quinta-feira, 8 de setembro de 2011
Banco Central prevê queda da inflação para 4,5% em 2012
Para justificar sua decisão de reduzir o juro na semana passada, O Banco Central informou nessa quinta-feira que sua expectativa é de queda para a inflação. Segundo a ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) divulgada hoje, a tendência de alta da inflação termina neste trimestre. A partir do quarto trimestre, aponta o documento, o cenário é de queda dos preços. A inflação passa então a convergir para o centro da meta e deve encerrar 2012 dentro do estabelecido, em 4,5%. O BC destaca a piora do cenário externo - com redução de demanda - e a nova política do governo de corte do gasto público como fatores que vão contribuir para a queda dos preços.
"O Copom, de forma unânime, reconhece que o ambiente macroeconômico se alterou substancialmente desde sua última reunião, de modo a justificar uma reavaliação, e, eventualmente, reversão, do recente processo de elevação da taxa básica. Entretanto, dois membros do comitê avaliam que o momento atual ainda não oferece todas as condições necessárias a que esse movimento tenha início imediatamente", informou a ata. Na semana passada, o Copom surpreendeu o mercado financeiro ao reduzir a taxa Selic de 12,50% para 12,00% ao ano a taxa Selic. A decisão não foi unânime. Cinco integrantes do Copom votaram a favor da redução e outros dois pela manutenção da Selic.
O BC reconhece que a demanda doméstica ainda se apresenta robusta, em grande parte devido ao crescimento da renda e a expansão do crédito. Entretanto, avalia que o cenário é de contenção das despesas do setor público, ações macroprudenciais para reduzir a procura por créditoaliada a uma demanda menor no cenário internacional. A conjunção desses fatores, segundo o BC, reduzirá a demanda, contribuindo para a queda da inflação.
Em relação aos cortes de gastos públicos, a ata veio em linha com o discurso do ministro da Fazenda, Guido Mantega, destacando que está em curso um processo de consolidação fiscal no Brasil. Sem citar medidas específicas, o BC fala em "revisão" do cenário para a política fiscal, o que reduz os riscos para inflação. Antes da reunião do Copom, o ministro Mantega anunciou um aumento de R$ 10 bilhões do superávit das contas do setor público em 2011. Esse aumento do superávit, no entanto, será garantido pela elevação da arrecadação.
* Fonte: Estadão
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