quinta-feira, 18 de novembro de 2021

Lula se encontra com o presidente da França no Palácio do Eliseu

Ex-presidente brasileiro teve tratamento de chefe de Estado; desafeto de Bolsonaro, gabinete de Macron diz que o Brasil está ‘à parte dos principais acordos internacionais’.

Da redação com nominuto
Por Estadão Conteúdo


O presidente da França, Emmanuel Macron, recebeu nesta quarta-feira (17) o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva — em passagem pela Europa — no Palácio do Eliseu. O encontro contrasta com a conturbada relação entre o líder francês e o atual presidente Jair Bolsonaro.

Em pronunciamento oficial após o encontro, o gabinete de Macron afirma que Lula “compartilha a sua visão do papel do Brasil no mundo, observando que, nos últimos três meses, o Brasil se colocou à parte do sistema multilateral e dos principais acordos internacionais”. O petista é pré-candidato à Presidência da República e deve disputar a eleição de 2022 com Bolsonaro.

De acordo com Lula, a pauta da conversa passou pelos temas de meio ambiente, desigualdade econômica e a integração da União Europeia com a América Latina.

Macron, crítico ferrenho da política ambiental do governo Bolsonaro, trocou farpas com o presidente em 2019. Bolsonaro atacou a esposa do líder francês, Brigitte Macron, ao dar visibilidade a uma publicação que comparava a francesa com a primeira-dama Michelle Bolsonaro. O ministro da Economia, Paulo Guedes, disse que Brigitte “era feia mesmo”.

Em maio, o Brasil não foi convidado por Macron para participar da reunião do G7, em Biarritz, na França - o Chile foi pela primeira vez a uma reunião do grupo como o representante do continente.

Em julho do mesmo ano, Bolsonaro desmarcou reunião com o chanceler da França, Jean-Yves Le Drian, em evento marcado às 15h. 50 minutos depois, o presidente gravava uma live nas redes sociais em que aparecia cortando o cabelo.

Nos bastidores do G7 daquele ano, uma câmera flagrou Macron, em conversa com o presidente do Chile, Sebástian Piñera, criticar a postura de Bolsonaro. “Me desculpa, mas isso não é um comportamento de um presidente”.

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