de refrigeração do reator número 2 da central de Daiichi, em Fukushima, pararam por causa dos problemas provocados pelo terremoto de magnitude 9 que atingiu o Japão na sexta-feira (11), diz o governo.
O porta-voz do governo, Yukio Edano, afirmou que os responsáveis pela unidade têm "tudo preparado" para injetar água do mar no reator, a fim de tentar controlar sua temperatura.
A companhia operadora da central, a Tokyo Electric Power (TEPCO), informou que foi detectada uma queda do nível de água desse reator, embora tenha relatado que não deixou descobertas suas barras de combustível.
Editoria de Arte/Folhapress
Os problemas no reator número 2 da central aconteceram pouco após uma explosão por acumulação de hidrogênio no recipiente secundário de contenção do reator número 3, que também sofria problemas de refrigeração.
A explosão foi similar à ocorrida no sábado (12) no reator número 1 dessa unidade e, igual a essa ocasião, não causou danos em seu recipiente primário nem vazamento maciço de radiação, segundo o governo.
O ministro Edano disse que as autoridades "farão todo o possível" para impedir que o recipiente secundário de contenção do reator número 2 sofra por sua vez uma explosão.
O forte terremoto da sexta-feira e o tsunami que o seguiu paralisaram a atividade de 11 usinas nucleares nas áreas afetadas, das quais quatro têm problemas com a refrigeração de seus reatores.
EMERGÊNCIA SUSPENSA
Também nesta segunda-feira, a empresa Tokyo Electric Power (TEPCO) informou que a situação de emergência terminou nos reatores 1 e 3 de Fukushima (nordeste do Japão).
A temperatura em ambos os reatores já caiu e é estável, por isso que já não trazem perigo, segundo a TEPCO, a operadora da central, citada pela agência local Kyodo.
Editoria de Arte/Folhapress
Os problemas continuam no reator 3, depois de uma explosão em seu recipiente secundário de contenção que, segundo a TEPCO, não causou danos no reator nem produziu um vazamento em massa de radioatividade. Onze pessoas ficaram feridas por causa dessa explosão, entre eles um membro das Forças de Autodefesa (Exército) com a fratura de vários ossos, enquanto outros registraram ferimentos leves, explicou a empresa.
No sábado (12), uma explosão similar afetou o reator 1 e causou ferimentos leves em quatro trabalhadores, embora o reator, operacional desde 1971, e seu recipiente primário de contenção resultaram intactos, segundo os responsáveis.
Os esforços dos responsáveis da central 1 de Fukushima (Daiichi), situada a cerca de 270 quilômetros de Tóquio, se centram agora em esfriar o terceiro reator, onde se tenta retomar a injeção de água do mar para controlar sua temperatura.
As autoridades ordenaram no final de semana a retirada em um raio de 20 quilômetros em torno da usina nuclear, embora no momento da explosão desta segunda-feira havia cerca de 500 pessoas que ainda não tinham abandonado suas casas e que foram transferidas depois para outro lugar.
O governo disse que os níveis de radiação a cinco quilômetros da central era similar ao de domingo e descartou a existência de um vazamento em massa.
Editoria de Arte/Folhapress
Fonte:Folha.com/Mundo
Nenhum comentário:
Postar um comentário