Valéria Sinésio
Especial para o UOL Notícias
Em João Pessoa
O policial militar identificado como Rafael Paz de Siqueira Andrade, 26, foi preso na tarde desta quinta-feira (14), em João Pessoa (PB) durante a operação Playboy, deflagrada ontem na capital paraibana. O policial, segundo informações do Grupo de Operações Especiais (GOE), é acusado de ser um dos chefes do esquema de clonagem de cartões nos Estados da Paraíba e Pernambuco. O grupo ‘tomava banho’ com uísque e acendia cigarros com notas de R$ 50, segundo informações da polícia.
O soldado pertencia ao 1° Batalhão da Polícia Militar e foi preso quando chegou ao local. Ontem, após três meses de investigações, foram presos André Cruz Sousa Leão, 31, Gustavo Henrique Feijó Pessoa, 32, José Nilson Dantas Júnior, 29, Felipe Brito Germóclio, 32, e José Nilson Dantas, 52 (pai de José Nilson). Todos pertencentes à classe alta. Eles vão responder pelos crimes de estelionato, receptação, roubo e formação de quadrilha.
Uma casa na praia do Poço, no município de Cabedelo, era utilizada frequentemente pelo grupo para as festas de comemorações dos golpes e reuniões, nas quais combinavam os crimes. Nos últimos 20 dias, em compras realizadas com cartões de crédito clonados, o prejuízo superou R$ 1 milhão. Os integrantes da quadrilha ostentavam luxo com roupas de marca e aparelhos eletrônicos de última geração, além de frequentar bons restaurantes. Os golpes eram aplicados em lojas de João Pessoa e Recife.
O grupo era bem articulado, segundo a polícia, e possuía máquinas que aumentavam os limites dos cartões. A polícia continua investigando a possível conivência de donos ou funcionários de estabelecimentos nos quais foram realizadas compras pela quadrilha.
“Sabemos que eles aumentaram os limites através de um pequeno aparelho instalado nas maquinetas dos estabelecimentos comerciais”, declarou o delegado do GOE, Jean Francisco Nunes.
A polícia apreendeu centenas de cartões de crédito, sete motocicletas, um quadriciclo, aparelhos eletrônicos como ar-condicionado e TVs, e dois veículos, um i30 da Hyndai e uma L200, da Mitsubishi.
A operação contou com o apoio da Polícia Rodoviária Federal (PRF) e do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público Estadual. As investigações tiveram início após o recebimento de denúncias anônimas.
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