Conferência das Nações Unidas discute mudanças climáticas em Durban, na África do Sul, de 28/11 a 9/12
Lilian Ferreira
Do UOL Ciência e Saúde, em Durban
Greenpeace faz manifestação em Brasília contra o novo Código, aprovado pelo Senado ontem
A aprovação das alterações no Código Florestal no Senado na noite desta terça-feira (06) já surte efeitos na Conferência do Clima da ONU em Durban, na África do Sul. A representante da ONG ambientalista WWF, Samantha Smith, disse que a aprovação do texto é um terrível sinal para as negociações.
Smith destacou que o país tem um papel de liderança, mas que agora isto está ameaçado. “O Brasil estava mostrando ao mundo que era possível reduzir a pobreza, crescer economicamente e ainda reduzir suas emissões”.
“A passagem do texto ameaça reverter este progresso. Se a legislação virar lei, praticamente será impossível para o Brasil alcançar seus compromissos internacionais de combate às mudanças climáticas feitas em Copenhague em 2009”, afirmou o diretor geral da WWF, Jim Leape, em comunicado. O Brasil prometeu cortar de 36,1% a 38,9% suas emissões até 2020.
Para a ambientalista, as chances de se chegar a um acordo global sobre desmatamento e financiamento para ações de combate ao desmatamento, o REDD, estão menores. “Isso suscita a prerrogativa do “se o Brasil não consegue, como nós vamos conseguir?” nos demais países do mundo.
Leape diz que agora o mundo olha para a presidente Dilma Rousseff esperando que ela reafirme o compromisso de desenvolvimento sustentável e vete as mudanças no Código.
“O massivo aumento no desflorestamento que pode resultar teria consequências devastadoras para o clima, para as pessoas e para a natureza. Seria uma tragédia para o Brasil e para o mundo”, disse.
*UOL.Notícias
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