por Clécio Ribeiro
A cantora Whitney Houston morreu neste sábado (11) aos 48 anos.
A causa da morte ainda não foi divulgada, apenas que ela foi encontrada morta por um integrante de seu staff no Beverly Hilton, hotel de Los Angeles.
A artista estava hospedada no local para se apresentar em uma premiação deste sábado em homenagem a Clive Davis, empresário que a descobriu quando tinha apenas 11 anos de idade.
Segundo o site TMZ, a artista chegou a ser ressuscitada pelos paramédicos e foi declarada morta às 21h55 (horário de Brasília).
Ela foi vista publicamente pela última vez na quinta (9), em uma casa noturna de Hollywood ao lado do namorado, o cantor e produtor Ray-J.
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Houston fez muito sucesso nos anos 1980 e 90 e se tornou uma das artistas de maior vendagem da história.
Dentre seus maiores hits estão "How will I know", "It's not right but's ok", "Saving all my love for you", "My love is your love" e "I will always love you", trilha do filme "O guarda-costas".
Por conta da turnê mundial da trilha deste longa, um dos dez discos mais vendidos da história, Whitney se apresentou no Brasil em janeiro de 1994, em um show solo no estádio do Morumbi e outro no festival Hollywood Rock, no Rio.
Ela vendeu 200 milhões de álbuns em sua carreira e chegou 30 vezes ao topo das paradas da Billboard, além de ter ganho seis Grammys.
Ela lançou sete discos de estúdio e tinha um previsto para este ano.
Também estava previsto para agosto o filme musical "Sparkle", remake do trabalho de 1976 inspirado na história do grupo feminino The Supremes.
Seu último filme foi comédia romântica “Um Anjo em minha vida”, de 1996.
Nas duas últimas décadas, a artista teve diversas passagens por clínicas de reabilitação para tratar seu vício contra o álcool e drogas. Em 2009, ela precisou interromper sua turnê européia devido a problemas de saúde.
A artista foi a número um em vendas nos EUA com seu último álbum "I look to you" (2009), o primeiro lançado por ela em sete anos, um período no qual sua imagem foi prejudicada por seu uso de substâncias químicas e as constantes polêmicas com seu ex-marido, o cantor Bobby Brown, com quem se casou em 1992 e se separoum em 2007.
Há três anos ela deu uma entrevista à apresentadora Oprah Winfrey e afirmou que sua mãe a salvou, obrigando-a a frequentar um programa de tratamento para viciados.
Em 2006, a cantora também admitiu enfrentar problemas financeiros.
Carreira premiada
Whitney Elizabeth Houston nasceu em Newark, em 9 de agosto de 1963.
Além de se destacar como cantora de r&b e soul, ela também atou no cinema e fez carreira como modelo. Mas foi na música que a artista ganhou fama e bateu recordes - ela venceu 415 prêmios ao longo da vida.
Houston era prima de Dionne Warwick e tinha Aretha Franklin como madrinha.
Aos 11 anos, quando começou a atuar ao lado de sua mãe Cissy em casas noturnas na cidade de Nova York, ela foi descoberta por Clive Davis, empresário da Arista Records.
Seu álbum de estreia, "Whitney", foi lançado em 1985 e se tornou o álbum de estreia mais vendido por uma artista feminina, com 25 milhões de cópias ao redor do mundo graças aos sucessos "Saving all my love for you" e "How will I know".
Nos cinemas, seu primeiro papel foi no filme "O Guarda-costas" (1992), em que dividia cena com Kevin Costner e cantava na trilha sonora. É do longa a música "I will always love you", seu maior sucesso e cover de Dolly Parton.
Houston em diversas fases da carreira
Com seu estilo inspirado no canto gospel, a cantora inspirou uma geração de cantoras, de Mariah Carey a Christina Aguilera.
Porém, no auge do sucesso, ela se tornou notícia por suas polêmicas fora do palco, o que incluia comportamentos estranhos em público.
Por diversas vezes ela confessou ser viciada em cocaína, maconha e medicamentos controlados.
Segundo a cantora, com o passar dos anos isso a fez perder seu timbre de voz, que não alcançava mais as altas .
A primeira vez que seus problemas se tornaram públicas foi em 1991, quando ela foi vaiada ao cantar o hino nacional durante o Super Bowl, a grande final do futebol americano.
O jornal "The New York Times" descreveu Whitney Houston como "uma das melhores vozes gospel de sua geração".
Segundo a publicação, "ela evitava os maneirismos típicos do gênero e usava frases evangélicas com moderação.
Não economizava voz e passava força e auto-confiança, criando baladas pop majestosas".
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