Da redação com Diário do Nordeste
O emissor de cartão de crédito Nubank ameaça fechar as portas caso o Banco Central confirme, na terça-feira (20), a redução do prazo de pagamento das vendas aos lojistas, de 30 para 2 dias, nas compras realizadas com cartão de crédito em todo o Brasil. As informações são do portal Exame.com.
A cofundadora do Nubank, Cristina Junqueira, afirmou que a medida vai representar o fim do negócio, que apresenta um grande crescimento no País nos últimos anos. "Atualmente, um cliente que usa o cartão pagará a fatura, em média, 26 dias depois. Assim, o Nubank, como emissor, receberá o dinheiro apenas após este prazo. Com o dinheiro, pagamos o adquirente (operador do cartão), que leva mais dois ou três dias para pagar o varejista. Isso dá o prazo de 30 dias", explica Junqueira.
A intenção de mudar o prazo foi oficializada, na última quinta-feira (16), pelo presidente Michel Temer e pelo ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, durante lançamento do pacote para impulsionar a economia nacional. O governo acredita que o encurtamento vai favorecer o lojista e contribuir para a retomada da atividade.
Segundo Junqueira, o Nubank e outros emissores de cartões menores não têm a mesma capacidade de financiamento de gigantes como Itaú Unibanco, Bradesco e Santander, que seria necessário para sustentar o negócio.
Para a cofundadora do Nubank, o pagamento em 2 dias seria "apocalíptico". "Nós já fizemos algumas simulações. Com dois dias é apagar a luz e fechar a porta. Com 15 dias, a gente precisaria de quase R$ 1 bilhão de capital adicional do dia para a noite."
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