Nascido em Luís Gomes, Roberto Carlos tinha 54 anos e era diabético. Ele foi sepultado em Pernambuco.
Da redação
Falecido no último sábado (4), em Recife, dois dias após completar 54 anos de idade, o padre potiguar Roberto Carlos Vieira Nunes teve o diagnóstico positivo para o novo coronavírus, confirmado por boletim da Secretaria Estadual de Saúde de Pernambuco publicado nesta quarta-feira (8). Ele deixou pais, irmãos, amigos e fiéis que o admiravam.
Nascido em Luís Gomes, no Oeste potiguar, o padre mantinha uma forte ligação com a cidade, que sempre visitava, por causa da família. Apesar disso, nunca atuou oficialmente como sacerdote no Rio Grande do Norte.
A igreja foi informada que o padre Roberto Carlos sentiu os primeiros sintomas da doença na quarta-feira (1º), véspera de seu aniversário de 54 anos. Diabético, foi internado e faleceu na tarde do sábado (4).
A confirmação do diagnóstico chegou à Diocese de Mossoró na segunda-feira (6) pela manhã, mas, procurada pelo G1, a Secretaria Estadual de Pernambuco ainda não confirmava o diagnóstico, o que só veio acontecer nesta quarta-feira (8).
O padre foi sepultado em Recife e, em razão das medidas de isolamento para prevenir a disseminação do coronavírus, a cerimônia foi acompanhada apenas por outro padre.
10 anos de sacerdócio
De acordo com o vigário-geral da Diocese de Mossoró, padre Flávio Augusto, os dois estudaram juntos no Colégio Diocesano do município. Enquanto Flávio logo seguiu pela formação religiosa, Roberto Carlos só decidiu se tornar padre cerca de 10 anos depois.
“Mas nesse período, ele nunca se desligou da igreja. Tanto que dava aulas em colégios Diocesanos”, lembra. Ele completaria 10 anos de ministério em 2020.
Após passar por formação em Recife, foi ordenado padre em 2010 pela Diocese de Ji-Paraná, em Rondônia. Atuou um tempo por lá e depois foi transferido para Vitória de Santo Antão, em Pernambuco. Entre 2018 e 2019, trabalhou no Crato, no Ceará, antes de voltar a Recife em dezembro de 2019.
“Era uma pessoa muito extrovertida, era dinâmico. Tinha uma capacidade imensa de fazer amizades. Era entusiasmado com a vida e com o ser padre”, relembra o colega.
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