Corte acontece um dia após a divulgação do desempenho das universidades
O Ministério da Educação (MEC) anunciou na edição desta sexta-feira do Diário Oficial da União a eliminação de 514 vagas em 16 cursos superiores de medicina. A medica acontece um dia após o anúncio do ministro Fernando Haddad de que 50.000 vagas do ensino superior poderiam ser eliminadas até o fim do ano. Serão alvo do MEC, universidades, faculdades e centros universitários com desempenho insatisfatório no Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade).
Das 16 instituições afetas pela decisão desta sexta-feira, nove estão no estado de Minas Gerais e duas, em Rondônia. As demais estão espalhadas por São Paulo, Rio de Janeiro, Maranhão, Mato Grosso e Tocantins. Confira a relação completa:
Universidade José do Rosário Vellano (Unifenas) – MG
Universidade do Oeste Paulista (Unoeste) – SP
Universidade Iguaçu (Unig) – RJ
Faculdade São Lucas (FSL) – RO
Instituto Metropolitano de Ensino Superior (Imes) – MG
Centro Universitário do Maranhã (Uniceuma) – MA
Faculdades Integradas Aparício Carvalho (Fimca) – RO
Universidade de Cuiabá (Unic) – MT
Faculdade de Medicina de Itajubá (FMIT) – MG
Faculdade da Saúde e Ecologia Humana (FASEH) – MG
Universidade Presidente Antônio Carlos (Unipac) – MG
Universidade do Vale do Sapucaí (Univas) – MG
Faculdade Presidente Antônio Carlos (Fapac) – TO
Universidade do Rio Verde (Unincor) – MG
Universidade Presidente Antônio Carlos (Unipac) – MG
Na mesma edição do DOC, o MEC autoriza quatro instituições a oferecerem cursos de medicina, totalizando 320 novas vagas. São elas: Centro Universitário de Maringá (PR), Faculdade Santa Marcelina (SP), Faculdade de Ciências da Saúde de Barretos Dr. Paulo Prata (SP) e Universidade de Franca (SP).
Avaliação – Na quinta-feira, o MEC divulgou a avaliação geral das universidades , faculdades e centros universitários no Brasil. De acordo com o Índice Geral de Cursos (IGC), 683 instituições de ensino superior obtiveram desempenho considerado insuficiente, com conceitos 1 e 2. Assim como o CPC, o IGC varia de 1 a 5, sendo que a notas 1 e 2 são insatisfatórias. Das 2.176 instituições de ensino superior avaliadas, só 1,2% obteve conceito máximo . Isso significa que apenas 27 universidades, faculdades ou centro universitários receberam nota 5.
Os cursos oferecidos também foram avaliados. De acordo com o levantamento, existem 594 cursos cuja qualidade é considerada insuficiente no Brasil. Eles obtiveram um Conceito Preliminar de Curso (CPC) entre 1 e 2. O CPC leva em conta indicadores como a titulação dos professores e a nota dos alunos no Enade. Os conceitos 1 e 2 são considerados insatisfatórios; 3 é razoável e 4 e 5, bons. Neste ano, foram avaliados 4.113 cursos. Cerca de 85% obtiveram desempenho satisfatório (notas 3, 4 e 5). Somente 57 cursos, ou 1,1% do total, são considerados de excelência: nota 5.
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