quinta-feira, 19 de abril de 2012

Congresso oficializa criação da CPI do Cachoeira

O Congresso Nacional realiza às 10h30 desta quinta-feira (19) sessão conjunta em que será oficializada a criação da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito que irá investigar as relações do bicheiro Carlinhos Cachoeira com políticos, autoridades e empresários. A leitura do requerimento será lido pela presidente em exercício do Legislativo, deputada Rose de Freitas (PMDB-ES). Com a formalização da CPI, abre-se um prazo de cinco dias para os partidos indicarem os 15 deputados e 15 senadores que irão compor a comissão, além de outros 30 suplentes. Pelo regimento, as legendas ou blocos terão direito à quantidade de vagas proporcional ao tamanho de suas bancadas. Os cargos mais cobiçados, a presidência e a relatoria, devem ficar, respectivamente, com o PMDB do Senado e o PT da Câmara. O plano é que a comissão seja instalada na próxima quarta (25), com a escolha definitiva dos membros e elaboração de um plano de trabalho. Nesta quinta, Rose de Freitas se encontrou com o presidente da Câmara, Marco Maia (PT-RS) e líderes partidários. Ela confirmou, após conferência, o número de assinaturas necessárias para a criação da CPI. No total, houve adesão de 69 senadores e 362 deputados. Freitas assumiu a tarefa de conduzir a criação com a licença médica de 15 dias de José Sarney (PMDB-AP). Nesta quarta (18), ela disse que espera o comparecimento da maioria dos deputados e senadores na sessão desta quinta. "Espero quer todos compareçam. Eles sabem que para que a sessão seja realizada e a leitura seja feita é necessário quórum. Não acredito que eles façam todo esse esforço para que amanhã não compareçam", disse. De acordo Rose de Freitas, a partir da leitura do requerimento, os parlamentares terão até a meia-noite para aderir ou retirar a assinatura. 'Sobriedade' Ainda nesta quarta (18), o vice-presidente da República, Michel Temer, disse esperar "sobriedade" durante o andamento da CPI, que, para ele, não deve ser local de "discussão política". O vice visitou, em São Paulo, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o presidente do Senado, José Sarney, ambos em tratamento médico no Hospital Sírio-Libanês. Pelo menos cinco cientistas iranianos morreram em circunstâncias misteriosas desde 2007. Entre eles estava Mostafa Ahmadi Roshan, vice-diretor da instalação de enriquecimento de Natanz, morto em janeiro por uma bomba magnética afixada ao seu carro por um motociclista não identificado. A reportagem foi publicada um dia depois de o Irã afirmar que um de seus principais cientistas nucleares - alvo de uma tentativa de assassinato em novembro de 2010, que também envolveu um motociclista e uma bomba magnética - tinha sido nomeado comandante para emergências nucleares e radioativas. As novas tarefas assumidas pelo cientista Fereydoon Abbasi não foram esclarecidas. Os líderes iranianos responsabilizaram Israel e os EUA pelo assassinato de seus cientistas, acusação categoricamente negada pelos americanos. Israel, que considera o Irã seu inimigo mais perigoso, deu declarações mais vagas. Ambos os países suspeitam que o Irã esteja buscando a capacidade de produzir armas nucleares, mas o Irã insiste que o programa atômico tem finalidades pacíficas. Depois do assassinato de janeiro, o presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, ordenou a adoção de novos procedimentos de segurança para os cientistas nucleares e os legisladores do Irã disseram que muitos suspeitos tinham sido identificados. Ao descrever o suposto complô, a emissora estatal iraniana disse que o ataque era planejado para o dia 10 de fevereiro, véspera da celebração do aniversário da revolução iraniana, ocorrida em 1979, o que indica que as detenções anunciadas nesta quarta-feira devem ter ocorrido há mais de dois meses.
*Fonte: G1

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