sábado, 27 de julho de 2013

Operadoras descumprem meta para internet móvel

Brasília (AE) - A maioria das empresas de telecomunicações ainda não cumpre as metas de qualidade para internet móvel estabelecidas pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). A meta traçada para a taxa de acesso à rede de dados era de 98%, mas as companhias atingiram 96,71%. Os dados foram apresentados pela agência reguladora ontem.

Alex Régis
Indicador mede a quantidade de vezes que o usuário consegue entrar na internet pelo celular

O indicador mostra a quantidade de vezes que o usuário consegue entrar na internet por meio do celular. Em abril, somente a Claro cumpriu a meta da taxa de acesso à rede, com 98,94%. A Vivo atingiu 96,10%; a TIM, 95,98%; e a Oi, 95,45%.

Na divisão de acesso por tecnologia, todas as companhias atingiram o objetivo na rede 3G, de 98%. O principal problema no acesso à internet móvel está nas conexões 2G, em que somente a Claro atingiu a meta de 98%, com porcentual de 98,96%. Já a TIM chegou a 95,81%; Vivo, 95,71%; e Oi, 95,41%.

“A rede de dados precisa alcançar os níveis de qualidade que a Anatel impôs. Houve uma melhora, mas é preciso avançar ainda mais”, afirmou o presidente da Anatel, João Rezende. “As empresas precisam investir mais para atingir esses objetivos.”

As metas traçadas pela Anatel para outros três indicadores de acesso à voz e dados foram cumpridas pelas companhias. O indicador de taxa de acesso à rede de voz, que tinha meta de 95%, atingiu 96,45% em abril. O indicador de taxa de queda na rede de voz, cuja meta era de, no máximo, 2%, chegou a 0,86%. E o indicador de taxa de queda na rede de dados, cuja meta era de, no máximo, 5%, ficou em 1,57%.

Melhorias

Um ano após a medida cautelar que suspendeu as vendas de TIM, Claro e Vivo por 11 dias, o presidente da Anatel avalia que os serviços de telecomunicações melhoraram. Apesar disso, a quantidade de usuários que fazem reclamações no call center do órgão regulador cresceu no período. De janeiro a junho, a média mensal de ligações chegou a 660 mil, ante 518 mil no primeiro semestre do ano passado. Segundo a Anatel, 40% dos contatos são reclamações.

Para o superintende de Controle de Obrigações da Anatel, Roberto Pinto Martins, o aumento na quantidade de reclamações no call center não significa que o serviço prestado pelas empresas de telecomunicação piorou ou não melhorou. “As pessoas podem ter se sentido mais dispostas a procurar a Anatel para reclamar”, observou.

Rodrigo Zerbone, conselheiro da Anatel, afirmou que houve uma reversão na curva de queda da qualidade dos serviços.

AE/TRIBUNA DO NORTE/ARF

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