A presidente Dilma Rousseff garantiu nesta sexta-feira, em Caracas, que a declaração de amor do ministro do Trabalho, Carlos Lupi, não interferirá na decisão sobre sua permanência no governo, que será adotada na próxima semana.
"Tenho 63 anos, uma filha de 34 e um neto de um ano e dois meses. Não sou propriamente uma adolescente e diria também que não sou uma romântica. Acho que a vida ensina a gente, e acho que a gente tem que respeitar as pessoas, mas minhas análises são muito objetivas", disse Dilma aos jornalistas.
"Qualquer situação referente ao Brasil podem estar certos de que resolverei a partir de segunda-feira", revelou a presidente sobre Carlos Lupi, do PDT, que pode se tornar o sexto ministro a sair do governo por denúncias de corrupção.
Ao se desculpar com a presidente por ter dito que só sairia do governo "à bala", Lupi destacou que não foi sua intenção ser agressivo e concluiu: "Dilma, eu te amo".
Nesta quinta-feira, em Brasília, a Comissão de Ética Pública da Presidência recomendou a demissão do ministro do Trabalho, no cargo desde 2007.
Desde junho passado, Dilma Rousseff já perdeu cinco ministros - Casa Civil, Transportes, Agricultura, Turismo e Esportes - por denúncias de corrupção, desvio de dinheiro público e outras supostas irregularidades, a partir de denúncias publicadas na imprensa.
Dilma Rousseff está en Caracas para participar da cúpula de fundação da Comunidade dos Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac), iniciada nesta sexta-feira com a participação de 30 mandatários da região.
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