quarta-feira, 27 de junho de 2012

Governo corta juros de longo prazo e injeta R$ 8,4 bi para estimular economia


Veja os principais destaques sobre a situação nos
Estados Unidos e na Europa e entenda as
consequências para o Brasil


Do UOL, em São Paulo

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, anunciou nesta quarta-feira (27) novas medidas de incentivo à economia. Desta vez, o foco são investimentos --"a mola mestre" do crescimento, segundo Mantega. As medidas incluem um conjunto de compras do governo no valor total de R$ 8,4 bilhões, além da redução da taxa de juros de longo prazo (TJLP), inclusive para empréstimos já contratados.

Entre as compras anunciadas estão caminhões, ônibus, tratores e equipamentos militares. Só para ter um exemplo do peso das compras do governo, apenas em relação aos caminhões representa 8,4% da produção da indústria do setor no 2º semestre

Redução das taxas de juros cobrados pelo BNDES

O governo também anunciou a redução das taxas de juros cobrados pelo BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), inclusive para empréstimos já contratados. A Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP) cai de 6% para 5,5%. O objetivo, segundo Mantega, é baratear os custos de investimentos no Brasil.

"A crise europeia continua piorando e está deprimindo o crescimento da economia mundial. O crescimento do PIB mundial será de 3%, em 2012. Em função deste cenário, temos que continuar com medidas de estímulo", afirmou Mantega. Mais tarde, ele afirmou que a população brasileira só está conhecendo a crise internacional por meio de notícias de jornais.

Materiais hospitalares também terão vantagens

O governo também pretende dar preferência, em suas compras, à indústria nacional na área de equipamentos e materiais hospitalares, ainda que os produtos sejam mais caros que os importados. Isso representa um potencial de compra de R$ 2 milhões já no segundo semestre deste ano, segundo Mantega.

O desempenho da economia brasileira neste ano preocupa o governo, abalado sobretudo pela crise internacional, e já anunciou uma série de medidas de estímulos. Para o mercado, o Produto Interno Bruto (PIB) crescerá apenas 2,18% neste ano, abaixo até mesmo do desempenho ruim de 2011, quando houve expansão de apenas 2,7%.

Câmbio e taxa de juros

O ministro Mantega comemorou ainda durante a cerimônia a desvalorização do real frente ao dólar.

"Os custos em dólar estão caindo. A produção brasileira se torna mais barata e mais comepetitiva. Estamos exportando mais e importando menos. A queda dos juros e o câmbio desvalorizado vão continuar", afirmou.

(Com informações da Reuters)



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