quarta-feira, 31 de julho de 2019

Copa Libertadores: Palmeiras vai às quartas após goleada sobre Godoy Cruz

Veja a cobertura com os melhores momentos, escalação, e estatísticas da partida entre Palmeiras x Godoy Cruz realizada em 30/07/2019
Da redação com VEJA
Um conteúdo de PLACAR
O Palmeiras se classificou para as quartas de final da Libertadores, nesta terça-feira, ao vencer o Godoy Cruz por 3 a 0, diante de sua torcida no Allianz Parque. Borja, Dudu, Scarpa e Veiga fizeram os gols para os donos da casa, decidindo a partida.

Trabalhadores dos Correios entram em greve hoje, (31)

Da redação
Com informações da Tribuna do Norte

Os trabalhadores dos Correios anunciaram que entrarão em greve a partir da noite desta quarta-feira, 31. Segundo a Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios e Telégrafos e Similares (Fentect), a categoria realiza na manhã desta terça-feira, 30, a última reunião prevista no calendário de negociação com os Correios, em Brasília. No Rio Grande do Norte, para hoje estão previstas duas assembleias, uma em Natal e outra em Mossoró, para avaliar o movimento nacional. 

Em comunicado oficial, o Sindicato dos Trabalhadores dos Correios no Rio Grande do Norte (Sintect-RN), anunciou que duas assembleias só ocorrerão no fim da tarde, após a reunião que acontece em Brasília, às 15h. O presidente do sindicato, José Edilson, disse à TRIBUNA DO NORTE que, apesar do anúncio de greve da executiva nacional, só após a reunião que a categoria no RN vai deliberar sobre a paralisação. "Não estamos pedindo aumento, estamos pedindo apenas a garantia do que já foi conquistado", resumiu José Edilson.

De acordo com Fischer Moreira, secretário de imprensa da Fentect a categoria protesta contra o baixo "reajuste salarial e contra a retirada de direitos históricos da categoria". Uma das alterações propostas pela empresa é a exclusão de pais como dependentes no plano de saúde dos funcionários e aumento na coparticipação do plano, que hoje está por volta de 30%. O reajuste salarial proposto é de 0,8%, valor considerado irrisório pela federação.

A greve foi anunciada ao presidente dos Correios, Floriano Peixoto, na última segunda, 29. Apesar do indicativo de paralisação, os trabalhadores não descartam novas negociações. "Ainda que tenha uma data marcada para greve, o comando continua a disposição de negociar. Entendemos o momento da empresa, mas é necessário também ver o lado do trabalhador", afirma Moreira.

Os Correios estão em meio a uma possibilidade de privatização, defendida pelo presidente Jair Bolsonaro. Os planos do governo, por enquanto, são de investir esforços na reforma da Previdência enquanto as privatizações ficariam para um segundo momento. Fischer Moreira alega que a base aliada do governo no Congresso Nacional, como a deputada Joice Hasselmann (PSL-SP), divulga informações sobre a empresa que "faltam com a verdade".

"Não necessariamente a privatização vai trazer preços mais acessíveis, inclusive para regiões periféricas, e a precarização de serviços vai ser ampliada. A gente sabe que existe esse fantasma da privatização e combate essa perspectiva", diz.

Os Correios afirmaram que "continuam em negociação com representações dos empregados", com mediação do Tribunal Superior do Trabalho, e que "não é oportuno tratar de greve neste momento".

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TRE-RN cassa diploma do deputado Sandro Pimentel, mas ele permanece no cargo

Condenação reprovou contas de campanha de Pimentel em 2018. Parlamentar vai recorrer ao e fica na Assembleia enquanto aguarda decisão do TSE.

Da redação com G1 RN
Com informações do TRE-RN
Tribunal de Contas do Estado do Rio Grande do Norte (TRE) determinou, por 5 votos a 2, a cassação do diploma do deputado estadual Sandro Pimentel (PSOL), em sessão realizada nesta terça-feira (30). Apesar da decisão, Pimentel ainda pode recorrer ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e manter suas atividades parlamentares enquanto o caso não estiver transitado em julgado.

Para a Justiça, o deputado realizou captação ilícita de recursos para a campanha. O julgamento envolveu a prestação de contas apresentada pelo deputado à Justiça Eleitoral após as eleições realizadas no ano passado. Sandro Pimentel era vereador de Natal e concorreu ao cargo de deputado estadual, alcançando 19.158 e se tornando o primeiro parlamentar do PSOL a assumir uma vaga na Assembleia Legislativa Estadual.

"Temos total convicção da falta de elementos que justifiquem esta condenação, ao mesmo tempo que respeitamos o processo legal. Inclusive abrimos o sigilo bancário de assessores e o meu próprio, deixando a disposição todos os dados que provam que não há ilegalidade nos recursos utilizados durante a campanha", afirmou o deputado, em nota. O parlamentar ainda garantiu que vai recorrer ao TSE.

Caso perca na última instância, o deputado não poderá seguir no cargo, porém os votos continuarão com a legenda e quem assumiria no lugar dele será o Professor Robério Paulino, também do PSOL.

O processo retornou à pauta na sessão plenária desta terça-feira (30) após o Presidente do TRE-RN, desembargador Glauber Rêgo, pedir vista na votação do dia 16 de julho, para melhor análise dos autos. Em conclusão, o voto-vista do desembargador seguiu parcialmente o entendimento do relator - na época, o juiz Francisco Glauber Pessoa Alves, sendo acompanhado por maioria da Corte Eleitoral, e ficando vencidos o Desembargador Cornélio Alves e o juiz Wlademir Capistrano, que votaram pela improcedência da representação.

A irregularidade identificada foi a realização de sete depósitos bancários entre os dias 10 de setembro e 01 de outubro de 2018 sem que fosse comprovada a origem dos recursos na campanha. Como demonstrou a análise, o valores irregulares representaram 78,22% do total arrecadado na campanha eleitoral. Esse fato, de acordo com a legislação, desfavorece a igualdade, transparência e lisura da disputa eleitoral.

Esqueleto de animal com mais de 7 metros é encontrado em praia do RN

Carcaça foi achada na praia de Muriú. Elevado estado de decomposição não permitiu definição da espécie, mas especialistas apontam que há semelhanças com baleia jubarte

Da redação
Com informações do G1 RN
O esqueleto de um animal com 7,66 metros de comprimento foi encontrado na praia de Muriú, no município de Ceará-Mirim, no início da tarde desta terça-feira (30).

Segundo o Projeto Cetáceos da Costa Branca, da Universidade Estadual do Rio Grande do Norte (UERN), não é possível definir a espécie do animal, nem a causa da morte devido ao "elevado estado de decomposição". Apesar disso, o projeto aponta que a carcaça encontrada apresenta semelhanças com uma baleia jubarte.

A carcaça foi visualizada por colaboradores do projeto dentro do mar. Ao chegarem no local, os biólogos e veterinários do projeto aguardaram o encalhe do animal na praia para em seguida fazer a avaliação, seguindo os protocolos internacionais sobre atendimento a cetáceos.

Materiais biológicos da carcaça foram coletados para análises detalhadas em laboratório. Após o encalhe e o recolhimento do material necessário, o animal foi enterrado em um terreno liberado pela Prefeitura de Ceará-Mirim.

Neste período do ano, é comum o aparecimento de baleias jubartes - de nome científico Megaptera novaeangliae - no litoral brasileiro. Os animais migram com o objetivo de se reproduzirem.

A baleia jubarte está entre as espécies ameaçadas de extinção na lista do Ministério do Meio Ambiente.

Recadastro para clientes de celular pré-pago começa nesta quarta, (31)

Clientes com pendências receberão mensagem por SMS

Da redação com Agência Brasil
Por Luciano Nascimento - repórter da Agência Brasil - Brasília
Começa, nesta quarta-feira (31), o recadastramento dos clientes de serviços de telefonia celular pré-paga em 10 estados. A atualização é obrigatória para quem possui pendências cadastrais. Os clientes com algum tipo de pendência receberão uma mensagem (SMS), informando que precisam fazer um novo cadastro. Quem não fizer o recadastramento no prazo estipulado pela operadora terá a linha bloqueada enquanto o cadastro não for atualizado.

O recadastramento será aplicado aos clientes dos estados do Acre, Distrito Federal, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná, Rondônia, Tocantins e Santa Catarina.

Para atualizar os dados, o consumidor que receber a mensagem de aviso deverá entrar em contato com a central de atendimento telefônico da sua operadora e estar preparado para informar nome completo, número de CPF (no caso de pessoa física) e o endereço completo com CEP.

Esta e a segunda etapa do recadastramento que começou em abril na região do DDD 62, em Goiás. Agora, o recadastramento está sendo estendido para todos os municípios goianos e para outros nove Estados. Em 2 de setembro, o recadastramento será ampliado para todo o Brasil.

De acordo com o Sindicato Nacional das Empresas de Telefonia e de Serviço Móvel de Celular e Pessoal (Sinditelebrasil), o objetivo do recadastramento é dar mais segurança e transparência para os usuários e a sociedade. "A iniciativa atende ao que foi determinado pela Lei 10.703/2003 e pela resolução 477/2007, da Anatel, para que as operadoras mantenham o cadastro atualizado de seus clientes na modalidade pré-paga", informou o sindicato.

Após a fase de recadastramento dos clientes, as operadoras de telefonia celular irão implementar novo modelo de cadastro para novas ativações de celulares pré-pagos.

Edição: Liliane Farias

Novas normas trabalhistas vão gerar economia de R$ 68 bi em dez anos

Uma regra foi revogada e duas foram atualizadas

Da redação com Agência Brasil
Por Wellton Máximo e Pedro Rafael Vilela – Repórteres da Agência Brasil - Brasília
As novas normas de segurança e saúde do trabalho, sancionadas hoje (30) pelo presidente Jair Bolsonaro, gerarão economia de pelo menos R$ 68 bilhões nos próximos dez anos. A estimativa foi divulgada pela Secretaria de Política Econômica (SPE) do Ministério da Economia durante a solenidade de assinatura das novas regras.

As mudanças abrangem três das 36 normas reguladoras (NRs). A NR 1, que trata das disposições gerais sobre saúde e segurança no trabalho; e a NR 12, que dispõe sobre a segurança na operação de máquinas e equipamentos, tiveram a redação modernizada, com regras menos rígidas. A NR 2, que previa inspeções prévias, foi revogada.

Segundo o secretário especial de Previdência e Trabalho do Ministério da Economia, Rogério Marinho, todas as normas foram debatidas por representantes do governo, dos trabalhadores e dos empregadores na Comissão Tripartite Paritária Permanente. Ele reiterou que os padrões internacionais de diálogo social e de segurança continuarão a ser respeitados e que a revisão das normas teve como objetivo reduzir a burocracia e o custo Brasil (custo para produzir no país).

O ministro da Economia, Paulo Guedes, disse que o governo está tirando amarras da economia, ao pôr em marcha a reforma da Previdência e a modernização das relações de trabalho. “As relações no Brasil são obsoletas e representam armas de destruição em massa de empregos. Hoje temos de 30 [milhões] a 40 milhões de brasileiros sem emprego, na informalidade ou desalentados”, declarou.

Para o ministro-chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, o governo deu um passo importante para “tirar o Estado do cangote do cidadão”. Para ele, a revisão das normas pretende facilitar a criação de empregos principalmente nas empresas de menor porte. “O Brasil que queremos é o Brasil simplificado, desburocratizado. As medidas têm endereço certeiro, a micro e pequena empresa, que é o grande empregador brasileiro. Nossa meta para o segundo semestre é emprego, emprego e cada vez mais emprego”, discursou.

Desburocratização

A NR 1 terá tratamento diferenciado para os pequenos empregadores, flexibilizando as regras de segurança e de saúde. As micro e pequenas empresas serão dispensadas de elaborar programas de prevenção de riscos ambientais, de controle médico e de saúde ocupacional, caso não atuem em atividades com riscos químicos, físicos ou biológicos.

O novo texto da NR 1 também moderniza as regras de capacitação. O tema que, estava disperso em 232 itens, subitens, alíneas ou incisos de outras NRs, agora terá um capítulo exclusivo dentro da norma. Será permitido o aproveitamento total ou parcial de treinamentos quando um trabalhador muda de emprego dentro da mesma atividade. Segundo a SPE, essas medidas devem gerar economia de R$ 25 bilhões em dez anos.

Criada na década de 1970 e revisada em 2010, a NR 12, conforme a comissão tripartite, era considerada de difícil execução, pois não estava alinhada com normas internacionais de proteção de máquinas e trazia insegurança jurídica por dúvidas sobre a correta aplicação. De acordo com a SPE, a atualização reduzirá os custos para a indústria em R$ 43,2 bilhões nos próximos dez anos, resultando em aumento de 0,5% a 1% da produção industrial.

Com redação de 1983, a NR 2 exigia uma inspeção do trabalho prévia para abrir pequenos negócios, como lojas em shopping. De acordo com o Ministério da Economia, a revogação diminui a burocracia e reduz a intervenção estatal na iniciativa privada.

Consolidação

O governo também anunciou a consolidação de cerca de 160 decretos sobre normas de trabalho em quatro textos. Um primeiro grupo de decretos abrange 19 textos que tratam de direitos trabalhistas dispostos em várias leis, como gratificação natalina, vale-transporte e autorização para desconto em folha de pagamento, entre outros. O segundo texto agrupa 51 decretos que regulamentam 36 profissões. Oito decretos que tratavam de legislações antigas, sem efeitos nos dias atuais, foram revogados.

O terceiro texto agrupa os decretos relativos às convenções da Organização Internacional do Trabalho (OIT). Até o momento, o Brasil ratificou 97 convenções, das quais 77 estão em vigor. Os textos originais dos decretos e a ordem cronológica em que foram adotadas no país foram mantidos.

Por fim, a Secretaria de Trabalho do Ministério da Economia propõe a edição de decreto para regulamentar o Conselho Nacional do Trabalho e a Comissão Tripartite Paritária Permanente. De acordo com o governo, o texto pretende viabilizar o diálogo social relativo às relações de trabalho e às normas de segurança e saúde no trabalho.

Redução de acidentes

Marinho também anunciou que pretende construir uma estratégia nacional para a redução de acidentes de trabalho. Ainda este ano, o governo iniciará a revisão da Política Nacional de Segurança e Saúde no Trabalho, instituída por decreto em 2011. Além disso, um acordo de cooperação entre a Secretaria Especial de Trabalho e Previdência e as Federações das Indústrias dos Estados do Rio de Janeiro (Firjan) e de Santa Catarina (Fiesc) prevê o desenvolvimento de ações para reduzir as ocorrências e a incidência de doenças ocupacionais.

Matéria ampliada às 19h40

Assista na TV Brasil: Revisão de normas de segurança no trabalho irá beneficiar empresas.

terça-feira, 30 de julho de 2019

JERN'S: E.E.P.P.R.N. é campeã da regional Pau dos Ferros e irá à Natal

Da redação
Com informações do ESPORTE AGUANOVENSE
A equipe de futebol juvenil masculino da Escola Estadual Professor Pedro Raimundo do Nascimento, conquistou na ultima segunda-feira dia (29), no Estádio 09 de Janeiro, em pau dos Ferros o título de campeã da etapa regional dos JERN'S Jogos Escolares do Rio Grande do Norte.

A equipe da Escola Estadual Professor Pedro Raimundo ficou no Grupo B da competição juntamente com as escolas Demócrito de Sousa de Tenente Ananias,Vicente Fontes de José da Penha e a IFRN de Pau dos Ferros.

Na primeira partida mostrou logo sua força vencendo o IFRN os donos da casa pelo placar de 3 tentos a 1, já na segunda partida um empate sem gols diante a escola Vicente Fontes, e na última partida da fase de grupo bateu a equipe do Demócrito de Sousa por 3 a 2.

Já na semifinal enfrentou a equipe da escola 26 de Março de Francisco Dantas, depois de empatar no tempo normal por 2 X 2, venceu nas penalidades por 3 X 2 chegando a grande final.

E na final enfrentou a boa equipe da Escola Estadual Angelina Gomes da cidade de Riacho de Santana, em um jogo bastante equilibrado com chances criadas por ambas as equipes, mas a bola não entrou, terminando empatado em 0 x 0 no tempo normal, e nas penalidades brilhou a estrela do goleiro Andenson defendeu uma cobrança e o Vitor Jacaré marcou dando a vitória a equipe da Escola Estadual Pedro Raimundo do Nascimento, placar final EEPRN 1 x 0 ANGELINA GOMES.

Com essa vitória além de conquistar o título de campeã do juvenil masculino, a equipe ainda garantiu vaga na etapa estadual que acontecerá em Natal.

O blog ÁGUA NOVA RUMO AO FUTURO parabeniza à todos que representa esta instituição ESCOLA ESTADUAL PROFESSOR PEDRO RAIMUNDO DO NASCIMENTO.

Massacre que deixou 57 mortos em Altamira é mais um capítulo de disputa pela cocaína

Rota do Solimões causa briga sangrenta entre facções desde 2016. Sem hegemonia, Pará vive rotina de violência.

Da redação com Nominuto.com
Por Estadão Conteúdo
O massacre na cadeia de Altamira repete a estratégia usada por facções para, com brutalidade, tentar dominar parte de uma importante rota de tráfico de drogas na região amazônica. Os assassinatos cometidos pelos integrantes do Comando Classe A (CCA) contra filiados do Comando Vermelho (CV) é mais um capítulo de uma briga nacional que se expressa com maior frequência na Região Norte. 

A rota, que começa na tríplice fronteira entre Brasil, Peru e Colômbia e segue pelo Rio Solimões até Manaus, transformou-se em uma das maiores portas de entrada de cocaína do País, segundo especialistas e investigadores. É o controle desse mercado lucrativo que move a maior parte dos conflitos entre as organizações criminosas que atuam na região. 

Uma briga entre a Família do Norte (FDN), o Primeiro Comando da Capital (PCC) e o Comando Vermelho (CV) já deixou, desde outubro de 2016, 162 pessoas mortas dentro de presídios de Rondônia, Roraima e Amazonas - sem contar os 57 óbitos desta segunda, em Altamira.

"O Pará é um espaço que também vem sendo disputado pelas facções em função da sua posição geográfica e da importância que tem para o narcotráfico", explica o pesquisador Aiala Colares, da Universidade Estadual do Pará (Uepa). 

Segundo ele, o CCA ganhou força nos últimos anos, ao fazer alianças e entrar na disputa pela cocaína da região. "Se a Amazônia é a porta de entrada dessa droga, é importante para as facções estarem perto dessa porta", acrescenta Colares. 

Mudança

As cidades, onde antes só existiam pequenas gangues, viram os criminosos se organizarem agora em facções. E esses grupos formaram alianças para ganhar ainda mais força, processo que ocorreu ao longo da última década.

No Pará, ao contrário do que ocorre em São Paulo, não há hegemonia. "O Pará tem muitas facções criminosas em disputas que às vezes chegam a ocorrer dentro de bairros, de tão pequenas que são. Há disputa o tempo todo, levando a uma taxa de homicídio muito alta, como a que vemos nos últimos cinco anos", diz o professor da Universidade Federal do Pará (UFPA) Jean-François Deluchey.

Ele acredita que, apesar de o CV ter dados sinais de que se consolidava no Estado, uma hegemonia ainda é imprevisível. "A disputa é total e sempre há reações. Agora, o CCA atuou, mas já há expectativa de que o CV vai realizar uma retaliação enorme em todos os outros presídios." 

O massacre acontece em meio ao aumento da sensação de insegurança em todo o Estado, com a força dos traficantes sendo testada pela atuação de milícias, principalmente na região metropolitana de Belém. Chacinas e as numerosas mortes causadas por policiais em supostos confrontos contribuem para um clima de violência crescente.

"Se há controle de toda essa rota, do Solimões à exportação, a facção deixa as outras mais dependentes dela. Caso contrário, é necessário buscar outros caminhos, que necessariamente serão mais longos e, principalmente, mais caros", explica Colares. Deluchey vê o massacre de Altamira como "a consequência do fracasso da política criminal brasileira".

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Operação conjunta dos DP's de Encanto e Dr. Severiano prendem casal com drogas e armas

Policiais Militares dos Destacamentos de Encanto e Doutor Severiano no alto oeste potiguar prendem casal com drogas e armas.

Da redação
Com informações do Sgt. Augusto F. Neto - DP Encanto
Em mais um trabalho integrado entre os destacamentos de Encanto e Doutor Severiano resulta na apreensão de drogas e armas. O Sgt Augusto de posse de informações de que haveria um casal se deslocando de Doutor Severiano para o Encanto com o intuito de pegar droga, acionou o destacamento de Doutor Severiano e ambos passaram a diligenciar.

Já por volta das 19h20min, no trevo que dar acesso a Doutor Severiano, RN 177, as guarnições abordaram Elivanilson Eduardo da Silva, filho de José Edemilson Eduardo e Maria Leite da Silva, natural de Pau dos Ferros/RN, nascido aos 23/04/1992, residente no sitio Pedra do Caboclo, Doutor Severiano/RN. Juntamente com ele a pessoa de Monica Bandeira de Lima, filha de Antonio Acilmar de Lima e Vanuzia Souza Lima, natural de Ererê/CE, nascida 26/05/1991. Com Monica foi encontrada 20 trouxinhas de um material com características de maconha. Ambos admitiram a compra do entorpecente, pelo valor de R$ 200,00, mais não deram maiores informações.

Em ato contínuo, as guarnições continuaram as diligências, e na residência do casal foi foram apreendidas duas armas de fabricação caseira. Todo material apreendido e os envolvidos foram apresentados na Delegacia Regional de Polícia Civil de Pau dos Ferros, para as medidas cabíveis.

O Destacamento de Doutor Severiano sob comando do 2° Sgt Rosano, estava com guarnição composta pelo Sgt Alexandre e CB Dácio. A guarnição de Encanto, sob comando do Sgt Augusto, além do SD Maxsuegenes.

Procuradoria cobra R$ 3 bi de Geddel, Henrique Alves, Cunha e mais 14

Eles são acusados de fraudes na Caixa, com supostas propinas e lavagem de dinheiro.

Da redação com Nominuto.com
Por Estadão Conteúdo
A força-tarefa da Operação Greenfield apresentou quatro ações de improbidade contra os emedebistas Geddel Vieira Lima, Eduardo Cunha e Henrique Eduardo Alves, além de outros 14, em que cobram R$ 3 bilhões para reparação de danos causados à Caixa Econômica Federal e no FGTS.

As ações, movidas na esfera cível, se referem a fatos que chegaram a ser denunciados pela Procuradoria na esfera criminal, pelas supostas propinas e lavagem de dinheiro, e tem como objetivo a recuperação dos supostos prejuízos à Instituição Financeira.

As peças na esfera civil se dividem em propinas pagas pelos frigoríficos Marfrig e Bertin, também pela BR Vias, pertencente a Henrique Constantino, dono da Gol, e pelo Grupo J&F.

A ação referente ao mais alto numerário em propinas diz respeito à J&F. Segundo a Procuradoria, entre 2011 e 2015, sob o comando do ex-presidente da Câmara, Eduardo Cunha (MDB), pegaram R$ 182 milhões, o que envolveu operação do FI-FGTS para em suposto benefício do Grupo. Outros quatro são acusados, entre eles ex-vices da Caixa.

Delatores, como Fábio Cleto, Lúcio Bolonha Funaro, Alexandre Margotto, Henrique Constantino e Joesley Batista, entre outros não foram responsabilizados nas ações civis, já que firmaram acordo de colaboração com o MPF.

Marfrig

Em outra ação civil, a Procuradoria narra que, entre 2012 e 2013 – época em que Geddel era vice da Caixa -, o grupo recebeu R$ 9 milhões em propinas do Marfrig. A contrapartida seria a liberação de Cédula de Crédito Bancário (Capital de Giro) no valor de R$ 300 milhões, e de Cédula de Crédito Bancário (Conta Garantida) no valor de R$ 50 milhões.

Bertin

Em outra ação, que se refere ao período de 2012 e 2015, o grupo sob liderança de Eduardo Cunha teria se beneficiado da atuação de Geddel na Caixa para liberar um crédito de R$ 2 bilhões decorrentes de financiamento da concessionária SPMAR com o BNDES. As propinas seriam de R$ 57 milhões.

BR Vias

Já Henrique Constantino teria pago propinas de R$ 7 milhões em 2012, ao grupo de políticos e vices da Caixa para obtenção de recursos de R$ 300 milhões ‘por meio de aquisição de debêntures pelo FI-FGTS e, assim, com envolvimento da Vice-Presidência de Fundos de Governo e Loterias, bem como para a obtenção de empréstimo-ponte junto à VicePresidência de Pessoa Jurídica da Caixa Econômica Federal, a fim de aguardar a liberação da mencionada operação, e, ainda, para a liberação de uma Cédula de Crédito Bancário (Capital de Giro) no valor de R$ 50.000.000,00 (cinquenta milhões de reais) em favor da OESTE SUL EMPREENDIMENTOS IMOBILIÁRIOS S.A.8’.

Grupos

Sobre as ações, o Ministério Público Federal explica que moveu contra primeiro grupo, que ‘era formado por empresas que encaminhavam projetos para a captação de recursos da Caixa (por meio de empréstimos) ou do FGTS (por meio dos seus fundos de investimentos)’. “Também era responsável por efetuar o pagamento de propina tanto aos empregados públicos da CEF que tinham potencial poder decisório, ainda que fosse para influenciar outros, quanto aos agentes políticos a ele ligados”.

“O grupo dos empregados públicos era responsável por fornecer informações privilegiadas aos agentes políticos e operadores financeiros sobre o projeto apresentado pela empresa à Caixa. Cabia a eles, também, agir internamente para beneficiar as empresas e/ou influenciar as decisões dos comitês da Caixa ou do FGTS, para aprovar ou desaprovar a concessão de empréstimos (ou os investimentos) às empresas requerentes”, diz a Procuradoria.

Segundo a Greenfield, os ‘agentes políticos recebiam as informações privilegiadas e, assim, cooptavam as empresas que se dirigiam à entidade financeira para obter recursos’. “Havia ainda, em certos casos, outros agentes políticos que se beneficiavam com o recebimento de propina, por terem ligação com os agentes políticos cooptadores e prestarem auxílio permanente ao esquema”.

Em colaboração, Funaro afirmou que o valor da propina negociada tinha como base um percentual sobre o recurso que seria liberado – em geral 3%. A distribuição desse percentual girava em torno de 50% para Geddel, 30% para Cunha e 20% para ele. No início do esquema ilícito, havia uma intermediação de contato e distribuição feita por Eduardo Cunha. Posteriormente, Funaro se aproximou de Geddel, passando a realizar as entregas diretamente para ele.

A reportagem tenta contato com os alvos da ação. O espaço está aberto.

PRF apreende mais de 40 kg de drogas em fundo falso de caminhão no RN

Caso aconteceu na tarde desta segunda-feira (29) na BR-304, em Mossoró. Cocaína e maconha eram carregadas no lastro da carroceria e motorista foi preso.

Da redação
Com informações do G1 RN
A Polícia Rodoviária Federal (PRF) apreendeu 42 quilos de drogas escondidas na carroceria de um caminhão e prendeu o condutor do veículo - um homem de 32 anos. O caso aconteceu na tarde desta segunda-feira (29) na BR 304, em Mossoró, na região Oeste potiguar.

De acordo com a corporação, a apreensão aconteceu por volta das 16h. No lastro da carroceria, em uma espécie de fundo falso, os policiais rodoviários encontraram dois quilos de cocaína e 40 quilos de maconha.

Diante do flagrante, o motorista do caminhão recebeu voz de prisão.

Perdoada por indulto presidencial, Carla Ubarana é liberada da prisão em Natal

Marido dela, George Leal, também teve pena perdoada e aguarda retirada de tornozeleira eletrônica. Casal que desviou R$ 14 milhões do TJRN foi beneficiado por indulto assinado por Michel Temer em 2017.

Da redação
Com informações do G1 RN
Era 10h20 nesta segunda-feira (29), quando a ex-servidora do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte, Carla Ubarana, deixou a prisão feminina do Complexo Penal João Chaves como uma mulher livre. O marido dela, George Leal, ainda aguarda ser convocado para tirar a tornozeleira eletrônica. Condenado pelo desvio de R$ 14 milhões do Poder Judiciário Estadual, o casal foi beneficiado pelo indulto presidencial assinado por Michel Temer em 2017 e teve a pena extinta.

A decisão judicial que atendeu ao pedido da defesa, que contou com parecer favorável até do Ministério Público, foi do juiz de execuções penais da capital, Henrique Baltazar, que reconheceu que o casal atendia a todos os requisitos determinados decreto do então presidente. Apesar de ter sido suspenso por liminar, o decreto teve sua constitucionalidade reconhecida pelo Supremo Tribunal Federal neste ano. Logo em seguida, a defesa de Carla e George entrou com o pedido, e eles foram os primeiros beneficiados no Rio Grande do Norte.

"Apenas reconhecemos o indulto que o presidente determinou. Quem perdoa é o presidente da República. O juiz, no caso, apenas examina se o apenado atende àquelas exigências que o decreto coloca. O resto da pena foi perdoado pelo presidente da República", afirmou o magistrado.

Apesar da liberdade, o juiz não atendeu ao pedido de cancelamento de multas de R$ 142 mil, além da reparação de cerca de R$ 7 milhões, dos quais o casal teria pago mais de R$ 2 milhões. Sobre o assunto, o advogado Paulo Leão, que representa o casal, informou que vai recorrer da decisão. "Já houve reparação, reconhecida inclusive pelo Tribunal de Justiça", diz o defensor.

O decreto

O indulto publicado em dezembro de 2017 pelo então presidente Michel Temer concedia o perdão para quem tivesse cometido crimes sem violência ou grave ameaça, depois de o preso cumprir um quinto (20%) da pena. Antes, era preciso cumprir tempo maior, um quarto. O decreto também passou a permitir o perdão para condenados a penas mais elevadas, sem limite. Antes, só os presos condenados a até 12 anos podiam se beneficiar do indulto. E favorecia presos independentemente dos crimes, mesmo os condenados por crimes de colarinho branco, como lavagem de dinheiro e corrupção.

Na época, a procuradora-geral da República entrou com uma ação contra o decreto. Raquel Dodge disse que o indulto mais generoso seria a causa de impunidade de crimes graves e que a Operação Lava Jato estava colocada em risco, assim como todo o sistema de responsabilização criminal.

Uma liminar concedida pela então presidente do Supremo, Cármen Lúcia, e confirmada pelo relator, ministro Luís Roberto Barroso, suspendeu as partes mais polêmicas do indulto até que o caso fosse a julgamento no plenário. Em novembro de 2018, o plenário da corte começou a analisar o assunto.

Os ministros Luís Roberto Barroso e Luiz Edson Fachin votaram contra o indulto de Temer. Outros seis ministros votaram a favor, por entenderem que o presidente da República tem a atribuição constitucional de decidir sobre o indulto. O julgamento não foi concluído porque o ministro Luiz Fux pediu vista, mais tempo para analisar o caso. E de novembro de 2018 até maio deste ano, quando o julgamento foi concluído, as regras do indulto que beneficiavam presos por crimes de colarinho branco ficaram suspensas.

Primeiros beneficiados no RN

De acordo com o juiz de execuções penais, Henrique Baltazar, o casal George e Cala foi o primeiro beneficiado pelo decreto, porque a defesa entrou com o pedido logo que o decreto passou a valer, porém, todos os casos de pessoas que se encaixam dentro dos parâmetros serão analisados. "So "São os condenados por estelionato, peculato... temos mais pessoas no estado, inclusive ex-prefeitos, vereadores. São casos que não chegaram para decisão ainda, até porque a comunicação (sobre a decisão do STF) chegou agora", pontuou o magistrado.

Em 2013, o casal foi condenado pelo crime de peculato, como responsáveis por fraudes na divisão de precatórios do TJRN, conforme decidiu o juízo da 7ª vara criminal de Natal. Conforme a Justiça, Carla encabeçava um esquema que desviou, de acordo com a sentença, R$ 14.195.702,82 do TJRN. O casal recorreu da decisão, mas tiveram penas mantidas em 9 anos e 4 meses em regime fechado, para Carla Ubarana, e 6 anos e 4 meses em regime semiaberto para George Leal. Após se esgotarem os recursos, eles foram detidos em 2016.

Carla estava cumprindo pena em uma cela com mais 11 presas e, de acordo com a direção do Complexo Penal João Chaves, apresentava bom comportamento. Durante o período em que esteve presa, realizou o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) três vezes e, segundo sua defesa, atualmente cursa Biomedicina na modalidade à distância.

Já no regime semiaberto, monitorado por tornozeleira eletrônica, George Leal continuou trabalhando no ramo de construção civil, como empreiteiro em pequenas obras, segundo o advogado.

Operação Judas

O esquema de corrupção no TJ foi investigado pelo Ministério Público Estadual, que desencadeou a Operação Judas, em 2012. Após acordo de delação premiada, Carla e George assumiram a autoria dos crimes e citaram que tudo ocorria sob o consentimento dos ex-presidentes do TJRN, os desembargadores Osvaldo Cruz e Rafael Godeiro. Em 2013, ambos foram afastados da Corte potiguar pelo Conselho Nacional de Justiça e aposentados compulsoriamente. Eles ainda respondem pelo caso à Justiça.

Economia: BB anuncia reestruturação com programa de desligamento consensual

Da redação com Agência Brasil
Por Kelly Oliveira – Repórter da Agência Brasil - Brasília
O Banco do Brasil (BB) anunciou hoje (29) revisão da estrutura organizacional, com transferência de empregados e desligamento consensual.

Segundo o banco, a implantação do Programa Adequação de Quadros, que consiste em um plano de ajuste da força de trabalho do banco, vai equalizar situações de vagas em excesso em algumas unidades. Funcionários localizados em dependências com excesso no quadro podem aderir ao plano de desligamento incentivado. Esses funcionários também terão a possibilidade de movimentar-se, com priorização, para vagas existentes em outras unidades.

Segundo o banco, o desligamento dos funcionários interessados poderá ocorrer na modalidade aposentadoria ou no desligamento consensual. A adesão poderá ser feita a partir de amanhã (30) até 14 de agosto.

Além dos direitos regulamentares de desligamento de pessoal, haverá uma indenização vinculada ao tempo de trabalho no BB, de até 9,8 salários. O banco também ressarcirá o plano de saúde dos funcionários e dependentes econômicos pelo período de 1 ano.

Quem não tiver interesse em se desligar, será priorizado no processo de preenchimento das vagas e aqueles que perderem a função manterão sua renda pelo período de 120 dias.

Entre as medidas, também está a transformação de 49 postos de atendimento em agências e de 333 agências em postos de atendimento. “O atendimento aos clientes não sofrerá mudanças”, diz o BB. Segundo o banco, as agências transformadas em postos continuarão a prestar os mesmos serviços financeiros, havendo impacto somente na estrutura organizacional.

O BB pretende criar 42 novas agências especializados no atendimento a empresas, até outubro. Essa medida prevê a especialização de atendimento em carteira varejo, sem mudança física.

Também será criada a Unidade Inteligência Analítica, que surge com a missão de centralizar o acompanhamento das evoluções, inovações e desenvolvimento de técnicas, ferramentas e soluções com uso de Inteligência Analítica e de Inteligência Artificial.

O banco informou ainda que não tem objetivo de reduzir seu quadro de funcionários, mas adequá-los à nova estrutura. “Não há, portanto, meta de desligamentos, pois as movimentações oferecidas poderão regularizar a situação do funcionário”, diz o banco.

De acordo com o BB, as medidas surgem em meio ao desenvolvimento de soluções tecnológicas. O BB diz que o mobile e internet já respondem por 80% de todas as transações.

O impacto financeiro do programa será divulgado até o final do mês de agosto.

Edição: Valéria Aguiar

As 3 facções e o ciclo de vinganças por trás de epidemia de homicídios em cidade no Nordeste


Da redação
Por Leandro Machado
Enviado da BBC News Brasil a Mossoró (RN)
BBC News Brasil foi a Mossoró, 2ª maior cidade do Rio Grande do Norte, para investigar como taxa de homicídios cresceu 247% no município, em apenas 15 anos.

Nas quatro horas e meia de viagem de ônibus entre Natal e Mossoró, você provavelmente vai ouvir três histórias sobre o município do semiárido do Rio Grande do Norte: 1) faz tanto calor na cidade que a água do chuveiro já desce quente sem você precisar ligar a eletricidade; 2) Mossoró foi o único local do Nordeste que expulsou o bando de cangaceiros liderado por Virgulino Ferreira da Silva, vulgo Lampião; e 3) a violência está matando muita gente em Mossoró.

Elas não são apenas anedotas: 1) às 11h do dia 18 de julho, pleno inverno, fazia 35ºC em Mossoró e a água do chuveiro caía quente sem ajuda; 2) em 1927, Lampião tentou saquear a cidade, como fez com outras dezenas, mas foi rechaçado a tiros por um grupo de moradores que se entrincheiraram até em uma igreja.

Mas, atualmente, o último ponto é o mais importante para quem vive em Mossoró: 3) como uma cidade média do interior do Nordeste, com 294 mil habitantes, pacata até 20 anos atrás, aumentou suas taxas de homicídios a níveis altíssimos e, hoje, convive com um conflito entre três facções criminosas?

A violência em Mossoró é uma espécie de símbolo do que aconteceu no Nordeste nos últimos anos.

O crescimento econômico e populacional foi acompanhado pela chegada de redes criminosas do Sudeste, como o paulista Primeiro Comando da Capital (PCC) e o carioca Comando Vermelho.

Esse movimento gerou quadrilhas locais menores, que atuam em contraposição às "gangues nacionais". Esses grupos passaram a se digladiar pelo controle de territórios e do tráfico de drogas, fomentando uma explosão de homicídios nas capitais, mas também em cidades menores do interior, como Mossoró. Por outro lado, em geral, os investimentos dos governos nas forças policiais não acompanharam a onda de violência.

O resultado desse caldo explica o aumento de 64% na taxa de mortes violentas no Nordeste entre 2007 e 2017, segundo dados do Atlas da Violência, publicação anual do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e do Fórum Brasileiro de Segurança Pública. No mesmo período, esse índice caiu 17% no Sudeste.

Já Mossoró tinha 213 mil moradores em 2003, segundo o IBGE, e registrou 50 homicídios naquele ano - 23 casos para cada 100 mil pessoas. No ano passado, porém, foram 236 assassinatos em uma população de 294 mil habitantes - 80 mortes violentas por 100 mil. Ou seja, enquanto o número de moradores do município cresceu 38% nesse período, a taxa de homicídios aumentou 247%.
Esses dados de Mossoró, segunda maior cidade potiguar, refletem uma crise de segurança pública vivida pelo Rio Grande do Norte, hoje o Estado mais violento do Brasil. Entre os municípios do RN, Mossoró só perde em violência para a capital, Natal.

Em 2017, o Rio Grande do Norte registrou 62,8 mortes violentas por 100 mil habitantes, o maior número do país. Foi o Estado em que essa taxa mais cresceu desde 2000 - alta de 556%. Como comparação, em São Paulo, ocorrem 10 mortes por 100 mil; no Rio de Janeiro são 38 casos.

Vingança entre famílias

Quem estuda ou reporta a violência em Mossoró costuma dizer que uma parte dos homicídios se explica por uma espécie de ciclo de vinganças, fomentado pela precariedade da polícia e do judiciário locais. Em uma cidade média, onde os bairros e a população não são tão grandes, é comum que algozes e parentes de vítimas se conheçam e até se encontrem com certa frequência.

"O que acontece em Mossoró é que os familiares do morto às vezes moram no mesmo bairro ou na mesma rua do assassino", explica Cezar Alves, jornalista que cobre a violência na cidade desde os anos 1990.
"Depois da primeira morte, o pai da vítima fica com medo de ser morto também, porque ele vê o assassino do filho todos os dias na rua. E o assassino também teme morrer por vingança. Aí cria essa tensão entre eles. O pai, por medo ou por vingança, vai lá e mata o assassino do filho", diz. "Às vezes, a família da segunda vítima se vinga também, gerando outras mortes. Há casos em Mossoró em que um único crime causou depois outros seis assassinatos."

Há histórias emblemáticas com esse perfil de vendeta. Uma delas é o do gari Luis Justino da Silva, de 38 anos. "Minha desgraça começou em 24 de dezembro de 2009", conta à BBC News Brasil, nos fundos de sua casa em um bairro pobre de Mossoró.

Naquela véspera de Natal, seu filho Vitor Leonardo, de 13 anos, brincava com amigos na frente de casa. Outro rapaz, vindo de uma festa, caiu bêbado perto do grupo. Para se divertir, os adolescentes maquiaram o rosto do jovem embriagado, na época com 23 anos.

"Quando acordou, esse rapaz se revoltou com a brincadeira. Ele perguntou quem tinha pintado o rosto dele e alguém apontou o meu filho. Então, esse cara pegou uma arma e matou meu menino com um tiro no meio da sobrancelha. Foi uma perversidade, uma covardia", conta Luis. "Fiquei um bocado de tempo com uma coisa pesada na cabeça, me deu muita vontade de fazer tanta coisa ruim nessa vida."

A morte precoce de Vitor Leonardo não era o fim de mais uma tragédia em Mossoró, porque Luis não conseguiu esquecer as "coisas ruins" que tinha na cabeça. O assassino de Victor foi condenado a sete anos de prisão por homicídio simples, porém, com a progressão de pena, voltou ao bairro em poucos meses. Para piorar, o gari e o assassino de seu filho eram vizinhos.

'Pensei: pronto, vou matar'
Luis conta que diariamente via o jovem que matou seu filho. "Eu tinha muito medo de ele me matar também", diz. "Nos forrós, ele ficava me encarando. Chegou um momento em que não aguentei mais."

Era a noite de 13 de dezembro de 2015. Luis resolveu ir a um forró perto de casa.

Na festa, o gari encontrou novamente o algoz da família. Segundo ele, o jovem o encarou e, depois, esbarrou em seu braço. Ele viu o gesto como uma ameaça. "Foi o fim. Pensei: 'pronto, vou matar ele'. Voltei para casa e peguei o ferro (arma). Eu estava muito bêbado, o Satanás tomou conta. Dei três tiros. Quando você mata alguém, não passa nada na cabeça, só o demônio."

Preso em flagrante, Luis depois foi solto para aguardar o julgamento em liberdade - o julgamento deve ocorrer em novembro. "Se tiver de pagar, vou preso, sim, sou cabra homem. O que peço é uma oportunidade, a mesma chance que a Justiça deu para quem matou meu filho."

Enquanto o julgamento não chega, ele ainda encontra na rua os parentes do jovem que matou: vizinhas, as famílias vivem a tensão de uma nova faísca que cause mais mortes. "Quando me veem, eles me esculhambam, me chamam de assassino. Se forem me matar, eles devem lembrar o que o filho deles fez ao meu menino. Se quiserem continuar essa guerra, não posso fazer nada. Está 1 a 1."

Problemas de investigação

Problemas de investigação e, por consequência, a impunidade, são outros fatores que estimulam as vinganças em Mossoró, segundo Ítalo Moreira, promotor criminal da cidade desde 2003.

"Como a polícia não se estrutura para melhorar as investigações, não há uma produção de boas provas. Na maioria dos casos, nós dependemos de depoimentos, o que dificulta a condenação dos responsáveis. Essa impunidade aumenta o ciclo de violência, porque o sujeito que matou volta para a rua, podendo matar outros ou morrer em uma vingança. E quem é parente da vítima pensa: 'não foi feita a Justiça'", explica.

Moreira diz que, por falta de provas, já pediu a jurados absolvição de réus que tinha certeza de serem culpados por mortes violentas. "Isso acontece frequentemente. Se as provas não são boas, mesmo convicto da culpa, não posso pedir a condenação", diz.

De fato, os números de investigações de homicídios não são nada animadores para a população de Mossoró. A cidade tem apenas dois delegados e seis agentes para resolver todos os crimes contra a vida. Isso significa que, só em 2018, cada delegado ficou responsável por solucionar 118 assassinatos, em média - isso sem contar os casos anteriores.

Segundo o delegado Rafael Gomes Arraes, hoje, a delegacia de homicídios, criada em 2012, tem 700 inquéritos sem resolução. Ou seja, a polícia não conseguiu apontar os autores de 700 casos de mortes violentas em Mossoró (o número de vítimas deve ser maior, pois uma investigação pode se referir a mais de uma pessoa). Por consequência, os culpados por esses crimes ficarão impunes.

"É frustrante, você se sente um incapaz", diz Arraes, na delegacia. "Geralmente, por dia recebo duas ou três famílias que vêm cobrar resultados. A gente fala a verdade: a situação é essa, precária. Há muito tempo estamos esperando que a polícia seja priorizada em Mossoró."
Neste ano, no entanto, a delegacia até melhorou as estatísticas, mesmo que de forma residual. De janeiro a junho, ela enviou 61 inquéritos concluídos à Justiça - no mesmo período do ano passado, foram apenas 49.

Em nota, a Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social do RN reconhece que o efetivo da Polícia Civil está defasado - o Estado deveria ter 73% mais policiais civis do que o staff atual, diz o governo. A pasta afirma que pretende realizar novos concursos públicos em breve.

A expansão do crime

Além do ciclo de vinganças, Mossoró tem outro problema: três facções criminosas disputam espaço pelo controle da venda de drogas em vários bairros. "Eu diria que 90% dos assassinatos na cidade têm ligação direta ou indireta com o tráfico", diz o delegado Arraes.

A forte presença dessas redes se explica por um movimento iniciado na década passada, quando o PCC e o Comando Vermelho expandiram seus negócios para o Norte e Nordeste.

Os dois grupos passaram a atuar no atacado da droga, repassando os produtos para quadrilhas menores venderem nas ruas.
A chegada das facções, levando a uma maior oferta de drogas e armas, aumentou a rivalidade entre traficantes. Uma resposta à presença de paulistas e cariocas foi a criação, no Rio Grande do Norte, do Sindicato do Crime, formado por principalmente por jovens locais.

"Essa dinâmica gerou muitos conflitos pelo controle de territórios urbanos. Houve uma grande entrada de armas, muitas delas de grosso calibre, para alimentar essas disputas", explicou Luiz Fábio Paiva, professor de sociologia e pesquisador do Laboratório de Estudos da Violência da Universidade Federal do Ceará, em entrevista recente à BBC News Brasil.

O confronto entre PCC e Sindicato do Crime causou um massacre de ao menos 26 presos no presídio de Alcaçuz, região metropolitana de Natal, em janeiro de 2017.

As mortes ressaltaram o caos vivido pelo sistema carcerário do Estado nordestino, superlotado e controlado por esses grupos. Um levantamento do governo federal relativo a junho de 2016 - os últimos dados disponíveis - aponta que o Rio Grande do Norte tinha 4.265 vagas nas prisões, mas abrigava 8.696 detentos, mais que o dobro da capacidade.

Disputa por territórios

No caso de Mossoró, a rivalidade entre PCC e Sindicato do Crime foi agravada pela recente chegada dos Guardiões do Estado, rede criminosa do Ceará. Nos bairros mais pobres, as siglas das três facções foram pintadas nos muros e postes, indicativo de quem controla - ou diz controlar - cada um dos territórios.
Como fica no meio do caminho entre Fortaleza e Natal, além de ter um porto próximo, a cidade se tornou um ponto estratégico para rotas de tráfico, segundo policiais e pesquisadores.

Na região também existe um presídio federal, que abriga Fernandinho Beira-Mar e outros líderes de quadrilhas. Há quem diga que a presença de criminosos de outros Estados em Mossoró ajudou a disseminar a violência, pois outras figuras do crime teriam migrado para as cercanias da cidade para ficar próximas da detenção. Mas essa tese não é consensual: policiais e promotores dizem que há como provar essa ligação.

"Com o crescimento urbano e econômico do Nordeste, o crime encontrou novas oportunidades de negócios", diz Thadeu Brandão, coordenador do Observatório da Violência do Rio Grande do Norte (Obvio) e professor de sociologia da Universidade Federal Rural do Semi-Árido.

"Essas redes atuam em zonas com precárias estruturas educacionais, prisionais, de segurança, de saúde e até viária. Aí elas encontram adolescentes pobres, com educação reduzida e pouquíssimas oportunidades de emprego. Parte deles, infelizmente, vai servir de mão de obra para o crime, tornando-se também as maiores vítimas."

O perfil dos mortos no Rio Grande do Norte confirma essa característica citada por Brandão. Segundo o Obvio, entre 2011 e 2018, cerca de 85% das vítimas de mortes violentas no Estado eram pretas ou pardas, 49% tinham entre 18 e 29 anos, 31% não tinham sequer completado o ensino fundamental, 54% não exerciam atividade remunerada e 39% ganhavam até dois salários mínimos.

Polícia Militar sem estrutura

O aumento da presença das facções criminosas não encontrou crescimento correspondente da polícia ostensiva em Mossoró.

Segundo o coronel Francisco Alvibá, comandante da Polícia Militar na região, o município tinha 600 policiais militares em 2004, um efetivo aproximado de 120 agentes atuando diariamente.

Mas, com aposentadorias e falta de concursos públicos para recrutar novos agentes, esse número caiu pela metade em 15 anos.

"Hoje, a cidade cresceu, a violência cresceu, há uma guerra entre as facções e nós só temos 300 PMs em Mossoró. Com as escalas, isso dá 40 policiais por dia para uma cidade de quase 300 mil moradores. E isso porque nós pagamos um salário extra para o policial trabalhar no dia da folga dele, senão seria menos ainda", explica.

O governo do RN também reconheceu que o efetivo da PM está defasado. E, em nota, afirmou que espera contratar novos 1 mil policiais no segundo semestre.

'A bala perdida no tiroteio'

Mas a guerra de facções também faz vítimas que nada têm a ver com esse conflito em Mossoró. É o caso da universitária Jéssica, de 30 anos.

Em uma madrugada do ano passado, ela enviou a última mensagem para sua mãe, Maria (os dois nomes são fictícios, a pedido da família): "Já estou indo para casa, mainha."

A estudante estava saindo de uma festa quando, na mesma rua, uma das facções atacou membros da quadrilha rival. No meio do tiroteio, uma bala perdida atingiu a cabeça de Jéssica - ela tinha dois filhos pequenos.

"Para mim, se o assassino dela pegasse 1.000 anos de cadeia não seria suficiente, porque ele acabou com a minha família", diz Maria à BBC News Brasil, em um restaurante no centro da cidade.

"Minha filha não era criminosa e não tinha motivo para ela ter morrido dessa forma. Ela só estava passando na rua e virou vítima dessa guerra que está acabando com Mossoró. Se eu pudesse, fugiria dessa cidade e nunca mais voltava", afirma Maria, tentando segurar as lágrimas com a ponta dos dedos.

'A chuva de balas'

De certa forma, o conflito atual ecoa a história de Mossoró, uma cidade marcada e até celebrada por um tiroteio ocorrido nove décadas atrás. Existe até uma festa anual, chamada "Chuva de Balas", para comemorar o dia em que os mossoroenses expulsaram Lampião.

Antes de invadir a cidade para saqueá-la, em junho de 1927, o "Rei do Cangaço" tinha recebido uma carta de um amigo, que afirmava que Mossoró era uma cidade facilmente conquistável, porque seu povo era "pacífico, mofina e incapaz de se defender".

O então prefeito coronel Rodolfo Fernandes resolveu contrariar o prognóstico e enfrentar o mais temido bandido da época. Ele juntou moradores, comerciantes e civis e comprou armas para defender a cidade do bando cangaceiro.

No 13 de junho, Lampião entrou em Mossoró, mas foi recebido por uma "chuva de balas" - parte da resistência se abrigou até em uma igreja e, lá de dentro, disparou contra os invasores.

O até então invencível Virgulino Ferreira da Silva fugiu para não morrer. Mais de 92 anos depois, os buracos das balas disparadas contra a igreja ainda são visíveis nas paredes, como uma relíquia.

As marcas de tiro da atual violência em Mossoró são mais difíceis de contar.

Errata: o texto foi atualizado
Diferentemente do publicado no 55º parágrafo da matéria, o nome do então prefeito de Mossoró era coronel Rodolfo Fernandes, e não Rodolpho Rodrigues como publicado.  A informação foi corrigida.