Da redação
Fonte: Tribuna do Norte
Para se chegar à chamada “imunidade de rebanho", que é quando se alcança uma quantidade suficiente de pessoas imunes ao vírus capaz de criar uma barreira de proteção para os que ainda não estão imunes, é preciso vacinar com as duas doses cerca de 75% da população, segundo o médico epidemiologista, Ion de Andrade, que é professor e pesquisador do Laboratório de Inovação Tecnológica em Saúde da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (LAIS/UFRN).
Com base no ritmo de vacinação atual, ele calculou que isso deva acontecer entre os meses de outubro e de novembro. “Com 1 milhão de vacinados e tomando fevereiro como base do início da vacinação, temos algo em torno de 200 a 250 mil vacinados por mês com a primeira dose e cerca de 80 mil com a segunda. Nesse caso, nosso alvo é ter vacinados com duas doses, ou seja, 80 mil/mês. Nesse ritmo, por volta de outubro ou novembro, a gente alcança a imunidade de rebanho. Isso seria o horizonte de fim da pandemia", projetou.
Os cálculos incluem ainda as pessoas que adquiriram imunidade natural, aquelas que se infectaram e se curaram, adquirindo imunidade no organismo sem a vacina. “Elas também funcionam como barreira. Estimo que 30% estão imunizados naturalmente", disse.
Ion de Andrade ponderou, porém, que as projeções podem sofrer alterações caso haja maior oferta de vacinas ou mesmo ser frustradas. “Os cálculos podem estar errados com a chegada de uma nova cepa que venha a driblar a defesa das vacinas e a imunidade natural adquirida. Mas não acredito que venha acontecer porque todos os imunizantes se mostraram efetivos contra as novas cepas. Porém, a epidemia está viva e ainda pode desenvolver respostas às vacinas", declarou, ressaltando a importância de manter as medidas sanitárias de prevenção e acelerar a vacinação.
Até essa segunda-feira (21/06) o Estado havia confirmado 291.738 casos da covid-19 com a morte de 6.615 pessoas em decorrência da doença.
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