Tádzio França - repórter
A cachaça é a bebida mais popular do Brasil desde que os primeiros engenhos foram criados no início da colonização portuguesa. É história, e também é deleite para os paladares mais exigentes. A partir do momento em que o destilado nacional passou a ser devidamente valorizado, e a produção artesanal ganhou importância como padrão de qualidade, os velhos engenhos de alambique se tornaram atrações à parte. O Rio Grande do Norte também está nessa rota, apesar de muita gente ainda desconhecer o fato. Os caminhos dos alambiques levam para o interior do Estado, por recantos ainda vistos por poucos, lugares com aparência - e sabor - de história. Um passeio que pode render saborosos brindes.
Arquivo/TN
Fazenda Bom Jardim, onde Mário de Andrade se hospedou nos anos 20, teve o primeiro engenho da família Araújo Lima, há duzentos anos
No local há um receptivo com auditório onde, além de explanações sobre a produção, há minicursos de cachaça e degustações. O visitante também conhece o projeto sócio-ambiental do engenho, que consiste em trabalhar e purificar a sujeira dos esgotos, convertê-la num líquido rico em nutrientes, e irrigar os vegetais que alimentam o gado. Um interessente processo de beneficiamento sustentável. A Extrema ganhou recentemente o prêmio MPE Brasil de 'melhor empresa do agronegócio' e destaque em responsabilidade social.
Agregar valor à cachaça artesanal é o objetivo maior do Sebrae junto aos 12 produtores atuais relacionados à instituição. "Queremos que o consumo seja ampliado, já que a aguardente industrial ainda domina. Vamos mostrar que cachaça de qualidade não está só em Minas Gerais", afirma Honorina Medeiros, gestora do projeto de cachaça de alambique. Outros pontos que merecem visita e degustação: Fazenda Olho d'Água, em São José de Mipibu (Berckmans), Samanaú, na zona rural de Caicó, e a Papary, em Nísia Floresta. Há um brinde para todos os gostos.
*Tribuna do Norte
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