quarta-feira, 22 de abril de 2020

Coronavírus: com cemitério superlotado, Manaus enterra vítimas em valas comuns

Prefeitura diz que 'trincheiras' e contêineres frigoríficos foram necessários devido ao grande aumento no número de mortes diárias

Da redação
Fonte: O GLOBO
RIO- A Prefeitura de Manaus informou, nesta terça-feira, que está fazendo valas comuns, chamadas pela administração local de trincheiras, para enterrar vítimas do novo coronavírus no cemitério público Nossa Senhora Aparecida, no bairro Tarumã, Zona Oeste da capital. 

Até essa segunda-feira, Manaus já registrava 156 mortes por Covid-19. No estado, o número de casos confirmados chegou a 2.160, com 182 mortes no total.


Com mais de 100 mortes por dia na capital na última semana, o cemitério, que concentra a maior parte dos sepultamentos da cidade, já não dá conta da demanda. Segundo informações da prefeitura, desde março, houve um acréscimo de aproximadamente 50% na demanda. Dezenas de covas tiveram que ser abertas.

Funcionários de cemitério abrem vala para dez caixões ao mesmo tempo diante do excesso de mortes provocadas pelo coronavírus em Manaus Foto: Reprodução
Funcionários de cemitério abrem vala para dez caixões ao mesmo tempo diante do excesso de mortes provocadas pelo coronavírus em Manaus Foto: Reprodução
Nesta terça-feira, a Prefeitura de Manaus informou, por meio de nota, que devido ao grande aumento no número de sepultamentos, a Secretaria Municipal de Limpeza Urbana (Semulsp) adotou o sistema de ‘trincheiras’ para enterrar as vítimas de Covid-19. 

"A metodologia, já utilizada em outros países, preserva a identidade dos corpos e os laços familiares, com o distanciamento entre os caixões e com a identificação das sepulturas. A medida foi necessária para atender a demanda de sepultamentos na capital", disse a nota.

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