Relatório do Instituto de Gestão das Águas do RN (Igarn) aponta que as chuvas representaram pouca melhora no quadro de seca.
Da redação
Com informações do G1 RN
Apesar da chuva que caiu sobre o Rio Grande do Norte nos últimos dias, 17 reservatório do estado permanecem em volume morto, e outros 16 estão secos. As informações são do Instituto de Gestão das Águas do RN (Igarn). De acordo com o órgão, as chuvas representaram pouca melhora no quadro de seca.
O primeiro Relatório da Situação Volumétrica dos principais reservatórios do estado aponta que a região Seridó foi onde houve maior variável de volume dos açudes, já a região do Alto Oeste não obteve mudança significativa na maioria dos seus mananciais.
Em comparação com o período anterior às últimas chuvas, dos 47 reservatórios com capacidade superior a cinco milhões de metros cúbicos, monitorados pelo Governo do Estado do Rio Grande do Norte, por meio do Igarn, 17 continuam em volume morto e 16 estão secos. Anteriormente, 17 estavam em volume morto e 17 secos. Situado em Santana do Matos, o açude Alecrim estava sem leitura, ou seja, considerado seco. Após as últimas precipitações chegou a 960 mil metros cúbicos, ou 13,71% da sua capacidade que é de 7 milhões de m³.
Segundo o Igarn, o açude Rio da Pedra, também localizado em Santana do Matos, recebeu mais de 1 milhão de metros cúbicos de água e atingiu 8,62% de sua capacidade, que é de 13 milhões de metros cúbicos. Antes das chuvas o manancial estava com apenas 11 mil m³, o que correspondia a 0,08% do seu volume total.
No Alto Oeste, o reservatório com maior ganho de volume foi Encanto, que está com 2,5 milhões de metros cúbicos, 48,94% da sua capacidade total, que é de 5,192 milhões de m³. Antes das chuvas o reservatório estava com 46% do seu volume máximo. Os outros mananciais da região, ou não obtiveram recarga, ou obtiveram ganho de menos de 1%.
Com relação aos três maiores reservatórios estaduais, o relatório indica que a situação permanece estável, já que mesmo com a utilização de suas águas para os sistemas de abastecimento dos municípios potiguares, seus índices permaneceram muito parecidos. A barragem Armando Ribeiro Gonçalves, anteriormente às chuvas, estava com 10,84% da sua capacidade, que é de 2,4 bilhões de metros cúbicos. Atualmente está com 10,99%, o que corresponde a 263,688 milhões de metros cúbicos.
Segundo maior reservatório do Estado, a barragem Santa Cruz do Apodi praticamente não teve mudança no seu volume. No último dia 9 de fevereiro estava com 13,96% de sua capacidade. Atualmente está com 13,92%, o que corresponde a 83,488 milhões de metros cúbicos dos 599 milhões que acumula quando cheia. A barragem de Umari, em Upanema, também seguiu o mesmo cenário, permanecendo com 13% de sua capacidade, 40,326 milhões de m³ dos 292 milhões que acumula no seu volume total.
A Bacia Apodi/Mossoró está com 130,170 milhões de metros cúbicos, o que corresponde a 11,83% da sua capacidade hídrica superficial total. Já a Bacia Piranhas/Assu está com 330,648 milhões de m³, 11,14% do seu volume total superficial.
Volumes das principais lagoas potiguares
O Igarn indica que a Lagoa de Extremoz, responsável por parte do abastecimento da Zona Norte da capital, está com 7,603 milhões de metros cúbicos, correspondente a 69% do seu volume máximo, que é de 11 milhões de m³. No último dia 9, ela estava com 6,879 milhões de m³, 62,43% da sua capacidade.
A Lagoa do Jiqui, que possui 440 mil metros cúbicos e abastece parte da Zona Sul de Natal, estava com 97% do seu volume total e agora se encontra totalmente cheia.
Já a Lagoa do Bonfim, segundo o relatório, que fornece água para a Adutora Monsenhor Expedito, teve um ganho de menos de 2% em seu volume. Estava com 50,54% de sua capacidade, agora está com 52,28%, 44,057 milhões de metros cúbicos dos 84,2 que possui quando cheia.
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