Autoridades detectaram presença de agrotóxico proibido naquele país. Safra deve ser vendida para o mercado europeu
Na queda de braços entre a indústria brasileira de suco de laranja e as autoridades de saúde dos Estados Unidos, venceram os americanos.
O suco concentrado não vai mais entrar no mercado daquele país. Doze navios brasileiros com o produto foram barrados, o que causou um prejuízo estimado em 50 milhões de dólares.
O suco brasileiro chega aos Estados Unidos de duas formas: 65% prontos pra beber; os outros 35% são o produto concentrado, que ainda vai ser misturado ao suco produzido na Flórida.
O problema é justamente com o produto concentrado. Os americanos fizeram testes no suco do Brasil e detectaram a presença de um agrotóxico que não é mais usado nos EUA.
A indústria brasileira de suco tentou negociar, mas as americanos não cederam. tados unidos não cederam. "Se os americanos seguirem na linha que adotaram agora, há um risco de que eles não tenham parte da matéria prima necessária para ter um bom suco, então provavelmente o preço vai aumentar, vai ter menos suco disponível e a qualidade vai cair, porque não vai ter uma parte do suco necessário pra construir o melhor sabor nas misturas que são feitas em todas as marcas", afirma o presidente da Citrusbr, Christian Lobhauer.
De cada 10 navios que antes partiam do porto de Santos levando suco de laranja aos Estados Unidos, três terão que encontrar um novo mercado consumidor, que provavelmente será a Europa.
No campo as laranjas que serão colhidas em maio deste ano já foram pulverizadas com o defensivo banido nos Estados Unidos. Já o que acontecerá com a próxima safra brasileira ainda é uma incerteza.
Os produtores brasileiros, a partir deste ano, devem começar a trocar de defensivo agrícola. O agrotóxico carbendazim, proibido nos Estados Unidos, deve estar fora das lavouras de laranjas dentro de 18 meses.
*Fonte: globo.com
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