Da redação
Fonte: Tribuna do Norte
Rio (AE) - O secretário de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis do Ministério de Minas e Energia, José Mauro Coelho, disse que o governo estuda dois sistemas para tentar estabilizar o preço dos combustíveis, que poderão inclusive conviver ao mesmo tempo, dependendo da situação do mercado.
A alta do preço dos combustíveis, principalmente do diesel, que afeta os caminhoneiros, apoiadores do presidente Jair Bolsonaro, tem sido criticada constantemente pelo presidente e foi apontada como possível estopim para a queda do presidente da Petrobras, Roberto Castello Branco.
Um dos estudos em andamento, segundo Coelho, é o do já cogitado fundo de estabilização de preços, que depende de aporte robusto para começar a funcionar. Segundo Coelho, as fontes de aporte também vêm sendo avaliadas, como utilizar uma parcela dos royalties ou parte da comercialização do petróleo da União, decorrente dos contratos de partilha, exemplifica o secretário.
Outra saída seria reviver a Contribuição de Intervenção de Domínio Econômico (Cide), um colchão alimentado pela cobrança de tributo sobre os combustíveis, acionado em caso de preços em alta e realimentado quando o petróleo estiver em baixa.
"O fundo pode andar junto com a Cide, porque só deve ser usado em momentos de pico do preço. Um funciona em um momento e o outro em outro momento", explicou em live. Ele ressaltou ainda, que os aportes do fundo precisam ser realmente fortes ou corre-se o risco de não ter recursos suficientes para aplicar no momento correto.
Preços
Em meio a mais um aumento dos combustíveis anunciado pela Petrobras nas refinarias em 2021, o preço médio da gasolina rompeu a barreira dos R$ 5, segundo levantamento exclusivo feito pela ValeCard, empresa especializada em soluções de meios de pagamentos e gestão de frotas. O valor do diesel ultrapassou os R$ 4.
De acordo com os dados, o preço médio da gasolina comum no Brasil subiu 6,57% em fevereiro na comparação com o mês anterior Já o diesel aumentou 6,16% no período. Na última terça-feira, 2, o valor dos dois combustíveis foi reajustado em mais 5% nas refinarias.
Com o maior porcentual de alta desde o começo da curva ascendente iniciada em maio de 2020 - no total, já são nove meses de elevação consecutiva -, o preço médio do litro da gasolina no país passou pela primeira vez a barreira dos R$ 5, chegando R$ 5,162.
Em fevereiro, conforme a ValeCard, as maiores altas do preço foram registradas no Amazonas (7,81%), no Paraná (7,65%) e no Distrito Federal (7,93%). Por outro lado, Paraíba (4,84%) e Alagoas (5,23%) foram os Estados onde ocorreram as menores variações no valor do combustível no período.
Obtidos por meio do registro das transações realizadas entre os dias 1º e 27 de fevereiro com o cartão de abastecimento da ValeCard em cerca de 20 mil estabelecimentos credenciados, os dados mostram que Rio Branco tem o preço mais alto entre as capitais, e Curitiba, o mais baixo.
As capitais do Paraná (R$ 4,726) e de São Paulo (R$ 4,762) foram as que apresentam preços menores em fevereiro.
Já Rio Branco, no Acre, foi a capital com maior preço médio (R$ 5,459), seguida do Rio de Janeiro (R$ 5,454).
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