Maurício Savarese
Do UOL Notícias
Em Brasília
Da esquerda para a direita.: as ministras Gleisi Hoffmann (Casa Civil) e Ideli Salvatti (Relações Institucionais); Marco Maia, presidente da Câmara dos Deputados; a ministra dos Direitos Humanos, Maria do Rosário; e Alexandre Tombini, do Banco Central
A reformulação ministerial feita pela presidente Dilma Rousseff nesta semana ampliou não apenas o espaço das mulheres no governo federal, mas serviu também para aplacar as críticas antigas de que grande parte do ministério era composta de paulistas, como nas gestões de Fernando Henrique Cardoso e Luiz Inácio Lula da Silva. Mineira que fez carreira no Rio Grande do Sul, Dilma reforçou a presença dos Estados do Sul com suas novas indicações.
No lugar de seu principal assessor no governo –o paulista Antonio Palocci deixou a Casa Civil após denúncias de enriquecimento vertiginoso nos últimos anos–, a presidente colocou em seu lugar a senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR), ex-diretora de Itaipu. A curitibana, que acompanhará os principais programas do Brasil, é casada com o ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, que fez carreira política no Paraná. Os dois foram secretários municipais em Londrina, no norte do Estado.
Na coordenação política, Dilma trocou o fluminense Luiz Sérgio, que tem sua base de apoio partidário em São Paulo, por uma paulista que fez carreira política em Santa Catarina. Após semanas de críticas públicas de petistas e peemedebistas, Sérgio perdeu o cargo de ministro das Relações Institucionais para Ideli Salvatti, que ocupava a pouco prestigiosa pasta da Pesca. A ex-senadora desbancou o paulista líder do governo na Câmara, Cândido Vaccarezza.
Nas presidências da Câmara dos Deputados e do Banco Central há dois gaúchos: Marco Maia e Alexandre Tombini, respectivamente. Outro nascido no Rio Grande do Sul é o ministro da Defesa, Nelson Jobim, que chegou a balançar no cargo, mas foi mantido.
O principal programa do governo Dilma é conduzido pela ministra Tereza Campello, do Desenvolvimento Social. O “Brasil sem Miséria” foi confeccionado por essa paulista de Descalvado que fez carreira no Rio Grande do Sul, tanto nas prefeituras de Raul Pont e Tarso Genro como nas gestões municipal e estadual lideradas por Olívio Dutra.
Outra gaúcha no governo é a ministra dos Direitos Humanos, Maria do Rosário, eleita para o terceiro mandato consecutivo de deputada federal pelo Estado e primeira mulher a ocupar a pasta.
*UOL Notícias Política
Nenhum comentário:
Postar um comentário