sexta-feira, 1 de junho de 2012

Presidente da CPI minimiza agressões contra Demóstenes e nega "teatro"


CPI do Cachoeira



Camila Campanerut
Do UOL, em Brasília

Depois das agressões verbais do deputado federal Silvio Costa (PTB-PE) contra o senador Demóstenes Torres (sem partido, ex-DEM-GO), que é investigado pelas relações com o bicheiro Carlos Cachoeira, o presidente da CPI Mista do Cachoeira, senador Vital do Rêgo (PMDB-PB), justificou que o encerramento da sessão onde o senador goiano deveria prestar esclarecimentos se deu pelo fato de ele informar que não responderia as perguntas, e não pelo clima quente entre os parlamentares.

"Redescobri Deus. Se cheguei até aqui, é porque readquiri a fé", afirmou o senador Demóstenes Torres (sem partido-GO), durante depoimento ao Conselho de Ética do Senado, em 29 de maio. Pedro França/Agência Senado
“A liberação foi um ato corriqueiro da comissão, aqueles que não falam são imediatamente liberados. No caso do senador Demóstenes, houve apenas a palavra de alguns líderes e a altercação de algumas falas”, argumentou Vital do Rêgo.

Questionado se a liberação não atrasaria os trabalhos da comissão, Vital do Rêgo nega. “Atendi uma questão de ordem do senador Pedro Taques para cumprir o que vinha sendo tomado com os outros depoimentos.

[As falas] Já estava tomando outros rumos que não são constitucionais nem republicanos”, avaliou Vital do Rêgo disse que não chegou a ser cobrado pessoalmente pelos seus pares sobre sua ausência na reunião de ontem (30) quando convocaram os governadores do Agnelo Queiroz (PT-DF) e Marconi Perillo (PSDB-GO) para depor nos dias 12 e 13 de junho. O presidente da CPI voltou a negar que haja blindagem aos suspeitos de envolvimento com a quadrilha como forma de se atrasar o andamento da comissão.

“O teatro de todo dia tem os seus atos feitos e que, de teatro, não tem nada. Tem os seus atos consolidados. Temos 300 requerimentos votados, governadores que se dizia que havia blindagem para convocar, foram convocados.
Temos transferência de sigilos feitos, são mais de 70 e informações do Coaf disponibilizados”, rebateu.

O senador peemedebista ainda informou que Demóstenes Torres, assim como os outros investigados pela CPI, deverão ser novamente chamados durante os seis meses de trabalho da comissão.

Segundo Vital do Rêgo, na próxima reunião administrativa da comissão, ainda sem data marcada, o pedido de quebra de sigilo de Perillo poderá ser analisado pelos integrantes da CPI.
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