DE SÃO PAULO
As polícias Civil e Militar prenderam na madrugada deste domingo 15 pessoas, incluindo dois soldados da PM, suspeitos de planejar um arrastão a um prédio na rua Pedro Pomponazzi, na Vila Mariana, zona sul de São Paulo.
Treze suspeitos foram presos por volta da 1h em uma casa na rua Cora, no Ipiranga (zona sul), por policiais do Deic (Departamento de Investigações sobre o Crime Organizado). Segundo a polícia, o grupo sairia dali para invadir o prédio às 3h.
Na casa, foram apreendidos celulares, coletes, armas e algemas que seriam usadas para imobilizar as vítimas.
Divulgação/Polícia Civil
Armas utilizadas pela quadrilha que planejava arrastão na Vila Mariana, na zona sul de São Paulo
Os dois soldados --do 45º Batalhão (Mooca) e 12º Batalhão (Vila Mariana)-- foram presos entre sexta-feira (6) e hoje. A suspeita do Deic é de que eles avisavam a quadrilha caso a polícia se aproximasse dos locais assaltados. A Corregedoria da PM ainda investiga o envolvimento de outros policiais.
Segundo o delegado Nelson Silveira Guimarães, diretor do Deic, o grupo provavelmente foi o responsável pelo arrastão a um prédio de classe média alta no Paraíso, no último dia 3.
Na ocasião, um ladrão se vestiu de carteiro para entrar no edifício e render o porteiro. Cerca de 20 moradores foram agredidos, entre eles um juiz do Tribunal de Justiça Militar e seu segurança, um sargento do Exército.
O bando preso hoje é suspeito ainda de comandar roubos contra feirantes orientais na capital paulista.
A polícia também investiga se esse mesmo grupo tem envolvimento com a morte de um PM durante um ataque a caixas eletrônicos em Santo André (ABC Paulista), em julho do ano passado.
Na ocasião, os policiais foram recebidos a tiros pelos ladrões. Um dos policiais foi atingido e morreu e outros três ficaram feridos.
Os suspeitos presos hoje não quiseram falar em depoimento à polícia. Os advogados deles não foram localizados pela reportagem.
OUTRO PM
Na quinta-feira, outro policial militar, Rafael Carlos Rebollo Ragate, 35, foi preso sob suspeita de colaborar com um grupo de assaltantes de casas na zona oeste. Entre os alvos estavam os bairros dos Jardins, Butantã e Morumbi.
As investigações apontam que ele fornecia informações privilegiadas sobre o patrulhamento da PM nos bairros para ajudar a quadrilha.
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Folha.com
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