Da redação com nominuto.com
Arquivo/Flávio Oliveira
Manifestantes não quiseram falar com a imprensa e informaram que “não existia liderança, todos eram líderes”.
Ocupado desde o dia 24 de outubro deste ano, o pátio da Reitoria da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) se tornou um reduto para os manifestantes contrários à aprovação da Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 55/2016, que tramita no Senado e prevê a redução dos gastos públicos pelos próximos 20 anos.
Conforme anunciado em uma das páginas no Facebook que apóiam o movimento, “as entradas do prédio da Reitoria da UFRN foram bloqueadas com piquetes com vista de paralisar de maneira mais efetiva o funcionamento das atividades da Universidade”.
A imprensa foi até o local na manhã desta quarta-feira (16) e logo no início sofreu uma tentativa de persuasão para não registrar o ocorrido. “Você não pode fotografar aqui”, disse uma das militantes ao repórter.
Os manifestantes não quiseram falar com a imprensa e informaram que “não existia liderança, todos eram líderes”.
Apesar de estar na área comum do prédio, a equipe do Nominuto passou a ser hostilizada por um grupo que não quis dar entrevista, mas preferiu utilizar da verborragia conhecida de quem não está disposto a dialogar.
Entre acusações contra o repórter está a de integrar a “mídia golpista”, praticar o “machismo” e ser “opressor”, os ocupantes decidiram que a imprensa livre só é bem-vinda quando convém.
Contudo, respeitando o pedido da turma, seus rostos não serão revelados nas imagens registradas durante a discussão com nossa equipe.
O portal Nominuto tentou entrar em contato por telefone com a Reitoria da UFRN e com a assessoria de comunicação, mas todas as ligações realizadas não foram completadas.
Embora sejam legítimas as manifestações populares por todo o país em meio aos acontecimentos políticos que permeiam o futuro econômico e social da nação, a tentativa de cercear a liberdade de imprensa será sempre repudiada, uma vez que este direito é um dos pilares de uma democracia.
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