segunda-feira, 22 de julho de 2013

Multidão cerca o carro do Papa Francisco durante passagem pelo Centro do Rio

Pontífice acenou para a população que retribuiu tirando fotografias
Avião trazendo o papa chegou à cidade por volta das 15h45m


Confusão na chegada do Papa ao Rio, na Avenida Presidente Vargas a comitiva ficou retida e a população chegou junto ao carro Stefano Sales / Agência O Globo

RIO - As ruas do Centro do Rio foram tomadas por peregrinos à espera da passagem do Papa Francisco, na tarde desta segunda-feira. Ele chegou à Base Aérea do Galeão, na Ilha do Governador, por volta das 15h45m e, assim que saiu do local, num carro prata, era aguardado por centenas de fiéis. Na Avenida Presidente Vargas, ele abriu o vidro do veículo para cumprimentar a população, que retribuiu acenando e tirando fotografias. Na altura da Avenida Passos, uma retenção no trânsito, em direção à Candelária, obrigou a comitiva a reduzir a marcha. Uma mulher conseguiu aproximar um bebê do carro e o papa abençoou a criança. Pelo menos um peregrino conseguiu entregar um papel a Francisco.

Em entrevista à GloboNews, o secretário Municipal de Transportes, Carlos Roberto Osorio, admitiu que a comitiva do Papa errou o trajeto na Avenida Presidente Vargas. Ele tomou a pista da direita, que estava fechada, quando deveria ter seguido pela pista central. No entanto, de acordo com informações do Centro de Operações Rio (COR), a rota inicial do Papa, do Aeroporto do Galeão para o Centro do Rio, não era conhecida por questões de segurança. Esse, de acordo com o COR, seria o motivo do caos provocado no trânsito, na Avenida Presidente Vargas. Ainda de acordo com o centro, o caminho começou a ser monitorado no momento em que o Pontífice deixou o Galeão em direção ao Centro.

O COR ressaltou ainda que o fato de o Papa ter seguido com as janelas abertas teria contribuído para piorar o tráfego, pois o carro acabou cercado por fiéis, que chegaram a fechar a Avenida Presidente Vargas na altura da Rua Uruguaiana.

A Secretaria Extraordinária de Segurança para os Grandes Eventos (Sesge), do Ministério da Justiça, admitiu que houve uma situação atípica na passagem do Papa pelo Centro, e informou que a área de operação está sendo consultada para saber se houve falhas e erros no planejamento. Procurada, a Polícia Federal informou que ainda esta avaliando o que ocorreu.

Fiéis chegaram cedo ao Centro para esperar Francisco

Ao chegar à Catedral do Rio, Papa Francisco desembarcou do carro particular e entrou no papamóvel, para percorrer mais ruas do Centro, antes de seguir para o encontro com autoridades no Palácio Guanabara.

Desde o início da tarde, uma multidão já estava concentrada nas calçadas e sobre uma passarela da Avenida Chile. Voluntários faziam um cordão de isolamento na rua, para permitir a circulação de veículos. Havia muitas pessoas vestindo camisetas com o slogan da Jornada Mundial da Juventude, outras carregavam bandeiras do Brasil.

Na Avenida Rio Branco, uma multidão estava aglomerada nas escadarias da Biblioteca Nacional e do Teatro Municipal. Havia pouco policiamento e o cordão de isolamento também era feito por voluntários. O clima era tranquilo, mas de expectativa.

Muitos trabalhadores saíram mais cedo e ficaram no Centro para ver o Papa Francisco, misturando-se com os jovens peregrinos. O funcionário público Alberto Vieira Santos era um deles.

— Eu e toda a minha família somos católicos praticantes. É a segunda vez que verei um Papa no Brasil. Já vi o João Paulo II passar no Aterro — relembra Santos. — Achei muito bom ele passar para ver o povo antes de se encontrar com as autoridades. Já que pude sair mais cedo, vou ficar por aqui até o Papa passar.

Desde as 10h desta segunda-feira, os ônibus fretados - que chegam com fiéis ao Rio - estão autorizados a entrar na cidade. A chegada à Avenida Brasil pela Washington Luiz tem trânsito livre. Já a Rodovia Presidente Dutra apresenta trechos de congestionamentos nas pistas sentido Rio.

O GLOBO

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