terça-feira, 26 de junho de 2012

Arena das Dunas pretende mostrar avanços a Valcke

Projeto: Estádio ARENA DAS DUNAS  NATAL/RN

O estádio Arena das Dunas que foi ponto de uma polêmica entre as autoridade potiguares com secretário-geral da Fifa, Jérôme Valcke, certamente será um dos temas mais abordados com o dirigente, que amanhã chega a Natal acompanhado dos campeões mundias Bebeto e Ronaldo, hoje membros Comitê Organizador Local (LOC) da Copa de 2014. Para comprovar que o contratempo com Valke foi provocado por um mal-entendido em relação ao cronograma do projeto natalense para o Mundial, o governo do RN destaca que a arena atingiu 25,23% do seu projeto total e que deve chegar a dezembro com metade da construção concluída. Logo não se explicaria maiores preocupações da entidade promotora do evento.


A nova fase da construção do estádio, a instalação dos pré-moldados, foi iniciada 45 dias antes do que estava previsto no cronograma. De acordo com o titular da Secopa RN, Demétrio Torres, durante uma obra desse tipo, é importante procurar sempre antecipar etapas, para ganhar tempo caso haja algum imprevisto.

Com o avanço da etapa de implantação da superestrutura do estádio (construção a cima do solo), todo o processo ganhará um novo ritmo de trabalho. Com o aumento do ritmo de trabalho surge a necessidade da realização de novas contratações. A previsão é que no pico da construção, entre os meses de novembro e dezembro cerca de 1200 trabalhadores estejam dentro do canteiro de obras divididos em três turno. No momento, já foram gerados 800 empregos diretos. A Arena das Dunas será entregue em dezembro de 2013.

MODELO

As 12 arenas da Copa do Mundo realizada no Brasil terão certificação ambiental e esse modelo, voluntariamente adotado pelo país, será adotado pela entidade internacional do futebol como critério para a construção dos estádios dos Mundiais de 2018 e 2022, na Rússia e no Catar.

As informações foram reforçadas durante a Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20. No evento, FIFA e Comitê Organizador Local (COL) detalharam sua estratégia para a realização do megaevento esportivo de forma sustentável. O secretário executivo do Ministério do Esporte, Luis Fernandes, foi um dos convidados.

Fernandes explicou que uma das exigências do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para conceder o financiamento de até R$ 400 milhões por arena foi que elas buscassem certificação ambiental. Aproveitamento da água para abastecer reservatórios e irrigar gramados, reutilização do entulho de demolição em outros empreendimentos, maior eficiência energética. São muitas as ações adotadas nas 12 cidades-sede.

"Foi uma inovação muito importante. A dimensão da sustentabilidade foi incorporada explicitamente como condição para concessão dos empréstimos pelo BNDES. Isso nem era uma exigência para o processo de organização da Copa no Brasil. Foi uma iniciativa tomada pelo governo brasileiro e pela direção do BNDES, o que nos permitiu incorporar dimensões muito mais amplas de sustentabilidade no projeto e na execução das obras dos estádios", afirmou Luis Fernandes.

"A Copa do Mundo da FIFA 2014 será lembrada não só como um fantástico torneio de futebol, mas pelo seu legado ambiental e social duradouro. Isso exige a participação de todas as partes envolvidas, desde o torcedor até as construtoras. Como país-sede e líder global no desenvolvimento sustentável, o Brasil e seu governo estão sendo importantes para a FIFA e para o COL na modelagem dessa estratégia de sustentabilidade", disse o diretor de responsabilidade social corporativa da FIFA, Federico Addiechi.

Tribuna do Norte

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