Rafhael Borges
Especial para o UOL Notícias
Em Goiânia
Corpos em caixões metálicos são deixados ao ar livre no IML em Goiânia e causam mau cheiro
A necropsia de corpos no Instituto Médico Legal (IML) de Goiânia, que está em reforma desde 2009, está sendo feita no pátio do instituto, a céu aberto. Na tarde desta terça-feira (19) eram 12 cadáveres expostos ao sol dentro de cubas (gavetas de plástico), algumas até sem tampas.
Segundo Ana Lira, auxiliar técnica do IML, o cheiro é insuportável. “Seria necessária uma sala fechada, com condições adequadas para o armazenamento desses corpos, mas desde quando a sala foi demolida em 2009, não temos espaço”, afirma. A funcionária contou ainda que os familiares são levados ao pátio para o reconhecimento dos corpos, sem o mínimo cuidado com higiene. Além da falta de lugar adequado, há geladeiras estragadas no órgão.
Não há vizinhos próximos ao local, que fica em uma região de delegacias, e anexo ao Instituto de Criminalística.
A superintendente da Polícia Técnico-científica de Goiás, Rejane Senna Barcelos, afirma que após a necropsia, os corpos são colocados no interior do IML imediatamente, e nega a denúncia de superlotação e problema de infraestrutura. A responsável, entretanto, assume que a capacidade de análise dos corpos é reduzida.
“Esses corpos, já em estado de decomposição, não têm mais condições de irem para a geladeira. Para amenizar um pouco esta condição, desocupamos uma sala da parte administrativa para colocar as cubas”, afirmou Senna. No começo da noite de hoje, os 12 compartimentos que estavam no pátio foram empilhados nesta sala.
A Secretaria de Segurança Pública informou que a obra no IML continua, mas que vai tentar tomar as providências possíveis para amenizar a situação. Não foram divulgados mais detalhes, nem previsão de solução definitiva.
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