Os representantes do Sindicato dos Agentes Penitenciários do Rio Grande do Norte vão participar de uma audiência pública na Assembleia Legislativa para discutir a situação do sistema carcerário do Estado. O encontro será nesta segunda-feira, 19, às 9h30, e teve proposição do deputado Ricardo Motta, presidente da AL.
De acordo com a presidenta do Sindasp-RN, Vilma Marinho, a categoria cobra melhores condições de trabalho. "A superlotação está aí e o número de agentes está insuficiente. Por isso, nós queremos focar nas condições de trabalho", ressalta. O Rio Grande Norte tem cerca de 5,5 mil homens presos em espaços projetados para comportar no máximo 3,5 mil presos.
Um exemplo de superlotação é a Cadeia Pública Manoel Onofre, que foi projetada para comportar 142 presos e está com 176, ou, ainda, a carceragem da Delegacia Especializada em Furtos e Roubos, que foi transformada em Centro de Detenção Provisória para comportar 60 no máximo e está atualmente com 76.
Além disso, os agentes pedem a legalização dos Centros de Detenção Provisória. "Não adianta só mudar o nome de delegacia para CDP. É preciso reformar esses presos para que eles tenham condições de receber os presos", afirma Vilma Marinho.
Atualmente, o sistema carcerário do Rio Grande do Norte tem 38 unidades, que abrigam cerca de seis mil detentos. "Temos um grande projeto em andamento no Estado que é a Copa. A segurança está se mobilizando, então, temos que nos preparar também".
Audiência pública será no Auditório Robinson Faria, na Assembleia Legislativa. O secretário estadual de Justiça e Cidadania, Thiago Cortez, deverá participar do debate.
*Jornal de Fato
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