O comando da Polícia Civil na região Oeste do Rio Grande do Norte passará por mudanças nos próximos dias. O delegado Odilon Teodósio, que até então respondia pela Delegacia de Narcóticos (Denarc) de Natal, assume agora a diretoria da Divisão de Polícia do Oeste (Divipoe), sediada em Mossoró, que é responsável pelo gerenciamento da Civil na região. O delegado chega com a promessa intensificar as ações da Polícia Judiciária, que enfrenta grandes dificuldades devido ao reduzido efetivo e à falta de estrutura. O delegado Renato Batista, antigo diretor, deixa o cargo, após sete anos.
Adriano Abreu
Delegado Odilon TeodósioOdilon Teodósio assumirá sua nova função nos próximos dias, mas já sabe as dificuldades que vai encontrar para fazer funcionar o serviço de investigação no interior do RN. "Não existe mais isso de trabalhar com informante. A Polícia Civil tem que ter estrutura, tem que ter um Serviço de Inteligência", disparou o novo diretor da Divisão de Polícia do Oeste, que pretende trazer consigo policiais experientes que o acompanham em Natal. "Não dá para trazer muita gente, porque em Natal também é escasso, mas vou levar policiais experientes para me ajudar", acrescentou.
O delegado mostra-se insatisfeito com a expectativa que tem sido gerada sobre sua vinda a Mossoró, cidade que enfrenta graves problemas na área da segurança, com altos índices de homicídio e outros crimes como assaltos e tráfico. "Eu chego para somar. Não adianta dizer que vou resolver todos os problemas da região Oeste. Vamos tentar unir as forças e fazer o que for possível para melhorar", adiantou.
A ideia de Odilon é conseguir criar em Mossoró uma unidade de Inteligência, assim como existe em Natal. "Se conseguirmos fazer isso, já seria um grande avanço", frisa.
Com isso, o delegado afirma que pretende fazer um mapeamento dos principais problemas da cidade e, a partir de então, organizar atividades para combater esses problemas, de acordo com suas prioridades.
Já o delegado Renato Batista, que deixa o cargo de diretor da Divipoe, afirma que sua saída foi previamente acordada com o delegado-geral da Polícia Civil do RN, Fábio Rogério. Ele sai da Divipoe, mas continua à frente da I DP e da Delegacia de Upanema.
Para ele, o ideal é que não lhe fosse dada nenhuma nova atribuição. Se ficar somente com a I DP, Renato Batista diz ter mais condições de elucidar crimes de homicídio, principal problema enfrentado hoje na cidade. "Se eu ficar só na Primeira, daria atenção só a ela. O ideal é que fique somente com a I DP, que é onde pretendo continuar", complementou Batista.
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