Paulo Brasil, que foi apresentado pela empresa TO como responsável por obras no prédio, ajudará equipe a entender o que foi feito nas reformas de andares
Rafael Lemos, do Rio de Janeiro
Desabamento de 3 prédios no Rio de Janeiro, na noite do dia 25 de janeiro (Marcos Michael)
Considerado testemunha-chave para a investigação sobre o desabamento de três prédios no centro do Rio, o engenheiro Paulo Brasil, apresentado pela empresa TO - Tecnologia Organizacional como responsável pelas obras no Edifício Liberdade, vai ser submetido a uma bateria de perguntas no Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Rio (CREA) no dia 8 de fevereiro. Um grupo de especialistas em estrutura selecionado pela instituição tentará, a partir do depoimento de Brasil, entender que fatores levaram à queda da construção.
“Esta é a única linha de investigação do CREA e da polícia. Não estamos culpando o engenheiro, mas ele é uma figura importante para entender como estava o prédio e o que foi feito nele”, explicou o presidente da comissão de Análise de Prevenção de Acidente do CREA, Luiz Antonio Cosenza.
Apesar das fortes suspeitas de que intervenções indevidas e ilegais no edifício Liberdade causaram a tragédia, o CREA evita apontar responsabilidades. Para Cosenza, é provável que a conclusão das investigações aponte para um conjunto de obras que culminaram com a ruptura da estrutura e o desabamento. Entre eles, sucessivas obras de reforma, como as que foram feitas pela TO em seis andares do prédio.
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