quarta-feira, 11 de janeiro de 2017

Vendas no comércio acumulam 17 meses de retração no RN, diz IBGE

No penúltimo mês de 2016, queda foi de 5,8% sobre novembro de 2015.
Acumulado do ano mostra retração de 10,2% sobre o mesmo período de 2015.


Da redação com G1 RN
Centro de Maceió (Foto: Jonathan Lins/G1)Vendas no comércio varejista apresentam retração
a 17 meses (Foto: Jonathan Lins/G1)
As vendas no comércio varejista tiveram o 17º mês seguido de quedas, com uma retração de 5,8% em relação a novembro de 2015. Os dados foram divulgados nesta terça-feira (10) pelo IBGE. No acumulado dos onze meses do ano, a retração de vendas de 2016 atingiu, no RN, 10,2%, quase o dobro do que havia sido registrado no mesmo período de 2015.

De acordo com o levantamento do IBGE, os segmentos que registraram as maiores perdas nas vendas em novembro foram os de livros, jornais, revistas e papelaria, com -11,8%; tecidos, vestuário e calçados (-9,6%) e equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação (-9,2%).

“Infelizmente, eram números já esperados por nós. O ano de 2016 foi, sem nenhuma dúvida, o pior da história para as vendas do varejo. Nossa estimativa é que encerremos a apuração oficial do IBGE com queda acumulada entre 10% e 11%, o dobro do que registramos em 2015 que já foi um ano muito ruim. Todo o contexto econômico, já bem conhecido por nós, nos levou a este quadro que impacta diretamente na nossa capacidade de geração de emprego e na economia em geral. Nossa expectativa é que o ano de 2017 nos traga algum alento”, afirmou o presidente da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado do Rio Grande do Norte, Marcelo Queiroz.

Para o empresário, alguns passos já foram dados no sentido alcaçnar em 2017 um ambiente econômico melhor. “Mas ainda temos um caminho muito longo a percorrer. É urgente a aprovação das reformas fiscal, trabalhista, tributária e previdenciária. Somente elas poderão dar o lastro necessário para que o país retome o rumo do crescimento”.

No plano estadual, o empresário reforça que é urgente que os poderes públicos, Estadual e Municipais, possam reorganizar as finanças e voltar a pagar em dia o funcionalismo e os fornecedores. “O Poder Público tem um peso muito grande na nossa economia. As dificuldades pelas quais o Estado e as prefeituras têm passado também impactam fortemente neste cenário de vendas em declínio. O momento é de todos nos unirmos para revertermos este quadro negativo”, declarou Queiroz.

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