Petista, condenado e preso na Operação Lava Jato, alega que seus direitos políticos estão sendo restringidos e pede para participar presencialmente ou por videoconferência
Da redação com ESTADÃO
Por Marcelo Osakabe, O Estado de S.Paulo
Os advogados do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, candidato do PT à Presidência nas eleições 2018, entraram nesta quarta-feira com um recurso contra a decisão da juíza Bianca Arenhart, do Tribunal Federal Regional da 4ª Região (TRF-4), que negou o pedido para que o petista, condenado e preso na Operação Lava Jato, participe do debate eleitoral desta quinta-feira, na TV Bandeirantes.
No mandado de segurança, a equipe do ex-ministro da Justiça Eugênio Aragão disse que a execução provisória da pena "não pode ter o condão de lhe cassar ou suspender os direitos políticos, ou mesmo sua liberdade de expressão e de comunicação" do petista, que foi aclamado candidato do partido na convenção nacional, em 4 de agosto. Lula foi condenado em segunda instância a 12 anos e um mês de prisão no caso do tríplex do Guarujá e está preso desde abril em Curitiba.
Nesta segunda-feira, 6, ao negar o pedido da defesa de Lula, a juíza Bianca alegou questões processuais e disse entender que o PT não tem legitimidade para fazer o pedido em nome do ex-presidente.
O recurso foi encaminhado ao presidente do TRF-4, Carlos Eduardo Thompson Flores. No pedido, os advogados insistem que Lula participe do debate, nem que seja através de vídeos gravados previamente do local onde se encontra, a Superintendência da Polícia Federal em Curitiba.
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